ATIVIDADES ON LINE PARA OS 6°S ANOS !!! 9ºS ANOS E 1ºS ANOS
GEOGRAFIA 6º ANO
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HABILIDADES QUE JÁ ESTÃO SENDO TRABALHADAS NO 2º BIMESTRE ( 6° ANO - GEOGRAFIA )
(EF06GE22*) Distinguir os elementos do mapa, tais como
título, legenda, escala, orientação, projeção, sistema de coordenadas, fontes
de informação entre outros em diferentes representações cartográficas.
HABILIDADES QUE JÁ ESTÃO SENDO TRABALHADAS NO 2º BIMESTRE ( 6° ANO - HISTÓRIA )
(EF06HI07B) Reconhecer
a importância da tradição oral, cultura material e escrita para a transmissão
da memória e do conhecimento nas diferentes sociedades antigas (África, Ásia e
Américas).
Compreender as dinâmicas de interação e relações sociais
Reconhecer que a construção identitária é um processo
contínuo e que vem da relação entre indivíduo e sociedade, ou seja, dos grupos
sociais por meio dos quais ele interage e participa da vida em sociedade ;
Distinguir a inserção nos diversos grupos sociais de origem
e convivência cotidiana da estrutura social vigente.
(EF06HI01A) Identificar as diferentes
noções de tempo (cronológico, da natureza e histórico).
(EF06HI01B) Identificar as diversas formas
de notação do tempo (calendários diversos e outros artefatos), bem como as
distintas formas de periodização da história.
(EF06HI01C) Reconhecer que a organização do
tempo é construída culturalmente, de acordo com a sociedade e do seu contexto
histórico.
(EF06HI02A) Identificar a importância das
fontes históricas para a produção do saber histórico e analisar o significado
das fontes que originaram determinadas formas de registro em sociedades e
épocas distintas.
(EF06HI02B) Analisar a importância das
diferentes linguagens (visual, oral, escrita, audiovisual, material e
imaterial) em diferentes sociedades e épocas.
(EF06HI03A) Identificar as hipóteses
científicas para o surgimento da espécie humana, tendo em vista sua
historicidade.
(EF06HI03B) Analisar o significado das
explicações mitológicas para o surgimento do ser humano, tendo em vista sua
historicidade.
(EF06HI04) Identificar e analisar as
teorias sobre a origem do homem americano.
(EF06HI06) Identificar geograficamente as rotas de povoamento no território
americano.
(EF06GE01) Descrever elementos
constitutivos das paisagens e comparar as modificações nos lugares de vivência
e os usos desses lugares em diferentes tempos.
(EF06GE14*) Analisar o papel de grupos
sociais com destaque para quilombolas, indígenas entre outros na produção da
paisagem, do lugar e do espaço geográfico em diferentes tempos.
(EF06GE15*) Elaborar hipóteses para
explicar as mu- danças e permanências ocorridas em uma dada paisa- gem em
diferentes lugares e tempos.
(EF06GE02) Analisar e comparar modificações
de paisagens por diferentes tipos de sociedades, com destaque para os povos
originários e comunidades tradicionais em diferentes lugares.para os povos originários e comunidades tradicionais
em diferentes lugares (EF06GE29*) Relacionar as características do processo de
urbanização com a ocorrência de desastres socioambientais (inundações,
enchentes, rompimento de barragens, deslizamentos de encostas, incêndios, erosão
entre outros) em diferentes lugares.
Sociologia: O processo de desnaturalização ou estranhamento da realidade
Processo de construção do olhar sociológico
O olhar sociológico é um olhar que não é o do historiador ou o do geógrafo, tampouco
o do filósofo. De modo a destacar as particularidades do olhar sociológico, bem como as
preocupações inerentes à Sociologia enquanto ciência, dentre as Ciências Humanas, é
importante entender a especificidade do olhar sociológico sobre a realidade. Qual é esse olhar?
A palavra “estranhamento” está relacionada com esse olhar. Para a construção do olhar
sociológico, é preciso lançar um olhar de estranhamento sobre a realidade.
Dito de outro modo é preciso “desnaturalizar” o olhar.
VÍDEO DESNATURALIZAÇÃO E ESTRANHAMENTO
O treino do olhar é o primeiro passo para a construção de um olhar sociológico para a
realidade, e este se faz com base no estranhamento do cotidiano. Estamos acostumados a
encarar tudo como natural, como se o mundo e as coisas que nos cercam fossem “naturais” e
sempre tivessem sido assim. Para desenvolver um olhar sociológico é preciso quebrar tal forma
de encarar a realidade.
O olhar de estranhamento tem a ver com observar a realidade e compreender que o
nosso olhar nunca é neutro. O ser humano não olha simplesmente. Toda vez que observa algo, o
faz a partir de uma perspectiva, de um ponto de vista. Esse olhar é repleto de prenoções que
podem ser positivas ou negativas.
É o estranhamento nos ajuda a ter consciência disso.
Mesmo indo a um lugar que não conheciam, esse olhar lançado sobre o desconhecido é
onde se encontra um dos objetivos da Sociologia é debruçar-se sobre tais preconceitos e
prenoções, identificando e resignificando-os.
O imediatismo do olhar . O objetivo aqui é dar continuidade à explicação do que é o olhar sociológico a partir da
discussão a respeito do olhar do senso comum em contraposição ao olhar científico.
Olhamos o mundo e parece que simplesmente vemos as coisas tal como elas
são. Entretanto, ao olhar alguma coisa e nomeá-la, é preciso ter antes uma ideia
do que ela seja; as pessoas têm alguma ideia do que é um carro, e, por isso,
quando veem diferentes carros, podem dizer que viram um.
O olhar humano sempre está repleto de prenoções sobre a realidade que nos
ajudam a compreendê-la. E elas estão repletas de conhecimento do senso
comum. O conhecimento do senso comum é uma forma válida de pensamento,
mas não é a única possível. Há, por exemplo, o conhecimento científico.
O
conhecimento científico parte do senso comum para olhar a realidade, mas ele
sempre precisa ir além do senso comum.
Nosso olhar nunca é um olhar neutro, ele está sempre repleto dessas
prenoções que vêm do senso comum. Para lançar um olhar sociológico sobre a
realidade é necessário afastar-se dessa forma de observá-la. E é necessário um
método. Método é a forma pela qual um cientista observa e analisa seu objeto
de estudo. Ou seja, é o modo como estuda a realidade. Os métodos variam de
uma ciência para outra, dependendo do seu objeto de estudo, ou seja, daquilo
que elas estudam.
Toda construção científica é um lento processo de afastamento do senso
comum. Não se pensa sociologicamente quando imerso no senso comum. O
problema é que estamos imersos nele. Nossa maneira de pensar, de agir e de
sentir está repleta desse tipo de conhecimento. Apesar de ser uma forma válida
de conhecimento, não é ciência. A ciência se constrói a partir de um cuidado
metodológico ao olhar a realidade que procura se afastar dos juízos de valor
típicos do senso comum. E para construir um olhar sociológico sobre a
realidade, o primeiro recurso metodológico é o olhar de estranhamento.
NA PRATICA COMO SERIA O OLHAR DE ESTRANHAMENTO
VÍDEO
Em que medida a Sociologia pode contribuir para a sua formação pessoal?
Muitos diriam que essa ciência social tem a função de formar o “cidadão
crítico”. Mas essa justificativa – até porque a ideia de formar o cidadão crítico
anda meio banalizada –, não é suficiente.
Pensar sobre esse tema significa uma oportunidade ímpar para se aproximar da
sociologia como campo de saber e compreender algo de suas preocupações.
Vale a pena inserir nesse contexto o papel mais fundamental que o pensamento
sociológico realiza na formação do jovem: a desnaturalização das concepções
ou explicações dos fenômenos sociais.
Razões objetivas e humanas
Desnaturalizar os fenômenos sociais significa não perder de vista a sua
historicidade. É considerar que eles nem sempre foram assim. É perceber que
certas mudanças ou descontinuidades históricas são fruto de decisões. Estas
revelam interesses e, portanto, são fruto de razões objetivas e humanas.
A desnaturalização dos fenômenos sociais também depende de nos
distanciarmos daquilo que nos rodeia e de que participamos, para focalizar as
relações sociais sem estarmos envolvidos. Significa considerar que os
fenômenos sociais não são imediatamente conhecidos.
Reconhecendo as causas
Para explicar um fenômeno social é preciso procurar as causas que estão além
do sujeito, isto é, buscar as causas externas a ele, mas que têm implicações
decisivas sobre ele.
Essas causas devem apresentar certa regularidade, periodicidade e um papel
específico em relação ao todo social.
Aprender a observar
Uma aproximação em relação à sociologia, mesmo no ensino médio, exige que
o aluno aprenda procedimentos mais rigorosos de observação das relações
sociais. E, ainda, que saiba, pelo menos em alguma medida, como o
conhecimento é elaborado nas ciências sociais.
Para compreender e formular explicações para os fenômenos sociais é preciso
ter conhecimento da linguagem por meio da qual esse conhecimento é criado e
comunicado.
Para trabalhar um tema
Os fenômenos sociais são conhecidos por meio de modelos compreensivos, ou
explicativos, e mediante a contextualização desses modelos, com destaque para
a época em que eles foram elaborados e para os autores com os quais um
determinado autor dialoga.
Assim, trabalhar um tema (como violência, mundo do trabalho etc.) só é
possível por meio de conceitos e teorias. É importante, também, que você
conheça a articulação entre os conceitos e as teorias e saiba observar sua
relevância para compreender ou explicar casos concretos (temas).
Vale lembrar também que os conceitos têm uma história e que não são palavras
mágicas que explicam tudo, mas elementos do discurso científico que
sintetizam as ações sociais para tentar explicá-las. E, ainda, é bom ter em mente
que um conceito admite vários sentidos, dependendo do autor e da época em
que ele é elaborado.
Teorias servem de base da mesma forma, é preciso compreender as teorias no contexto de seu
aparecimento e posterior desenvolvimento. Isso é necessário tanto do ponto de
vista de como essas teorias foram sendo assimiladas e desenvolvidas por outros
autores, como em relação ao caráter das críticas feitas a elas.
Conhecer conceitos e teorias com o rigor necessário a um aluno do ensino
médio consiste na única maneira possível de se distanciar e se aproximar dos
fenômenos sociais e, assim, construir os fundamentos para a formação crítica.
Características do Senso Comum:
imediatista: o senso comum caracteriza-se, muitas vezes, por ser extremamente
simplista e despreocupado quanto ao emprego de definições e terminologias. Não é,
portanto, fruto de uma reflexão cuidadosa;
superficial: a superficialidade dessa forma de conhecimento está relacionada com o
fato de que ele se conforma com a aparência, com o que lhe é familiar, permanecendo
na superfície das coisas;
acrítico: outra característica é o fato de ele ser, muitas vezes, uma forma de
conhecimento acrítico, ou seja, não estabelece uma visão aprofundada do que vê, não
questiona o que é dito;
cheio de sentimentos: muitas vezes, nossa visão da realidade é excessivamente
marcada pelas nossas emoções, e as emoções normalmente tiram a objetividade da
pessoa, pois são pessoais e não estão baseadas na razão. Elas podem nos fazer agir de
forma irracional;
cheio de preconceitos: ele também é, muitas vezes, repleto de preconceitos. O
preconceito é o conceituar antecipadamente, ou seja, é a atitude de achar que já se sabe
algo, sem realmente conhecê-lo, valendo-se de explicações prontas repletas de juízos de
valor. Portanto, a atitude preconceituosa em relação à realidade e a tudo o que a cerca é
aquela da pessoa que julga sem conhecer, com base no que acredita que é ou no que
deva ser.
Tais características estão intimamente relacionadas, pois alimentam umas às outras.
Desse modo, se quisermos construir um conhecimento coerente e consistente, precisamos
afastar as prenoções e os julgamentos de valor que estão presentes no senso comum.
Por que é preciso se distanciar do olhar do senso comum para desenvolver um olhar
científico? O olhar que se afasta de tais características relacionadas ao senso comum é o olhar
do estranhamento.
O período imperial foi uma fase da história brasileira iniciada em 1822, quando o Brasil tornou-se independente, e finalizada em 1889, quando houve a Proclamação da República. Nesse período, o Brasil organizou-se politicamente como uma monarquia, sendo governado por um imperador, cujo poder era transmitido de maneira hereditária.
Independência do Brasil
O período imperial da nossa história iniciou-se logo após a independência do Brasil, declarada em 7 de setembro de 1822, quando Dom Pedro realizou o grito da independência às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo. Esse, no entanto, é apenas o final de um processo iniciado em 1808, quando a família real portuguesa mudou-se para o Brasil, dando início ao Período Joanino.
A mudança da família real portuguesa aconteceu na virada de 1807 para 1808, quando Portugal foi invadido pelas tropas napoleônicas. Com isso, a família real estabeleceu-se no Rio de Janeiro e iniciou uma série de transformações que colocaram o Brasil em um novo patamar, responsável por antecipar nossa independência.
Apesar disso, o ponto de partida para a independência do Brasil ocorreu apenas em 1820, quando foi iniciada em Portugal a Revolução Liberal do Porto. Nessa revolução, a burguesia portuguesa reivindicava o retorno do rei D. João VI para Portugal e exigia a revogação das medidas que garantiam maior liberdade econômica ao Brasil.
As exigências de Portugal foram enxergadas no Brasil como uma tentativa de recolonizar o país e de impedir o desenvolvimento econômico que estava em curso. A partir daí, surgiu uma insatisfação dos brasileiros em relação a Portugal, dando início ao processo de independência do Brasil, liderado por Dom Pedro, nomeado por seu pai como regente do país.
Os desgastes nas relações entre Brasil e Portugal fizeram com que Dom Pedro proclamasse a independência do Brasil. O nosso país, então, converteu-se em uma monarquia, e Dom Pedro foi coroado imperador, tornando-se Dom Pedro I.
Periodização
O período imperial do Brasil é dividido em três fases:
Primeiro Reinado (1822-1831)
Período Regencial (1831-1840)
Segundo Reinado (1840-1889)
VÍDEO SOBRE BRASIL IMPÉRIO
Primeiro Reinado
O Primeiro Reinado foi o período em que o país foi governado por Dom Pedro I, filho de Dom João VI e regente do Brasil até sua independência. O Primeiro Reinado ficou marcado pelos atritos entre D. Pedro I e grupos políticos do Brasil, pelo autoritarismo e pela incompetência na administração do país.
Com a independência, determinadas regiões do país, como Pará e Maranhão, permaneceram fiéis a Portugal, desencadeando uma guerra no país. Com o fim da guerra de independência, era necessário garantir que Portugal reconhecesse a independência brasileira. Esse reconhecimento foi formalizado em 1825 por meio de negociações mediadas pela Inglaterra.
A outorga da Constituição de 1824 foi o exemplo mais claro do autoritarismo que marcou o reinado de D. Pedro I. Seu governo também foi marcado por decisões equivocadas, como a Guerra da Cisplatina, que destruiu nossa economia, e por rebeliões, que demonstravam a fraqueza do governo no comando do Brasil. Pressionado por diversos grupos insatisfeitos, D. Pedro I renunciou ao trono em 1831, em favor de seu filho.
O filho de D. Pedro I, porém, não tinha idade para assumir o Brasil. Assim, iniciou-se um período de transição em que o país foi governado por regentes até que o futuro imperador tivesse a idade mínima para assumir o país – 18 anos –, conforme estipulava a Constituição de 1824.
Esse período de transição ficou conhecido como Período Regencial.
Período Regencial
Regentes eleitos governaram o Brasil durante o Período Regencial, fase que ficou marcada pelas disputas entre os parlamentares brasileiros e por rebeliões provinciais. Ao longo desse período, aconteceram rebeliões como a Cabanagem, Balaiada, Sabinada, Revolta dos Malês e a Revolução Farroupilha.
VÍDEO SOBRE REVOLTAS NO PERÍODO IMPERIAL
O período das regências teve fim com o Golpe da Maioridade, no qual os políticos brasileiros anteciparam a maioridade de Pedro de Alcântara para que ele pudesse ser coroado imperador do Brasil com 14 anos de idade. Esse golpe parlamentar aconteceu em 1840, dando início ao Segundo Reinado.
Segundo Reinado
O Segundo Reinado, período em que Dom Pedro II foi o imperador do Brasil, estendeu-se de 1840 a 1889. O reinado de D. Pedro II pode ser dividido em diversas fases: um período inicial de consolidação, seguido por uma fase de auge e, por fim, um estágio de decadência.
A campanha abolicionista seguiu um longo percurso e foi um dos grandes acontecimentos que marcaram o Segundo Reinado. Quando D. Pedro II assumiu a presidência, o Brasil era pressionado pela Inglaterra a proibir o tráfico de escravos da África. Com a proibição do tráfico, em 1850, a monarquia iniciou uma transição bem lenta até a abolição do trabalho escravo do país, em 1888, durante os momentos finais da monarquia brasileira
Guerra do Paraguai
A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi um dos acontecimentos mais marcantes do Segundo Reinado.
Outro importante acontecimento do Segundo Reinado foi a Guerra do Paraguai, conflito que começou em 1864 e acabou em 1870 com a vitória do Brasil e de seus aliados. Nesse combate, Brasil, Argentina e Uruguai uniram-se para lutar contra o Paraguai e contra o ditador Solano López. A Guerra do Paraguai foi resultado dos choques de interesses que existiam entre as nações sul-americanas e teve como consequência final a destruição do Paraguai. Para o Brasil, as grandes consequências foram o enfraquecimento da monarquia e a instauração de uma forte crise econômica no país.
A decadência da monarquia, resultado de seu enfraquecimento nos meios políticos e nas elites econômicas do Brasil, fez com que o republicanismo ganhasse força como alternativa política. Essa forma de governo foi viabilizada pela conspiração dos militares contra a monarquia.
A Proclamação da República aconteceu em 15 de novembro de 1889, quando foi organizado um golpe militar para destituir o gabinete ministerial ocupado pelo Visconde de Ouro Preto. A destituição do gabinete e as articulações políticas levaram José do Patrocínio a proclamar a república. D. Pedro II e a família real partiram, então, para a Europa em exílio.
Política e trabalho
Nos primeiros anos da monarquia, a vida política do Brasil concentrava-se em torno de três grupos políticos: liberais moderados, liberais exaltados e restauradores, cada um com suas próprias convicções políticas. Durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, esses grupos converteram-se em dois, liberais e conservadores, os quais controlaram nossa política no Segundo Reinado.
Havia muitas tensões políticas no país envolvendo diferentes questões. Existiam os federalistas, que defendiam maior autonomia para as províncias, enquanto outros defendiam a centralização do poder para que as províncias não tivessem autonomia; alguns eram monarquistas, enquanto outros eram republicanos, etc.
A disputa entre liberais e conservadores pelo poder no parlamento, por meio do gabinete ministerial, deixava nossa política bastante instável. D. Pedro II foi o responsável por controlar as disputas políticas e por criar um regime conhecido como parlamentarismo às avessas, sistema parlamentar no qual o imperador tinha plenos poderes de destituir o gabinete ministerial.
Em relação ao trabalho, as duas grandes questões eram referentes ao trabalho escravo e à chegada dos primeiros imigrantes europeus ao Brasil. No que diz respeito à escravidão, destaca-se a pressão dos ingleses para que o Brasil colocasse fim ao tráfico de escravos – o que, inclusive, quase levou nosso país à guerra contra os ingleses.
O processo de transição para o fim do trabalho escravo foi realizado lentamente, demonstrando o desinteresse da monarquia em acabar com a escravidão no Brasil, uma vez que isso poderia prejudicar politicamente o monarca brasileiro. No final da década de 1880, quando a situação já era insustentável, a campanha abolicionista ganhou força no país. Em 1888, a Lei Áurea foi assinada, proibindo o trabalho escravo dos negros em nosso país.
A vinda dos imigrantes ao Brasil surgiu como alternativa para substituir os escravos, que, após 1850, com a proibição do tráfico negreiro, estavam escasseando em nosso país. Os imigrantes foram muito importantes para as fazendas de café, que começaram a crescer no Oeste Paulista. Vieram para o Brasil um grande número de italianos e portugueses, bem como alemães e espanhóis.
Por Daniel Neves Silva
Graduado em História
Dom Pedro II, imperador do Brasil de 1840 a 1889, foi um dos grandes nomes – se não o maior – do Brasil Império.