AULA 06
AULÃO DO DIA 17/06/20
06/06/2020
A História da República Brasileira iniciou-se em 1889 com a Proclamação da
República e acompanhou todo o período posterior, até o século XXI. A difusão
dos ideais republicanos remonta ao período colonial, como durante a
Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, no final do século XVIII. Apesar
dos ideais e das revoltas buscarem a superação da monarquia, apenas no final do
século XIX, com o fim do escravismo, as elites agrárias do país aceitaram
organizar o Estado brasileiro nos moldes republicanos.
O fato de a República nascer como uma
aceitação das elites e ter sido realizada através da espada do exército
brasileiro conformou um caráter autoritário e excludente do Estado brasileiro,
garantindo os privilégios das classes dominantes e a negação de direitos às
classes exploradas durante muito tempo. A participação do exército na vida
política nacional foi também uma constante da história republicana do país, que
pode ser dividida em algumas fases.
Primeira República
A República Velha, ou Primeira República,
é o primeiro período dessa história, compreendida entre a Proclamação da
República em 1889 e a Revolução de 1930. Inicialmente ela foi caracterizada
pela presidência de dois marechais do exército, o que lhe garantiu o nome de
República da Espada. Após esses dois mandatos, a elite rural paulista e mineira
passaram a deter o poder do governo federal, garantindo o poder da oligarquia
agrária, o que deu fundamento aos historiadores para chamarem esse período de
República Oligárquica.
Foi nesse período que o país conheceu
uma série de revoltas urbanas e rurais decorrente das mudanças sociais e
políticas pelas quais passaram o país. É de se destacar a Guerra de Canudos, de
1896-1897, e a Revolta da Vacina, de 1904. Foi nesse período que o Brasil
iniciou sua industrialização, alterando a paisagem urbana de algumas cidades e
criando as condições para a formação da classe operária em território nacional.
Essas mudanças resultaram em novas
pressões políticas e sociais, que as oligarquias paulistas e mineiras não
poderiam mais controlar. A Revolução de 1930 foi o ápice desse processo, o que
resultou no período conhecido como Era Vargas.
Presidentes - SEQUÊNCIA
Todos os presidentes do Brasil e seus feitos mais marcantes
O Brasil já teve muitos presidentes. Alguns foram bons, outros nem tanto. Mas cada um marcou o país de maneira única...
1. Deodoro da Fonseca (1889-1891)
Deodoro da Fonseca ficou conhecido por... ser o primeiro presidente. Ele não foi eleito democraticamente, foi escolhido pelos revolucionários. Ele liderou o governo provisório que organizou a nova república, preparando as leis principais do país. Durante o governo de Deodoro da Fonseca houve muita instabilidade política.
2. Floriano Peixoto (1891-1894)
Floriano Peixoto sucedeu a Deodoro da Fonseca quando este se demitiu. Ele também não foi eleito mas ajudou a estabilizar um pouco o país, que estava em um estado caótico depois da revolução.
3. Prudente de Morais (1894-1898)
Prudente era prudente. Ele foi o primeiro presidente eleito pelo povo brasileiro e também o primeiro presidente que não era militar. Ele diminuiu o poder do exército no governo e, sempre que podia, usava a diplomacia em vez da guerra para resolver conflitos.
4. Campos Sales (1898-1902)
O foco principal deste presidente era a estabilidade. Ele negociou com os bancos ingleses para mudar o pagamento da grande dívida externa do Brasil. Também fez outros esforços para tirar o país da crise econômica.
5. Rodrigues Alves (1902-1906)
Rodrigues Alves enfrentou algumas revoltas mas teve bastante sucesso como presidente. Ele organizou grandes obras na cidade de Rio de Janeiro e desfrutou de uma economia forte. Foi durante o seu mandato que o Acre se tornou parte do Brasil.
6. Affonso Penna (1906-1909)
Affonso Penna organizou a construção de vários caminhos de ferro, que facilitaram o transporte dentro do país. Também apoiou a povoação do país, com a ajuda da imigração.
7. Nilo Peçanha (1909-1910)
Nilo Peçanha assumiu a presidência quando Affonso Penna morreu. Seu governo foi curto e marcado por instabilidade política, mas ele ainda conseguiu criar o Serviço de Proteção aos Índios (antecessor da Funai).
8. Hermes da Fonseca (1910-1914)
O governo de Hermes da Fonseca foi marcado por várias revoltas civis e militares. Ele também enfrentou problemas econômicos e teve de renegociar a dívida externa.
9. Venceslau Braz (1914-1918)
Venceslau Braz enfrentou vários conflitos durante seu mandato, que coincidiu com a 1ª Guerra Mundial. Mas os conflitos mais complicados que ele teve de resolver foram entre militares e entre estados brasileiros.
Quase 10. Rodrigues Alves
Ele ganhou as eleições mas morreu antes de poder assumir seu segundo mandato como presidente.
10. Delfim Moreira (1918-1919)
Delfim Moreira assumiu o cargo de presidente apenas temporariamente, até se realizarem novas eleições. Mas ele ainda conseguiu realizar algumas reformas no Código Civil.
11. Epitácio Pessoa (1919-1922)
Epitácio Pessoa foi o único presidente que ganhou uma eleição quando nem estava no país! Quando as eleições para presidente ocorreram, ele estava em França, participando do Tratado de Versalhes, que terminou a 1ª Guerra Mundial. Epitácio tentou melhorar a situação do povo no Nordeste, que sofria com a falta de água.
12. Artur Bernardes (1922-1926)
O mandato de Artur Bernardes foi marcado por uma guerra civil em Rio Grande do Sul e revoltas militares. Foi também durante seu governo que o Brasil saiu da Liga das Nações (antecessora da ONU).
Org: Régis
Fonte : https://brasilescola.uol.com.br/historiab/brasil-republica2.htm
https://www.maioresemelhores.com/presidentes-brasil/
EXERCÍCIOS AULA 06
03 - Em um balanço sobre a Primeira República no Brasil, Júlio de Mesquita Filho escreveu:
EXERCÍCIOS AULA 06
01 ) Na década de 1920, política,
economia e cultura andaram muito próximas no Brasil e cada uma, a seu modo,
propunha mudanças para o país.
Sobre este período, é correto afirmar que:
a)
na política destacou-se o movimento tenentista,
que procurava manter a ordem oligárquica através de várias revoltas, apoiando
militarmente a República Velha.
b)
Semana de Arte Moderna, em 1922, procurou
evidenciar uma arte com raízes brasileiras e de compromisso com a
nacionalidade, tendo expoentes intelectuais como Mário de Andrade e Di
Cavalcanti, entre outros.
c)
o Cap. Luís Carlos Prestes organizou uma coluna
de combatentes, que percorreu o interior do Brasil em uma longa marcha,
pregando a destituição do governo golpista de Getúlio Vargas.
d)
a economia dependia basicamente da exportação do
café. No entanto, o mercado internacional não absorvia a superprodução
brasileira, quadro agravado com a quebra da Bolsa de Nova York, que paralisou o
comércio, afetando profundamente a cafeicultura nacional.
e)
foi notório o processo de industrialização e
urbanização do Brasil, o que facilitou a formação de novos grupos sociais, tais
como a burguesia industrial, a classe média urbana e o operariado. Os capitais
acumulados com a atividade cafeeira foram investidos no setor industrial, cujo
marco significativo foi a criação do Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo.
2- Tradicionalmente o termo República Velha foi cunhado para
identificar o período que vai de 1889 a 1930. Sobre as características deste
período e outras questões subjacentes, assinale V (verdadeiro) para as
proposições verdadeiras e F (falso) para as falsas.
( ) Os dois primeiros
governos da recém inaugurada República brasileira eram militares. ( ) Com o novo regime,
surgiram divergências tanto no meio militar quanto no civil. No meio civil, as
disputas ocorriam, sobretudo, no campo ideológico entre três correntes:
liberalismo, jacobinismo e positivismo.
( ) Pode-se afirmar que os governos do período
conhecido como República Velha implementaram medidas sociais de grande alcance,
beneficiando a sociedade brasileira como um todo e visando acabar com as
desigualdades sociais do país.
( ) O Brasil da
chamada República Velha era um país, sobretudo, rural; a agricultura permanecia
como principal atividade econômica.
( ) Durante o período
denominado República Velha, paulistas e mineiros se alternaram na Presidência
da República; este revezamento ficou conhecido como “política do café com
leite”.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de
cima para baixo.
A) F – V – V
– F – V
B) V – V – F
– V – V
C) V – F – F
– V – V
D) V – V – F
– V – F
E) V – V – V
– V – V
03 - Em um balanço sobre a Primeira República no Brasil, Júlio de Mesquita Filho escreveu:
“... a política se orienta não mais pela vontade popular
livremente manifesta, mas pelos caprichos de um número limitado de indivíduos
sob cuja proteção se acolhem todos quantos pretendem um lugar nas assembléias
estaduais e federais”. (A crise nacional, 1925.)
De acordo com o texto, o autor:
A) a autonomia
excessiva do poder legislativo.
B) propõe
limites ao federalismo.
C) defende o
regime parlamentarista
D) critica o
poder oligárquico.
E) defende a
supremacia política do sul do país.
04-O problema central a
ser resolvido pelo Novo Regime era a organização de outro pacto de poder que
pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente de estabilidade. O
próprio presidente Campos Sales resumiu claramente seu objetivo: “É de lá, dos estados,
que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam agitadas nas
ruas da capital da União. A política dos estados é a política nacional”.
CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a
República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987 (adaptado).
Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa
uma estratégia política no sentido de:
A) governar
com a adesão popular.
B) atrair o
apoio das oligarquias regionais.
C) conferir
maior autonomia às prefeituras
D) democratizar
o poder do governo central.
E) ampliar a
influência da capital no cenário nacional
05 - A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que começa a ser
construída apenas em 1905, foi criada, ao contrário das outras grandes
ferrovias paulistas, para ser uma ferrovia de penetração, buscando novas áreas
para a agricultura e povoamento. Até 1890, o café era quem ditava o traçado das
ferrovias, que eram vistas apenas como auxiliadoras da produção cafeeira.
CARVALHO, D. F. Café, ferrovias e crescimento populacional:
o florescimento da região noroeste paulista. Disponível em:
www.historica.arquivoestado.sp.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
Essa nova orientação dada à expansão ferroviária, durante a
Primeira República, tinha como objetivo a:
A) articulação
de polos produtores para exportação.
B) criação de
infraestrutura para atividade industrial.
C) integração
de pequenas propriedades policultoras.
D) valorização
das regiões de baixa densidade demográfica
E) promoção
de fluxos migratórios do campo para a cidade
04/05/2020 - Aula 05
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PRIMEIRA REPUBLICA
A Primeira República é o período da história do Brasil que aconteceu de 1889 a 1930, tendo sido iniciado com a Proclamação da República que aconteceu em 15 de novembro de 1889 e encerrou-se com a deposição de Washington Luís como consequência da Revolução de 1930. Esse período é conhecido por muitos como República Velha, mas entre os historiadores o termo utilizado para referir a esse período é Primeira República.
Proclamação da República
A Primeira República foi iniciada com a Proclamação da República, que aconteceu no dia 15 de novembro de 1889. A derrubada da monarquia ocorreu pela perda de apoio político fazendo com que esse regime se tornasse impopular entre as elites do Brasil. Os militares, insatisfeitos com a monarquia há tempos, e uma parcela da sociedade civil, sobretudo os oligarcas paulistas, organizaram um movimento para derrubar a monarquia.
Em 15 de novembro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, os militares destituíram o Visconde de Ouro Preto do Gabinete Ministerial. Ao longo do dia, as movimentações políticas levaram José do Patrocínio a proclamar a República na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Isso marcou o início da Primeira República Brasileira.
Periodização
A Primeira República, conforme já mencionado, estendeu-se de 1889 a 1930. Um período específico da Primeira República que foi de 1889 a 1894, também é conhecido como República da Espada. Esse nome se deve ao fato de que os dois presidentes brasileiros (Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto) foram militares. A República da Espada, porém, é um período incorporado à Primeira República.
Toda a Primeira República pode ser dividida em três grandes fases, conforme estabelece o professor Marcos Napolitano|1|:
-
Consolidação (1889-1898): período marcado pela consolidação das estruturas políticas e econômicas da Primeira República. Foi assinalado por crises na política e na economia.
-
Institucionalização (1898-1921): período no qual a estrutura política da Primeira República estava devidamente consolidada. Aqui se definiram políticas como a dos governadores e do café com leite.
-
Crise (1921-1930): período no qual as estruturas políticas da Primeira República entraram em crise por conta da incorporação de novos atores na política brasileira. Conflitos entre as oligarquias também contribuíram para o fim da Primeira República.
Consolidação (1889-1898): período marcado pela consolidação das estruturas políticas e econômicas da Primeira República. Foi assinalado por crises na política e na economia.
Institucionalização (1898-1921): período no qual a estrutura política da Primeira República estava devidamente consolidada. Aqui se definiram políticas como a dos governadores e do café com leite.
Crise (1921-1930): período no qual as estruturas políticas da Primeira República entraram em crise por conta da incorporação de novos atores na política brasileira. Conflitos entre as oligarquias também contribuíram para o fim da Primeira República.
Características
A Primeira República, além de República Velha, é muito conhecida também como República Oligárquica e isso porque esse período ficou marcado pelo predomínio das oligarquias sobre nosso país. As oligarquias eram forças políticas que baseavam o seu poder em suas posses, isto é, na terra (os oligarcas eram, em geral, grandes proprietários de terra).
O predomínio das oligarquias sobre a política do Brasil começou a ser consolidado a partir de 1894, quando Prudente de Morais foi eleito presidente. A eleição de Prudente de Morais também marcou o fim do citado período conhecido como República da Espada. O predomínio das oligarquias resultou em algumas características que são consideradas grandes marcas da Primeira República.
Essas características são o mandonismo, o clientelismo e o coronelismo. Essas três simbolizam o poder das elites agrárias do país manifestado na posse de terras, além de manifestar o poder dos coronéis sobre as regiões interioranas do Brasil e a troca de interesse, elemento fundamental para a sustentação das oligarquias no poder.
Outras características muito importantes desse período foram as políticas que sustentavam as estruturas no âmbito político do Brasil. Aqui estamos falando da política dos governadores e da política do café com leite. Essas políticas foram muito importantes, porque reduziram os conflitos entre as oligarquias, mas não acabaram com eles.
Política dos governadores
A política dos governadores, também conhecida como política dos estados, foi criada durante o governo de Campos Sales, presidente do Brasil entre 1898 e 1902. Foi com a política dos governadores que o funcionamento político brasileiro na Primeira República foi estruturado. Por meio dessa política, foi possível realizar uma aliança entre executivo e legislativo.
O historiador Boris Fausto definiu os objetivos da política dos governadores da seguinte maneira:
Seus objetivos podem ser assim resumidos: reduzir ao máximo as disputas políticas no âmbito de cada Estado, prestigiando os grupos mais fortes; chegar a um acordo básico entre a União e os Estados; pôr fim à hostilidade existente entre Executivo e Legislativo, domesticando a escolha dos deputados|2|.
Na prática, essa política funcionava da seguinte maneira: o Governo Federal daria apoio à oligarquia mais poderosa de cada Estado. Em troca, o governo exigia que cada oligarquia apoiasse as propostas do Governo Federal no legislativo.
Assim, as oligarquias deveriam eleger deputados dispostos a atuar em favor do governo no legislativo. Com o apoio à oligarquia mais poderosa, o Governo Federal esperava que os conflitos políticos respingassem o mínimo possível no âmbito federal e ficassem reduzidos apenas ao âmbito estadual.
O funcionamento da política dos governadores dependia consideravelmente da figura do coronel, pois seria ele que, a nível regional, mobilizaria os votos necessários para eleger os candidatos certos, de acordo com o interesse de cada oligarquia.
O coronel usava seu poder financeiro para pressionar as pessoas a votar em determinado candidato. Essa intimidação dos eleitores é conhecida como “voto de cabresto”. Além da intimidação, a fraude das atas que registravam os votos eram uma prática comum.
Política do café com leite
A política do café com leite é um conceito clássico quando nos referimos à Primeira República. Essa política ganhou força no Brasil, sobretudo a partir de 1913, com a assinatura do Pacto de Ouro Fino, entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. Esse conceito refere-se ao revezamento dos candidatos lançados à presidência por essas duas oligarquias.
Segundo esse pacto, paulistas e mineiros alternavam-se na presidência da República. O nome “café com leite” faz referência ao fato de que São Paulo era o maior produtor de café do Brasil, enquanto que Minas Gerais era o maior produtor de leite.
O uso desse conceito para explicar a Primeira República tem sido criticado pelos historiadores, porque as oligarquias mineira e paulista eram importantes, mas o funcionamento jogo político desse período não passava exclusivamente por elas, uma vez que existiam outras oligarquias no país.
Economia
No campo econômico, o Brasil seguiu com grande dependência do café. O grande produtor dele no Brasil era o estado de São Paulo. No começo do século XX, os cultivadores começaram a aumentar a quantidade de café produzida, o que acarretou a queda do preço desse produto, uma vez que o mercado ficou abarrotado com a mercadoria. Visando a defender seus interesses, os cafeicultores reuniram-se no Convênio de Taubaté.
Nesse convênio, decidiu-se que o governo brasileiro compraria o excedente de sacas de café com o objetivo de controlar o preço desse produto no mercado internacional. Isso garantiria os lucros dos fazendeiros e resolveria a questão do preço do café. Além disso, decidiu-se que o Estado realizaria um empréstimo de 15 milhões de libras para conseguir realizar a compra do excedente dessas sacas.
Na Primeira República também aconteceu um pequeno desenvolvimento industrial, sobretudo no Estado de São Paulo. O desenvolvimento industrial em São Paulo foi, em parte, financiado pela prosperidade do negócio cafeeiro e a cidade de São Paulo concentrou grande parte desse crescimento industrial.
As indústrias receberam um grande número de trabalhadores imigrantes e o crescimento industrial resultou no surgimento do movimento operário do Brasil, sobretudo a partir de 1917, quando aconteceu a Revolução Russa.
Decadência da Primeira República
A Primeira República iniciou sua fase decadente na década de 1920. A entrada de novos atores na política nacional, como os tenentistas, contribuiu para seu fim. O desgaste do pacto que mantinha as oligarquias minimamente em paz também contribuiu para o fim desse período da história brasileira. Na década de 1920, os tenentistas foram uma força que abalou a estrutura da Primeira República.
Isso aconteceu porque os tenentistas reivindicavam o fim das estruturas oligárquicas que estavam estabelecidas no país. Ao longo da década de 1920, os tenentistas realizaram uma série de revoltas por todo o país como a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, a Revolta Paulista de 1924 e a Coluna Prestes.
Importante mencionar que a Primeira República foi um período marcado por tensões sociais que resultaram em conflitos por diferentes regiões do Brasil. Aqui podemos citar a Guerra de Canudos, Revolta da Armada, Guerra do Contestado, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata etc. Leia este texto para saber mais sobre revoltas da Primeira República.
O estopim para o fim da Primeira República foi a eleição presidencial de 1930. Naquela ocasião, o presidente Washington Luís resolveu romper com o Pacto de Ouro Fino e em vez de lançar um candidato mineiro optou por lançar Júlio Prestes, candidato paulista. Isso desagradou profundamente a oligarquia mineira que se aliou à oligarquia gaúcha e aos tenentistas, e juntos lançaram Getúlio Vargas como candidato presidencial.
Getúlio Vargas foi derrotado, mas membros de sua chapa eleitoral, inconformados com a derrota, começaram a conspirar contra o governo. A desculpa utilizada pelos membros da Aliança Liberal (chapa de Vargas) para iniciar uma revolta armada contra o governo foi o assassinato de João Pessoa, vice-presidente de Vargas. O assassinato de João Pessoa, porém, não teve relação com a disputa eleitoral entre Júlio Prestes e Vargas.
A revolta contra o governo, nomeada como Revolução de 1930, iniciou-se em 3 de outubro de 1930, e, no mesmo mês, no dia 24, resultou na deposição de Washington Luís da presidência. Júlio Prestes foi impedido de assumir a presidência do país e, em novembro do mesmo ano, Getúlio Vargas foi empossado como presidente provisório do país. Esse era o fim da Primeira República, e o início da Era Vargas, período que se estendeu por quinze anos.
Resumo
- A Primeira República foi iniciada com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1930.
- A posse de Getúlio Vargas como presidente, após a Revolução de 1930, marcou o fim desse período.
- A política dos governadores e a política do café com leite eram práticas importantes desse período.
- A Primeira República pode ser dividida em República da Espada e República Oligárquica.
- Outras características importantes desse período foram mandonismo, clientelismo e coronelismo.
- O Convênio de Taubaté foi um acontecimento importante, pois garantiu os interesses dos cafeicultores paulistas.
|1| NAPOLITANO, Marcos. Primeira República: consolidação e crise (Aula 2, parte 1). Para acessar, clique aqui.
|2| FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2013, p. 222-223.
|2| FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2013, p. 222-223.
*Créditos da imagem: Boris15 e Shutterstock
Org. Régis
Fonte :https://brasilescola.uol.com.br/historiab/primeira-republica.htm
ATIVIDADE/TRABALHO DE HISTÓRIA
O objetivo desta atividade é possibilitar que seja trabalhado habilidades minimas relacionadas ao primeiro bimestre :
Observação I - " TODOS DEVERÃO " Copiar as questões a caneta ( azul/preta ) no caderno ;
Observação II - indicar de forma clara as respostas ;
Observação III - As questões somente terão validade se estiverem acompanhadas de sua respectiva justificativa
Observação IV - Ao aluno esta reservado a possibilidade de consulta a todos os materiais didáticos que dispor , ou seja ; INTERNET , LIVROS DIDÁTICOS , AULAS ASSISTIDAS PRESENCIAIS
Observação V - A ATIVIDADE PODE SER RESPONDIDA ON LINE , NO CAMPO COMENTÁRIOS NO FINAL DA PAGINA , seguindo o exemplo :
Nome : ...................Nº ........ Série
1- A - por que o sol é amarelo
2- Por que as nuvens eram de chuva
3 - ...
ATIVIDADE DE HISTÓRIA - 9º ANO
1. (Mackenzie) Sobre o contexto histórico responsável pela proclamação da República NÃO se inclui:
a) a insatisfação dos setores escravocratas com o governo monárquico após a Lei Áurea.
b) a ascensão do exército após a Guerra do Paraguai, passando a exigir um papel na vida política do país.
c) a perda de prestígio do governo imperial junto ao clero, após a questão religiosa.
d) a oposição de grupos médios urbanos e fazendeiros do oeste paulista, defensores de maior autonomia administrativa.
e) o alto grau de consciência e participação das massas urbanas em todo o processo da proclamação da República.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. (Mackenzie) Sobre a participação dos militares na Proclamação da República é correto a que:
a) o Partido Republicano foi influenciado pelos imigrantes anarquistas a desenvolver a consciência política no seio do exército.
b) a proibição de debates políticos e militares pela imprensa, a influência das ideias de Augusto Comte e o descaso do Imperador para com o exército favoreceram a derrubada do Império.
c) o descaso de membros do Partido Republicano, como Sena Madureira e Cunha Matos, em relação ao exército, expresso através da imprensa, levou os "casacas" a proclamar a República.
d) o Gabinete do Visconde de Ouro Preto formalizou uma aliança pró-republicana com os militares positivistas no Baile da Ilha Fiscal.
e) a aliança dos militares com a lgreja acirrou as divergências entre militares e republicanos, culminando na Questão Militar.
3. (Uerj) Um dos documentos mais curiosos para a história da grande data de 15 de novembro consiste, a nosso ver, no aspecto inalterável da rua do Ouvidor, nos dias 15, 16 e 17, onde, a não ser a passagem das forças e a maior animação das pessoas, dir-se-ia nada ter acontecido. Tão preparado estava o nosso país para a República, tão geral foi o consenso do povo a essa reforma, tão unânimes as adesões que ela obteve, que a rua do Ouvidor, onde toda a nossa vida, todas as nossas perturbações se refletem com intensidade, não perdeu absolutamente o seu caráter de ponto de reunião da moda.
(Adaptado de THOME,J. "Crônica do chic". 1889. Apud PRIORE,M.D.et alli. Documentos de História do Brasil de Cabral aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997.)
"Em frase que se tornou famosa, Aristides Lobo, o propagandista da República, manifestou seu desapontamento com a maneira pela qual foi proclamado o novo regime. Segundo ele, o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido protagonista dos acontecimentos, assistira a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver uma parada militar."
(CARVALHO, J.M. "Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.)
Nos textos apresentados, encontram-se as opiniões de dois observadores do fim do século XIX - José Thome e Aristides Lobo - a respeito da Proclamação da República.
A divergência entre as posições dos autores sobre o evento refere-se ao seguinte aspecto:
a) ideário republicano.
b) reação da população.
c) caráter elitista do movimento.
d) caracterização política do regime.
4. (Ufrs) Leia o seguinte texto.
"É um engano supor que o golpe de Estado de 15/11/1889 foi a materialização de um projeto de utopia, lentamente amadurecido por duas décadas de ação republicana. Talvez seja mais prudente supor que a relevância da propaganda republicana se deve, apenas, ao fato de que se proclamou uma república, que lhe reivindicou como memória".
(Fonte: Lessa, Renato. "A invenção republicana". 1 988, p. 38.)
Levando em consideração o texto acima, analise as seguintes afirmativas sobre as motivações e os desdobramentos da proclamação da República no Brasil (15.11.1889).
I - Uma das principais causas do golpe foi a insatisfação de diversos segmentos da oficialidade militar, notadamente de alguns veteranos da Guerra do Paraguai e da "mocidade militar" da Escola Militar da Praia Vermelha.
II - Após o golpe, o governo de Deodoro foi extremamente pacífico, apesar das disputas entre as diversas correntes republicanas (liberais, conservadores e girondinos).
III - Ao contrário da proclamação da Independência em 1822, a proclamação da República foi um movimento que, apesar de liderado pelos militares, teve ampla e expressiva participação de setores populares, que formaram milícias nas principais cidades brasileiras.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
5. (Ufpe) Sobre o papel dos militares no cenário que antecedeu a Proclamação da República no Brasil, analise as afirmações abaixo.
1) Mudanças na estrutura social do exército, ao longo do século XIX, deixaram a liderança dessa instituição e a elite aristocrática brasileira afastadas. Dessa forma, faltou à monarquia o apoio do exército.
2) Os baixos salários, as péssimas condições em que atuavam os militares brasileiros, nas guerras que o Império promoveu, e questões ideológicas relativas à escravidão levaram os militares a apoiar os ideais republicanos.
3) Militares do Exército fundaram o Clube Militar, que era uma associação corporativista permanente, para defender a abolição, o fim da Guerra do Paraguai e a República.
4) Os militares liderados por Caxias, o mais bem sucedido dos generais brasileiros, organizaram um ataque, pela imprensa, às instituições monárquicas, com vistas à proclamação da República.
5) As crises entre os militares e o governo brasileiro, a partir de 1883, foram conseqüência de uma insatisfação geral, em relação à participação daqueles militares na vida social e política do Brasil: os militares estavam proibidos de se pronunciarem através da imprensa e eram transferidos de uma região para outra, por questões políticas.
Estão corretas apenas:
a) 3, 4 e 5
b) 1, 2 e 5
c) 1, 2, 4 e 5
d) 1, 3 e 5
e) 2, 3 e 4
6. (Mackenzie) O povo assistiu aquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditavam sinceramente estar vendo uma parada. Aristides Lobo
O texto refere-se à Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. Podemos, então, concluir que:
a) o movimento contou com sólido apoio popular, luta armada e resistência violenta dos monarquistas.
b) a proclamação vitoriosa resultou da conjugação de parte do exército, fazendeiros do oeste paulista e classes médias urbanas.
b) a proclamação vitoriosa resultou da conjugação de parte do exército, fazendeiros do oeste paulista e classes médias urbanas.
c) a Guerra do Paraguai não teve relação com o crescimento das ideias republicanas e positivistas, fundamentais para o advento da república.
d) o Terceiro Reinado era visto de forma positiva e otimista pela população, já que a Princesa Isabel tinha uma liderança expressiva, apesar dos valores patriarcais da época.
e) as críticas à centralização monárquica e o surgimento de novos segmentos sociais não tiveram influência no sucesso do movimento republicano.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7. (Fuvest) Quintino Bocaiúva, pouco antes da proclamação da República, disse:
"Sem a força armada ao nosso lado, qualquer agitação de rua seria não só um ato de loucura... mas principalmente uma derrota de rua antecipada."
A propósito da participação dos militares na Proclamação da República, pode-se afirmar que:
a) o Republicanismo era um movimento uniforme, articulado em torno de proposições como a de uma aliança sólida e permanente com os militares.
b) Silva Jardim e Benjamim Constant eram partidários de uma revolução popular, apoiada pelos militares, visando universalizar a cidadania.
c) a pluralidade de propostas políticas e sociais existente se traduzia em divergências variadas, como o papel dos militares na eclosão do movimento.
d) revela o desinteresse de todas as lideranças do exército com relação à questão da cidadania, da adesão popular e da participação democrática.
e) o Republicanismo brasileiro foi inspirado pelos EUA, onde os militares desempenharam um papel preponderante na criação do Regime Republicano.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8. (Cesgranrio) A Proclamação da República, em 1889, está ligada a um conjunto de transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil, a partir de 1870, dentre as quais se inclui:
a) a universalização do voto com a reforma eleitoral de 1881, efetivada pelo Partido Liberal.
b) o desenvolvimento industrial do Rio de Janeiro e de São Paulo, criando uma classe operária combativa.
c) a progressiva substituição do trabalho escravo, culminando com a Abolição em 1888.
d) a concessão de autonomia provincial, que enfraqueceu o governo imperial.
e) o enfraquecimento do Exército, após as dificuldades e os insucessos durante a Guerra do Paraguai.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
9. (Ufscar) A questão religiosa iniciada em 1872, considerada um dos fatores da proclamação da República, opôs os bispos de Olinda e do Pará à monarquia de Pedro II. Confrontado à determinação do Estado brasileiro, o bispo Dom Vital manteve-se intransigente, afirmando que o governo imperial, em lugar de "conformar-se com o juízo do Vigário de Jesus Cristo, como cumpria ao governo de um país católico, pretende que, rejeitando este juízo irrefragável, eu reconheça o dele, nesta questão religiosa, e o considere acima do juízo infalível do Romano Pontífice..."
(Citado por Brasil Gerson, "O regalismo brasileiro". RJ: Cátedra, 1978, p. 196.)
Esta posição do bispo de Olinda, D. Vital Maria de Oliveira, exprime
a) a concepção de que o poder temporal emana de Deus e de que deve ser absoluto.
b) o dogma da infalibilidade do papa e o esforço de romanização do clero brasileiro.
c) a proibição papal de participação dos católicos nas questões políticas e sociais.
d) a noção de que o poder da Igreja é político e de que o papa deve ser obedecido.
e) o dogma segundo o qual a salvação depende dos decretos infalíveis do papa.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10. (Pucpr) Na conjuntura do II Império Brasileiro, têm destaque, no quadro da Proclamação da República:
I - Interferência Inglesa na Política Imperial.
II - Abolição da Escravatura
III - Questão Militar
IV - Questão Religiosa
V - Pressão do Setor Industrial Urbano
Estão corretas:
a) apenas I e IV.
b) apenas I e III.
c) apenas II, III e IV.
d) apenas III, IV e V.
e) apenas I, III e V.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
11. (Pucpr) Dentre as causas da proclamação da República em 15-11-1889, NÃO é correto afirmar:
a) Ocorria descontentamento nos quartéis, em decorrência da Questão Militar.
b) Ocorria indiferença da Igreja Católica ante a sorte da monarquia, originária da Questão Religiosa e prisão anterior dos Bispos de Olinda e de Belém do Pará.
c) Os fazendeiros ou cafeicultores da Província do Rio de Janeiro estavam irritados, pois perderam todos os seus escravos em decorrência da Lei Áurea.
d) A influência da filosofia positivista estava presente, principalmente entre a jovem oficialidade do exército.
e) A oficialidade da marinha de guerra era tão republicana quanto à do exército, visto ter a mesma origem social popular e até humilde.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
12. (Mackenzie) O movimento resultou da conjugação de três forças: uma parcela do exército, fazendeiros do oeste paulista e representantes das classes médias urbanas. (Emilia Viotti)
Momentaneamente unidas, segundo a autora, conservaram profundas divergências na organização do novo regime. Identifique o fato histórico mencionado pelo texto.
a) Abdicação do imperador Pedro I.
b) Proclamação da República.
c) Ato Adicional de 1834.
d) Organização do Gabinete de Conciliação.
e) Introdução do Parlamentarismo como sistema político.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
13. (Pucpr) A República foi proclamada em 15 de novembro de 1889. Contudo, sua consolidação se fez pela violência de duas revoluções. Sobre o tema, assinale a alternativa correta:
a) No plano ideológico, defendiam os federalistas a necessidade de um poder central forte e limitada autonomia aos Estados.
b) Floriano Peixoto assumiu o cargo de Presidente da República na condição de vice-presidente eleito indiretamente pelo Congresso Nacional e se posicionou favoravelmente aos federalistas.
c) Desde o início, os rebeldes federalistas lutaram ao lado da Revolta da Armada, que se desenvolvia na Baía da Guanabara.
d) Esquadras estrangeiras penetraram na Baía da Guanabara, buscando tardiamente apoiar a marinha de guerra do Brasil.
e) Embora Floriano Peixoto tenha sido alcunhado de "Consolidador da República", os choques armados continuaram na Presidência de Prudente de Morais e somente terminaram no Governo de Campos Sales.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
14. (Uem) Dentre os fatores que concorreram diretamente para a queda da Monarquia Brasileira, citamos:
a) a falta de trabalho para os negros libertos.
b) a abdicação de D. Pedro I.
c) a abolição da escravatura.
d) a posição anômala (defeituosa) do exército.
e) A Guerra dos Farrapos.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
15. (Cescea) A proclamação da República, representa basicamente:
a) uma profunda transformação na estrutura política e social do Brasil.
b) a introdução do sistema democrático no Brasil.
c) o fim do período colonial brasileiro.
d) uma modificação do regime político sem grande influência na estrutura econômica e social do País.
e) um movimento popular de derrubado do chamado “Antigo Regime.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
16. (Fuvest) O lema "Ordem e Progresso" inscrito na bandeira do Brasil, associa-se aos:
a) monarquistas.
b) abolicionistas.
c) positivistas.
d) regressistas.
e) socialistas.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
17. (Unesp) A República brasileira emergiu no auge de um processo cujas raízes se encontravam no II Reinado. Assinale a alternativa INCORRETA:
a) A campanha abolicionista acabou por se confundir com a campanha republicana.
b) Nos termos da primeira Constituição Republicana o Brasil era uma República Federativa Presidencialista e o Estado permaneceu atrelado à Igreja.
c) Para certos segmentos da sociedade, entre eles os cafeicultores, a forma republicana de governo era concebida como moderna, avançada e mais eficiente.
d) No primeiro aniversário da implantação do regime republicano foi instalado o Congresso Constituinte e em 24/02/1891 foi promulgada a Constituição.
e) Os militares, influenciados pelas ideias do positivismo, uniram-se à camada média da sociedade contra os monarquistas.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
18. (Puccamp) Pode-se considerar o Exército como força política influente no movimento Republicano porque
a) seus integrantes, tendo origens, predominantemente na classe média, o indispunham à vigência de um Estado monárquico identificado com as camadas populares da sociedade.
b) seus oficiais, quase todos pertencentes à Maçonaria, solidarizaram-se com os bispos envolvidos na chamada Questão Religiosa, agudizando a crise política deflagrada contra o Imperador.
c) o declínio do prestígio dos militares após a Guerra do Paraguai, tornava seus oficiais críticos inexpressivos dos privilégios concedidos à Guarda Nacional.
d) seus oficiais mostraram-se descontentes com a recusa do Imperador em incorporá-los ao processo de repressão organizada contra a rebeldia negra.
e) a influência do Positivismo entre os jovens oficiais imprimiu o ideal de uma República militar como base do progresso nacional, em oposição ao governo corrupto dos "casacas".
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
19. (Fuvest) O descontentamento do Exército, que culminou na Questão Militar no final do Império, pode ser atribuído:
a) às pressões exercidas pela Igreja junto aos militares para abolir a monarquia.
b) à propaganda do militarismo sul-americano na imprensa brasileira.
c) às tendências ultrademocráticas das forças armadas, que desejavam conceder maior participação política aos analfabetos.
d) à ambição de iniciar um programa de expansão imperialista na América Latina.
e) à predominância do poder civil que não prestigiava os militares e lhes proibia o debate político pela imprensa.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20. (Uftm) A República brasileira começou com um Governo Provisório, encabeçado pelo marechal Deodoro da Fonseca. Marque o único item que não faz parte desse período.
a) Transformação das províncias em Estados.
b) Convocação de uma Assembleia Constituinte.
c) Criação da bandeira republicana.
d) Restrições à concessão da cidadania brasileira aos estrangeiros.
e) Administração pública estruturada em três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
JUSTIFICATIVA ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
REPÚBLICA DA ESPADA
O
PROCESSO DE FORMAÇÃO DA PRIMEIRA REPÚBLICA
REPÚBLICA
DA ESPADA / DOS MARECHAIS (1889-1894)
Ao Marechal
Deodoro da Fonseca é atribuída a Proclamação da República no dia 15 de novembro
de 1889. Quando ele sai, em 1891, assume o Mare- chal Floriano Peixoto,
conhecido como o Marechal de Ferro. Deodoro da Fon- seca tem muitos princípios monarquistas e tanto ele quanto
Floriano Peixoto são conhecidos pela centralização.
O PÓS-PROCLAMAÇÃO
•
- Golpe organizado por um grupo de militares liderado por Deodoro da Fon- seca, que se tornou presidente com o Marechal Floriano Peixoto como vice;
•
A representatividade popular
não foi alcançada e as elites provinciais pas-
saram a exercer forte influência;
•
- Paulistas, mineiros e gaúchos defendiam uma postura federalista e um perfil de representatividade do cidadão (por meio de um
presidente eleito por um congresso);
VÍDEO AULA - REPUBLICA DA ESPADA
ASSISTA !!
O declínio do
Império se dá por algumas razões e a questão militar é uma delas. O positivismo defendia
uma república estatal,
militarizada, que é diferente
do que hoje consideramos democracia ou república. Uma das características é a centralização e a exclusão
do povo, da massa. No processo não há participação do povo, o que resulta numa
pouca simpatia pelo “golpe”, que parece ser uma característica do Brasil. Não é
o povo que escolhe o Marechal Deodoro da Fon- seca para primeiro Presidente do Brasil.
Quando se fala de
São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul quanto a uma postura federalista, esta está
relacionada à independência dos Estados Unidos, uma referência que se dá à
autonomia provincial.
O federalismo está associado ao princípio da autonomia e questiona o poder
centralizador que reporta ao 2º Reinado de Dom Pedro II, que, graças ao poder
moderador, governou durante quase 50 anos.
Na Federação o ente é independente e faz parte de um
conjunto.
O Marechal Deodoro
da Fonseca, até pela sua condição de militar, pensa na centralização, que resulta em vários choques.
A República da Espada, como é denominado o período desses
dois militares,
é um período conturbado porque a República ainda
não vingou.
•
Clima de rivalidade entre a Marinha, associada ao monarquismo e o Exército, enaltecido pela Guerra do Paraguai e pela influência no atual governo republicano;
Clima de rivalidade entre a Marinha, associada ao monarquismo e o Exército, enaltecido pela Guerra do Paraguai e pela influência no atual governo republicano;
•
Regime
positivista (construção da mentalidade do soldado-cidadão, da
maior participação dos militares na sociedade);
“Ordem e Progresso”, lema da bandeira e do
positivismo (Ordem: República forte, disciplinada pelos militares; Progresso:
desenvolvimento técnico e o crescimento industrial);
•
Deodoro e Floriano
eram contrários ao liberalismo e defendiam um poder executivo forte, quase uma
ditadura republicana;
•
O caráter federalista
(descentralização republicana) era uma ameaça,
por
possibilitar
uma futura fragmentação do país;
No final do 2º
Reinado, havia vários adeptos da República, mas não foram esses republicanos que a proclamaram, mas sim os militares, porque,
se o fizes- sem, os militares
retomariam o poder e o devolveria a dom Pedro II. Os militares
têm uma ideia republicana positivista, mas não têm capacidade de governar uma República na qual fossem
contrariados. Findo o período da República da Espada,
o poder caiu nas mãos dos republicanos civis, entre eles Prudente de Morais.
•
A proclamação aproximou as políticas
entre Brasil e EUA;
•
Política diplomática brasileira migrou
de Londres para Washington;
•
Disputa pela riqueza da borracha com
os bolivianos;
•
Disputa pelo Acre, só
resolvida em 1903 com a assinatura do Tratado de Petrópolis no governo de
Rodrigues Alves;
•
O Brasil pagou uma
indenização de 2,5 milhões de libras pelo reconheci- mento do Acre pelos bolivianos;
O mundo já está num contexto da segunda fase da Revolução Industrial. Não se fala mais apenas em carvão e ferro, fala-se em aço, automóveis, pneus de borracha e na Amazônia existe o látex que gera a borracha. Brasileiros se deslo- caram para a Bolívia, e são tantos os brasileiros naquele país e a exploração do látex é tão válida, que o Brasil adquire o território que hoje é o Estado do Acre.
Amazonas, Pará,
Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal
REPÚBLICA DA ESPADA / DOS MARECHAIS (1889-1894)
GOVERNO DEODORO DA FONSECA (1889-1891)
Deodoro
da Fonseca é o responsável pela primeira Constituição republicana.
A
anterior, de 1824, estabelecia que o Brasil era uma monarquia hereditária.
CONSTITUIÇÃO
DE 1891
•
1ª Constituição republicana,
promulgada em 24 de fevereiro de 1891;
•
Rui Barbosa, Ministro da Fazenda, foi
o principal redator;
•
Influência da Constituição
norte-americana (República federativa liberal);
•
Estados da federação (antigas
províncias) receberam certos direitos;
•
Tripartição dos poderes, harmônicos e interdependentes;
Tripartição dos poderes, harmônicos e interdependentes;
É o fim do poder
moderador, que no 1º e 2º reinado era o quarto poder (exe- cutivo, legislativo
e judiciário). Agora os poderes existem para se fiscalizarem mutuamente e
interagirem.
- Bicameralismo
(Câmara dos deputados e Senado federal);
•
Senador com mandato de 9 anos e deputados com 3 anos,tendo sua quantidade estipulada pela população do Estado;
•
O corpo de ministros seria de acordo
com a vontade do presidente;
•
Validava a
separação da Igreja e do Estado (Laicização do
Estado);
Deixa
de existir no Brasil uma religião oficial.
•
Liberdade religiosa e o direito à
certidão de casamento;
• Concessão à naturalização aos imigrantes (atração de capitais
estrangei- ros e a permanência de imigrantes diversos, principalmente aqueles
favo- recidos pela liberdade religiosa);
• O café era a base do crescimento industrial nacional, primeiro
de tudo, porque proporcionava o pré-requisito mais elementar de um sistema
indus- trial, a economia monetária.
A REFORMA FINANCEIRA DE RUI BARBOSA
(CRISE DO ENCILHAMENTO)
Rui Barbosa apela
à especulação com investimentos de alto risco, apostas, incentiva a criação de
muitas empresas e a grande produção de moeda, que acaba gerando uma
desvalorização da mesma. Por administrar mal, surgem várias empresas
“fantasmas”, mais ou menos o que viria a acontecer na crise de 1929.
Encilhamento é uma palavra associada
a corridas de cavalos, a apostas, por- tanto, uma aposta de lucratividade e
não uma certeza.
Estimulo à concessão de crédito e
emissão de papel moeda; intuito de incen- tivar o desenvolvimento econômico
nacional.
Problemas:
•
Muito dinheiro no
mercado sem um correspondente crescimento econômico;
•
Os cafeicultores sentiam-se ameaçados pela política que beneficiava indus- triais e novos investidores;
Os cafeicultores sentiam-se ameaçados pela política que beneficiava indus- triais e novos investidores;
•
Desvalorização da moeda e surgimento
de empresas fantasmas;
•
Crise econômica, inflação e falências múltiplas;
Quando, no 2º
Reinado, o Barão de Mauá tentou industrializar o país, a elite cafeeira começou
a boicotar porque o crescimento de riqueza já não estava ligado à terra, mas
sim às indústrias e a um comércio diferente do que era pra- ticado na
cafeicultura. Dom Pedro II abandonou o Barão de Mauá que, sem a ajuda do
governo, faliu. Novamente há um boicote dos fazendeiros, temerários com esse crescimento urbano
e industrial que lhes tiraria
a condição de elite pri- vilegiada.
•
Regime autoritarista, prezando pela redução da autonomia dos estados, evitando uma possível fragmentação territorial;
Regime autoritarista, prezando pela redução da autonomia dos estados, evitando uma possível fragmentação territorial;
• As divergências com as oposições partidárias ao governo, fez Deodoro
fechar
o Congresso, contrariando a Constituição de 1891;
•
1ª Revolta da Armada em 1891: Marinha insatisfeita com sua condição política e militar inferiorizada em relação ao Exército e ao Governo;
1ª Revolta da Armada em 1891: Marinha insatisfeita com sua condição política e militar inferiorizada em relação ao Exército e ao Governo;
•
Um clima de divergências entre
opositores florianistas nas forças armadas
e
o Governo Geral, favoreceram a renúncia de Deodoro em 1891;
GOVERNO FLORIANO PEIXOTO (MARECHAL DE
FERRO) (1891-1894)
•
Não se identificava com o liberalismo
e a descentralização;
•
Governo forte com apoio
da juventude militar
e seu desejo de estabilização;
•
Reabriu o Congresso e tomou medidas
que beneficiaram os cafeicultores,
com
a ajuda do partido republicano paulista;
•
Postura paternalista,
com obras públicas que favoreciam a geração de empregos ao povo;
•
Tentou conciliar
interesses, sem romper com o conservadorismo
inicial;
• A 2ª
Revolta da Armada (1893-1894): manteve a mesma
postura do governo de Deodoro,
pressionando Floriano a renunciar, deixando
a presidência para o
Almirante Custódio de Melo;
•
A revolta
não teve êxito, justamente pelo apoio de grupos expressivos da
sociedade, fruto da política de conciliações.
A REVOLUÇÃO FEDERALISTA (1893-1895)
•
Partido Republicano Rio-Grandense
(Júlio de Castilhos);
•
Baseava-se em ideias
positivistas, compactuava com o governo de Floriano e era amparado pelas
novas elites;
•
Partido Federalista do Rio Grande do
Sul (Gaspar da Silveira Martins);
•
Almejavam um governo parlamentar, com autonomia estatual e eram amparados pelas antigas elites do império;
Almejavam um governo parlamentar, com autonomia estatual e eram amparados pelas antigas elites do império;
•
O conflito civil
entre Castilhistas (ou pica-paus) e Gasparistas (maragatos) gerou instabilidade
no governo de Floriano, principalmente após a união entre federalistas e os
revoltosos da armada.
Gumercindo Saraiva (centro): um dos
líderes da Revolução Federalista
No dia 15 de novembro de 1894,
Prudente de
Moraes assumiu a presidência da república, e
Floriano saiu da vida pública por livre e
espontânea vontade.
Moraes assumiu a presidência da república, e
Floriano saiu da vida pública por livre e
espontânea vontade.
EXERCÍCIOS
DE FIXAÇÃO
1.
O lema "Ordem e Progresso"
inscrito na bandeira do Brasil, associa-se aos:
a. monarquistas.
b. abolicionistas.
c. positivistas.
d. regressistas.
e. socialistas.
JUSTIFICATIVA : __________________________________________________________________________________________________________________________________________
JUSTIFICATIVA : __________________________________________________________________________________________________________________________________________
2.
A
política financeira, conhecida como encilhamento, foi proposta pelo
Ministro:
a. Campos Sales
b. Quintino
Bocaiúva
c.
Benjamim Constant
Benjamim Constant
d.
Rui Barbosa
Rui Barbosa
e. Aristides Lobo
JUSTIFICATIVA : __________________________________________________________________________________________________________________
JUSTIFICATIVA : __________________________________________________________________________________________________________________
3.
Com a instalação da República no
Brasil, algumas mudanças fundamentais
aconteceram.
Entre elas, destacam-se:
a. a
militarização do poder político e a universalização da cidadania.
b. a
descentralização do poder político e um regime presidencialista forte.
c. um
poder executivo frágil e a criação de forças públicas estaduais.
d. a aproximação entre o Brasil e os Estados Unidos e a instituição do voto
secreto.
e. a
fundação do Banco do Brasil e a descentralização do poder político.
JUSTIFICATIVA : __________________________________________________________________________________________________________________
b)
Embora os marechais
Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto fossem centralizadores, não conseguiram
evitar que surgissem forças regionais, como o Partido Republicano do Rio Grande
do Sul, de Minas Gerais e de São Paulo. Por mais que o regime presidencialista
fosse forte, houve um incentivo à autonomia em
outros.
Org Régis
Fonte:https://www.grancursosonline.com.br/download-demonstrativo/download-resumo/codigo/amgapt6Zx4M%3D
GABARITO
1.
c
2.
d
3.
b
Este material foi
elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa.
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