quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Determinismos ... Teorias que devem ser evitadas ? Porque ?

Ciência da Cultura é a ciência que estuda a Cultura como forma de organização e expressão das sociedades mundiais. É um ramo de estudo e análise das Ciências Sociais e por ser de certa forma complexa também faz parte do que comumente chamamos de Ciências Históricas. Isto ocorre basicamente pelo fato de a Ciência da Cultura encontrar na Sociologia, na Antropologia e na História uma finalidade comum que é estudar a sociedade tentado explicar a realidade, através das evidências culturais.
A Ciência da Cultura é de enorme importância para os historiadores, pois ela auxilia-os a achar algumas evidências de acontecimentos do passado da humanidade e, desta forma, de estruturas grupais de um determinado tempo remoto, de uma determinada época. Assim, os historiadores conseguem analisar os traços culturais de um povo, buscando as causas de muitas crenças, hábitos, fabricação de objetos, evolução tecnológica e monumentos históricos, que são basicamente patrimônios culturais. Estes, portanto, devem ser protegidos de vandalismos e dos problemas ambientais das sociedades depredatórias de hoje.
O estudo da Ciência da cultura normalmente é divido para facilitar seu objeto de análise:

Antropologia cultural

Estuda o homem como ser cultural. Investiga as culturas humanas no tempo e no espaço; traçando suas origens e desenvolvimento social, suas semelhanças e diferenças, além de uma busca de tentativas de, a partir do homem de antigamente, reconstituir sua história e compreender o homem de hoje, que, por sua vez, sempre manteve sua cultura dinâmica, sempre com seus traços particulares e sociais mutativos, o que faz a Ciência da Cultura apresentar os mesmos tipos de problemas de completa compreensão da sociedade com as outras de Ciências Sociais. A Antropologia cultural muitas vezes é associada a sociologia, tendo alguns sub-ramos, que são:
A arqueologia - estuda os traços das culturas das sociedades do passado, através de vestígios arqueológicos.
A etnografia - estuda as sociedades ágrafas; aquelas que não tem nenhuma forma de escrita.
A etnologia - estuda a análise comparativa entre as diversas culturas.
Linguística - estuda a diversidade de línguas como meio de comunicação e instrumento pensante.
Determinologia Cultural - estuda a cultura como uma mescla de fatores biológicos e geográficos a atráves do Determinismo, que é a corrente de pensamento científico-cultural que fala da localização e da condição genética como influentes. Dentro da Determinologia Cutural temos o Determinismo Biológico e o Geográfico.

Determinismo Biológico

Algumas das características culturais de povos são influenciadas pelos comportamentos genéticos, sabendo-se que existe a cultura individual e a coletiva. Já outras características são influenciadas ou pelo desenvolvimento tecnológico, como uso do raciocínio, ou por alguns dos comportamentos psicológicos. Mesmo assim, existem tanto comportamentos genéticos quanto psicológicos que não influenciam na cultura, pois o que mais influencia é o aprendizado. O melhor exemplo é de uma xinguana que vai morar numa família de elite, citada em um livro de Roque Laraia chamado " Cultura: Um conceito antropológico?", em Ipanema no RJ. neste caso ela mudará seus hábitos desde que inserida na nova família antes dos sete anos.

Determinismo Geográfico

Um ambiente natural pode influenciar no modo de vida de um povo, porém a diversidade cultural não é condicionada pelas características do ambiente em que vivem. As diferentes culturas existentes não podem ser explicadas por caráter biológico ou geográfico, mas pelo conhecimento cultural que é passado ao indivíduo.

Relativismo Cultural

Considerando a extrema diversidade cultural da humanidade, pode-se compreender cada grupo humano; seus valores definidos, suas exclusivas normas de conduta e suas próprias reações psicológicas aos fenômenos do cotidiano, e também suas convenções relativas ao bem e mal, do moral e imoral, ao belo e feio, ao certo e errado ao justo e injusto.
A relatividade cultural ensina que uma cultura deve ser compreendida e avaliada dentro de seus próprios moldes e padrões, mesmo que estes pareçam estranhos e exóticos. Os grupos humanos têm direito de possuir e fazer desenvolver a própria cultura sem interferências externas ( Direito e autonomia tribal). Ex: Aborígines que ainda não foram atingidos pela civilização.
As formas de pensar e agir de grupos diferentes devem merecer o maior respeito possível e por isso, seria injusto a introdução deliberada de mudanças no interior dessas culturas (valores culturais).
Os costumes que diferem muito dos da sociedade civilizada devem ser considerados e avaliados dentro da configuração a que pertencem.
Ex: a prática da antropofagia entre antigos aborígines Tupis que ocupavam o litoral do Brasil. Deve-se considerar que existem modos de vida bons para um grupo e que jamais serviram para outro. Os estudos dos grupos humanos vem demonstrando que embora existam expressivas diferenças culturais,"outras culturas" não são necessariamente inferiores. Mesmo assim, as sociedades "primitivas" são vistas como pertencentes a um estado inferior de desenvolvimento cultural, sendo consideradas selvagens, bárbaras e de mentalidade atrasada. É uma atitude etnocêntrica, condenada pela antropologia, que defende o princípio de que as culturas não são superiores ou inferiores, mas diferentes, com maiores ou menors recursos, com tecnologia mais ou menos desenvolvida.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_da_Cultura
Org: Prof. Regis

terça-feira, 14 de setembro de 2010

BULLYING : BRINCADEIRAS QUE FEREM

VEJA UM VIDEO SOBRE BULLYING






TEXTO 3º ANO - SOCIOLOGIA  = BULLYING


BULLYING : BRINCADEIRAS QUE FEREM 



Ameaças, agressões, humilhações... a escola pode se tornar um verdadeiro inferno para crianças que sofrem nas mãos de seus próprios colegas, ainda mais nos dias de hoje, em que a internet pode potencializar os efeitos devastadores do bullying. Você sabe o que é isso? Onde e como ele ocorre?

Você já ouviu falar de bullying? O termo em inglês pode causar estranhamento a muita gente, mas as atitudes agressivas intencionais e repetitivas que ridicularizam, agridem e humilham pessoas – tão comum entre crianças e jovens – é muito familiar a todos. A palavra inglesa 'bully' significa valentão, brigão. Atos como empurrar, bater, colocar apelidos ofensivos, fazer gestos ameaçadores, humilhar, rejeitar e até mesmo ameaçar sexualmente um colega dentro de uma relação desigual de poder, seja por idade, desenvolvimento físico ou relações com o grupo são classificados como bullying. O problema pode ocorrer em qualquer ambiente social – em casa, no clube, no local de trabalho etc –, mas é na escola que se manifesta com mais freqüência. (...)

O Bullying é um problema mundial, encontrado em qualquer escola, não se restringindo a um tipo específico de instituição. Esse 'fenômeno' começou a ser pesquisado há cerca de dez anos na Europa, quando se descobriu que ele estava por trás de muitas tentativas de suicídio entre adolescentes. Geralmente os pais e a escola não davam muita atenção para o fato, que acreditavam não passava de uma ofensa boba demais para ter maiores conseqüências. No entanto, por não encontrar apoio em casa, o jovem recorria a uma medida desesperada. E no Brasil a situação não é diferente.(...)

Quem já não teve um apelido ofensivo na escola? Ou mesmo sofreu na mão de um grupo de colegas que o transformava em 'bode espiatório' de brincadeiras no colégio? Exemplos não faltam. Entre alguns deles está o da gaúcha Daniele Vuoto, que conta toda a sua história em um blog onde também discute sobre o assunto e troca experiências com outras vítimas desse tipo de agressão, psicológica, física e até de assédio sexual. (...)

"O aluno alvo de bullying se culpa muito pelo que acontece, e é preciso esclarecer isso: um aluno que agride outro, na verdade, também precisa de ajuda, pois está diminuindo o outro para se sentir melhor, e certamente não é feliz com isso, por mais de demonstre o contrário. A turma entra na onda por medo, não por concordar. Enxergar a situação dessa forma pode ajudar muito", conta Daniele.
Porém, a realidade de vítimas que 'sofrem em silêncio', como Daniele explica em seu blog, está mudando. Além de atitudes como a da estudante, em que pessoas utilizam a internet para procurar ajuda e trocar experiências, o assunto vêm ganhando corpo e se tornando pauta de veículos de comunicação de massa, a exemplo das matérias veiculadas no Jornal Nacional, da Rede Globo, e em discussões como a realizada no programa Happy Hour, do canal a cabo GNT. (...)


(Disponível em: http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=revista_educarede.especiais&id_especial=361. Acesso:22 agosto 2010)
Org : Regis




Trabalhando com o texto

1. Como o autor define bullying?
2. Por que o termo foi utilizado em inglês?
3. Segundo o texto, esse tipo de atitude precisa ser seriamente enfrentado. Qual sua opinião?
4. Você acredita que o bullying existe na escola apenas pelo fato de que as crianças são diferentes entre si? Explique.
5. Que soluções você apontaria para o problema?
6. Em algum momento, na nossa escola, você se sente vítima de bullying? Justifique sua resposta.
7. Você conhece ou já ouviu falar de alguém na nossa escola, vítima de bullying?





segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Crise de 1929 ... Fascismo e Nazismo




A Ascensão do Fascismo e do Nazismo



 

 

O período do entre-guerras (1919-1939) foi a época do descrédito e da crise da sociedade liberal. Essa sociedade, agora desacreditada, havia sido forjada no século XIX, com a afirmação do capitalismo como sistema econômico "perfeito". Na segunda metade deste século, o mundo absorvia os progressos da segunda fase da Revolução Industrial cujo auge se situa entre 1870 e 1914. O imperialismo e colonialismo europeu deu aos principais países desse continente a hegemonia do mundo e, por isso, uma ótica de encarar o futuro de forma entusiástica e otimista.

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), pólos de poder acabaram (Alemanha, Inglaterra, França, Rússia, etc.). Na América, os Estados Unidos, com sua econonomia intacta, se tornaram os "banqueiros do mundo". Na Ásia, após a Revolução Meiji (1868), o Japão se industrializara, se tornou imperialista e aproveitou o conflito mundial para estender seu poderio na região.
 

Na descrença dessa sociedade pós-guerra, os valores liberais (liberdade individual), política, religiosa, econômica, etc. começaram a ser colocados sob suspeita por causa da impotência dos governos para fazer frente às crise econômica capitalistas que empobrecia cada vez mais exatamente o setor social que mais defendia os valores liberais: a classe média.

Concomitantemente, as várias crises provocaram o recrudescimento dos conflitos sociais e, o mundo assiste imediatamente após a guerra, uma série de movimentos de esquerda e um fortalecimento dos sindicatos. O movimento operário já havia se cindido entre socialistas ou social-democratas (marxistas que haviam abandonado a tema de luta armada e aderiram `a prática político-partidária do liberalismo) e comunistas (formados por frações que se destacaram do movimento operário seguindo os métodos bolchevistas vitoriosos na Rússia (1917). Esse dois grupos eram antagônicos.

Toda a euforia e otimismo foi substituído por um pessimismo que beirava o descontrole após a guerra. Esse pessimismo era sentido entre os intelectuais de classe média, e se manifestou principalmente no antiplarlamentarismo, no irracionalismo, no nacionalismo agressivo e na proposta de soluções violentas e ditatoriais para solucionar os problemas oriundos da crise.

Os países mais afetados pela política social-democrata foram a Alemanha (derrotada), a Itália (mesmo vitoriosa, insatisfeita com os resultados da guerra) onde, a crise se manifestou de forma mais violenta. Nesses países o liberalismo não conseguira se enraizar. Ambos possuíam problemas nacionais latentes, por isso, a formação de grupos de extrema-direita, compostos por ex-militares, profissionais liberais, estudantes, desempregados, ex-combatentes, etc., elementos que pertenciam a uma classe média que se desqualificava socialmente e eram mais sensíveis aos temas antiliberais, nacionalistas, racistas, etc.

Na Itália, Mussolini e na Alemanha, Hitler formavam organizações paramilitares que utilizavam a violência para dissolver comícios e manifestações operárias e socialistas, com a conivência das autoridades, que viam no apoio discreto ao fascismo um meio de esmagar o "perigo vermelho", representado por organizações de extrema-esquerda, mesmo as moderadas como os socialistas.

De início, esses grupos que eram mais ou menos marginalizados se valiam de tentativas golpistas para a tomada do poder como foi o caso do "putsh" de Munique, dado pelo Partido Nazista na Alemanha.

À medida que a crise se profundava e o Estado não a debelava assim como se mostrava incapaz de sufocar as agitações operárias, essas organizações fascistas e nazistas viam aumentar seus quadros de filiação partidária. Os detentores do capita passaram a financiar essas organizações de direita, vendo na ascensão delas um meio de esmagar as reivindicações da esquerda e a possibilidade de se posta em prática uma política imperialista no sentido de abertura de novos mercados. Por essa atitude dos capitalistas entende-se porque tanto Mussolini quanto Hitler chegaram ao poder por vias legais.






Crise de 1929









Foi a primeira crise pura do capitalismo (ou crise de superprodução). As altas taxas de juro dos EUA ( aliadas a uma política deflacionista, medidas praticadas com o propósito de escoar os excedentes do seu comércio próspero - desenvolvido no pós-guerra, e dinamizado depois da crise de 1921 -, e evitar a fuga de capitais) atraem às Bolsas Americanas investimentos de todo o Mundo, resultando um surto de especulação financeira que atinge proporções desmedidas. O custo das ações ultrapassa muito o seu valor real, levando à criação de sociedades fictícias.

Simultaneamente, a progressiva automatização permite taxas de produtividade mais elevadas, e promovem-se campanhas de
 venda a crédito extraordinárias, para escoamento do produto. A publicidade consegue incitar o consumo em massa, mas a oferta continua muito superior à procura, o que leva à saturação do mercado. 

Nestas condições, fale a primeira empresa Inglesa, e a retirada imediata de parte dos capitais britânicos da Bolsa de Nova York marcou, a 24.10.1929, a Quinta-feira mais negra da história do capitalismo. Um avultado número de ações (sem compradores) é posto à venda, com a conseqüente baixa vertiginosa do seu preço. O sindicato dos banqueiros e o sistema federal intervêm, mas a deflação dos preços torna-se irreversível. A esta crise financeira alia-se assim uma econômica: matérias primas, produtos alimentares e tropicais (café, borracha, algodão) são os primeiros produtos a senti-la, mas todos os setores, em cadeia, acabam por ser afetados. Esta quebra faz não só diminuir os rendimentos, como, conseqüentemente, diminui o poder de compra e aumenta o desemprego (os stocks acumulam, e a produção é restringida). Também o
 comércio internacional entra em recessão, atingindo sobretudo a venda de produtos industriais. 

A falência de numerosas empresas e a falta de investimentos explicam a duração da crise. O setor mais afetado foi, sem dúvida, a banca : o "crash" de Nova York provoca também a retirada de capitais americanos investidos no estrangeiro, e o clima de desconfiança que se gera leva os particulares a anularem os depósitos bancários e a praticarem o entesouramento ou a compra do ouro. A esta crise bancária junta-se uma crise de crédito quando, em Maio de 1931, fale o principal banco austríaco (dominado pelos Rothschields) : é retirado o crédito a inúmeras empresas da Europa Central, que acabam também por falir. Nenhum País escapa às repercussões desta crise, que abala a crença no liberalismo e leva a uma crescente intervenção do Estado na atividade
 econômica.

Organizado por :Regis
Autor: Manoel Silva 

RESUMO DA 2ª GUERRA MUNDIAL

VEJA ESTES VIDEOS PARA SABER MAIS ...




Segunda Guerra Mundial

CAUSAS
Podemos dizer que uma das principais causas da Segunda Grande Guerra foi o Tratado de Versalhes.
Esse Tratado, assinado em 1919 e que encerrou oficialmente a Primeira Grande Guerra, determinava que a Alemanha assumisse a responsabilidade por ter causado a Primeira Guerra e obrigava o país a pagar uma dívida aos países prejudicados, além de outras exigências como o impedimento de formar um exército reforçado e o reconhecimento da independência da Áustria. Isso é claro, trouxe revolta aos alemães, que consideraram estas obrigações uma verdadeira humilhação.

O INÍCIO DA GUERRA
Um conflito sangrento que deixou danos irreparáveis em toda a humanidade.
Uma guerra entre Aliados e as Potências do Eixo.
China, França, Grã-Bretanha, União Soviética e EUA formavam os Aliados, enquanto que Alemanha, Japão e Itália formavam as Potências do Eixo.
Estes últimos tinham governos fascistas e tinham por objetivo dominar os povos, que na opinião deles eram inferiores, e construir grandes impérios.

NOTA
Na Europa surgiram partidos políticos que pregavam a instalação de um regime autoritário. Esses partidos formavam um movimento denominado Fascismo.
Os fascistas acreditavam que a democracia era um regime fraco e incapaz de resolver a crise econômica. O país precisava de um líder com autoridade suficiente para acabar com a “bagunça” instalada, promovida por grevistas, criminosos e desocupados.


PRINCIPAIS DITADORES FASCISTAS
-Benito Mussolini: Itália.
- Hitler: Alemanha (Os fascistas alemãs eram chamados de nazistas).
- Franco: Espanha.

PRINCIPAIS IDÉIAS FASCISTAS
- Anticomunismo
- Antiliberalismo (os fascistas defendiam um regime ditatorial)
- Totalitarismo (o indivíduo deve obedecer ao Estado)
- Militarismo e Culto à violência (a guerra era considerada a atividade mais nobre do homem).
- Nacionalismo xenófobo (xenofobia: ódio a tudo que é estrangeiro)
- Racismo
Na Alemanha, Hitler queria formar uma “raça ariana”, ou seja, uma raça superior a todas as outras.
O início da guerra se deu quando Hitler invadiu a Polônia em setembro de 1939.
A razão desta invasão foi o fato da Polônia ter conseguido (através do Tratado de Versalhes) a posse do porto de Dantzig. Hitler não queria isso, ele queria que Dantzig fosse incorporada à Alemanha.
Nos primeiros anos da guerra, as Potências do Eixo levaram vantagem.
A Alemanha tomou a Polônia, Bélgica, Noruega, Dinamarca e Holanda.
Em 1940 a França se rendeu e em seguida foi a vez da Romênia, Grécia e Iugoslávia.
A Inglaterra foi bombardeada, porém resistiu.
Hungria, Bulgária e Romênia se uniram às Forças do Eixo.
Em 1941, o Japão atacou Pearl Harbor e partia para dominar a Ásia. Dias depois Hitler declarava guerra aos EUA.
A entrada dos americanos na guerra reforçou o lado dos Aliados, pois os EUA possuíam uma variedade de recursos bélicos.
Hitler já se achava vencedor, quando as coisas começaram a mudar.
O líder nazista achava que a URSS ainda era um país atrasado e cheio de analfabetos, ele não tinha idéia que o país havia crescido e se tornado uma grande potência.
Ao ordenar o ataque à URSS, os nazistas se depararam com uma grande muralha ofensiva e pela 1ª vez se sentiram acuados.

AS PERDAS NAZISTAS E O FIM DA GUERRA
O final da guerra começou quando Hitler deslocou suas tropas em direção ao Cáucaso, fonte de petróleo da URSS, pois foi nessa região que aconteceu a Batalha de Stalingrado (entre setembro de 1942 e fevereiro de 1943), que deixou mais de um milhão de nazistas mortos. A Batalha de Stalingrado é considerada a maior derrota alemã na guerra.
O Exército Vermelho Soviético foi vencendo e empurrando os nazistas de volta à Alemanha, como vingança osnazistas queimavam e matavam tudo que viam pela frente.
A tentativa de ocupar Stalingrado foi frustrada e o restante do exército que lutava nessa frente rendeu-se aos russos em 1943. Essa vitória trouxe novos rumos ao conflito. As Potências do Eixo perderam 2 países (Marrocos e Argélia) e em junho de 43 os Aliados conquistaram a Sicília.
Todas estas vitórias trouxeram conflitos internos entre os fascistas e estas divergências acabaram por afastar Mussolini do poder. O seu lugar foi assumido pelo Rei Vítor Emanuel que em 1943 assinou um armistício (trégua) com os Aliados e declarou guerra à Alemanha.
No dia 6 de junho de 1944 – chamado o Dia D – os aliados tomaram a Normandia e o cerco alemão sobre a França foi vencido.
Em agosto os Aliados libertaram Paris.
A alta cúpula alemã já previa a derrota, mas Hitler não aceitava esta verdade.
No mesmo ano, querendo dar fim à guerra, oficiais nazistas tentaram matar Hitler num atentado a bomba, mas falharam.
A guerra prosseguia com vários ataques dos aliados e os alemães já sentiam que o fim estava próximo.
Em abril de 45, tropas aliadas – americanas, inglesas e russas – invadiram a Alemanha.
Mussolini foi capturado ao tentar fugir para a Suíça. Ele foi condenado ao fuzilamento. Sua morte se deu no dia 28 de abril de 1945, 2 dias depois Hitler se suicida e no dia 8 de maio a Alemanha se rende.
Embora a guerra tenha terminado na Europa, ela continuava no pacífico e na Ásia. O Japão sofria derrotas diante dos EUA, já que não podia competir com os armamentos norte-americanos.Os japoneses estavam quase se rendendo quando
no dia 6 de agosto de 45, os EUA jogaram uma bomba atômica em Hiroshima e 3 dias depois, foi a vez de Nagasaki ser destruída pela bomba.
O lançamento das bombas causou a rendição dos japoneses.

O HOLOCAUSTO
Os nazistas eram anti-semitas. Eles odiavam judeus e queriam eliminá-los para garantir a superioridade da raça ariana.
Os judeus foram enviados aos campos de concentração para serem mortos, que no total somavam mais de 6 milhões. O mais famoso campo de concentração foi o de Auschwitz (localizado na Polônia).
Não foram somente os judeus que foram perseguidos. Homossexuais e ciganos também sofreram perseguições e passaram fome.

O BRASIL NA GUERRA
Milhares de soldados brasileiros foram lutar na guerra. Sua participação foi modesta, já que não tínhamos um armamento igual ao dos americanos. Mas a participação dos pracinhas foi tão importante que ao voltarem para o Brasil foram considerados heróis.

CONSEQÜÊNCIAS DA GUERRA
A guerra terminou em 1945 e deixou para trás mais de 40 milhões de mortos e cidades em ruínas, fora os que ficaram mutilados, sem moradia e sem família. Os Aliados instauraram o Tribunal de Nuremberg para julgar os fascistas por crimes de guerra. Os nazistas responsáveis pela morte de judeus ou civis foram condenados à morte ou à prisão perpétua.
Logo após a guerra foi fundada a ONU (Organização das Nações Unidas), localizada em Nova York. Sempre que surge um conflito internacional, o Conselho de Segurança da ONU procura resolver o problema com diálogos e cooperação. Um dos órgãos mais importantes da ONU é a Unicef.
Após a guerra o mundo iniciava uma nova fase histórica: a de reconstrução. Os EUA e a União Soviética saíram do conflito como duas grandes potências mundiais.
Os EUA saíram da guerra como a maior potência mundial.
A URSS ficou em segundo lugar. O país teve 25 milhões de mortos e parte de suas construções sumiu do mapa.
Uma das maiores conseqüências da Segunda Guerra foi a rivalidade entre esses 2 países, rivalidade esta, que resultou na Guerra Fria.

Organizado por : Régis
Escrito por : Cristiana Gomes

sábado, 21 de agosto de 2010

REPUBLICA VELHA - RESUMÃO ... " ESTE É PRO CARA FICAR BÃO !!! "






ABAIXO VÍDEO DO TELECURSO QUE SERVE COMO RESUMO DA MATÉRIA DE HISTÓRIA





A república velha

O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.
A República da Espada ( 1889 a 1894 )
Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente : Floriano Peixoto. O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia. Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos (mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.

República das Oligarquias

O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.

A Revolta de Canudos (1893 – 1897)

No governo de Prudente de Morais eclodiu um grande movimentos de revolta social entre os humildes sertanejos baianos . O líder dos sertanejos era Antônio Vicente Mendes Maciel , mais conhecido como Antônio Conselheiro. Esse homem, senhor de fervorosa religiosidade, foi considerado missionário de Deus pela vasta legião de sertanejos que , desiludidos das autoridades constituídas escutavam suas pregações político – religiosas. Não compreendendo certas mudanças surgidas com a republica, Antônio Conselheiro declarava-se , por exemplo , contra o casamento civil e por isso foi identificado como um fanático religioso e monarquista.
                                                        Revoltas Messiânicas
O termo messianismo é usado para designar os movimentos sociais em que milhares de sertanejos fundaram importantes comunidades comandadas por um líder religioso e a ele era atribuído qualidades como o dom de fazer milagres , realizar curas e profetizar acontecimentos. O messianismo desenvolveu-se em áreas rurais pobres que reagiram a miséria. Seus componentes Básicos eram: a religiosidade do sertanejo e seu sentimento de revolta contra a miséria , a opressão e as injustiças das republicas dos coronéis. Muita coisa divulgou-se sobre Antônio Conselheiro e sua gente , diziam que eram loucos , monarquistas e comunistas. Durante muito tempo esconderam a verdade e o motivo que unia os sertanejos em canudos : a vontade de escapar da fome e da violência do sertão.
Conseguindo reunir um grande número de seguidores , Antônio Conselheiro estabeleceu em canudos, um velho arraial no sertão baiano . Em pouco tempo canudos era uma das cidades mais povoadas da Bahia . Eles viviam num sistema comunitário , em que as colheitas , rebanhos e os frutos eram repartidos entre todos. Ninguém possuía nenhuma propriedade , pois os únicos bens era a roupa, moveis , etc… Com isso fazendeiros começaram a temer o poder de Antônio Conselheiro e exigiram do governo estadual que acabasse com o arraial de Canudos. Nisso travou-se grandes batalhas até que um dia , organizou-se um exército de 7 mil homens , que destruiu Canudos completamente e toda população sertaneja morreu defendendo sua comunidade.

Guerra do Contestado (1912 – 1916)

Além de canudos , outro grande movimento messiânico ocorreu na fronteira entre o Paraná e Santa Catarina . Nessa região era muito grande o número de sertanejos sem – terra e famintos que viviam sob dura exploração dos fazendeiros e duas empresas norte-americanas que ali atuavam. Os sertanejos do Contestados se organizaram e eram liderados por João Maria , Logo após sua morte outro monge , conhecido como José Maria ( seu nome verdadeiro era Miguel Lucema Boa Ventura). José Maria reuniu mais de 20 mil sertanejos e fundaram alguns povoados chamados “Monarquia Celeste” , como em Canudos , os sertanejos do Contestados foram violentamente perseguidos e expulsos das terras que ocupavam . Em novembro de 1912 , o monge José Maria Foi morto e seus seguidores tentaram resistir e foram arrasados por tropas de 7 mil homens armados de canhões , metralhadoras e até aviões de combate.

      A Revolta da Vacina ( 1904 )

No Governo do Presidente Rodrigues Alves ( 1902 – 1906 ) , o Rio de Janeiro , capital da republica , já era uma cidade com graves problemas urbanos e sociais: pobreza , desemprego , lixo , muitos ratos e mosquitos transmissores de doenças. Muitas pessoas morriam em conseqüência de epidemias como febre amarela , peste bubônica e varíola.
O governo decidiu, modernizar a cidade e tomar medidas drásticas contra as epidemias ,derrubou cortiços ,casebres e a população dali foram expulsas , Depois disso, o Prefeito Pereira Passos iniciou as obras de modernização da cidade. Para combater as epidemias teve o conselho do sanitarista Osvaldo Cruz que organizou um exército de funcionários da saúde e começou a destruir focos de ratos e mosquitos. Osvaldo Cruz convenceu o presidente a decretar uma lei de vacinação obrigatória contra a varíola. O resultado de tanta reação foi uma revolta popular que explodiu pelas ruas do Rio de Janeiro , que o governo conseguiu controlar com tropas do corpo de bombeiros e a cavalaria. O real motivo do movimento era a reorganização da cidade, afastando cada vez mais os pobres dos centros urbanos.

A Revolta da Chibata ( 1910 )

No final do governo do presidente Nilo Peçanha , estourou uma revolta de 2 mil marujos da marinha brasileira liderada pelo marinheiro João Cândido.  Primeiramente , os revoltosos tomaram o comando do navio Minas Gerais , matando na luta o comandante e três oficiais que resistiram. Depois, assumiram o controle dos navios São Paulo , Bahia e Deodoro em seguida apontaram os canhões para a cidade do Rio de Janeiro e enviaram um comunicado ao presidente explicando as razões da revolta . Queriam mudanças no código de disciplina da marinha , que punia as faltas graves com 25 Chibatadas.
O governo cedeu e aprovou um projeto que acabava com as chibatadas e anistiava os revoltosos , mas o governo não cumpriu a promessa , esquecendo a anistia , decretou a expulsão de vários marinheiros e a prisão de alguns lideres .  João Cândido foi preso , julgado e absolvido em 1912. Passou para a história como o Almirante Negro que acabou com as chibatadas na marinha do Brasil.

                                  NOVOS CONCEITOS A SEREM TRABALHADOS  



Política do Café-com-Leite

A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da República. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.
Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.

Política dos Governadores

Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.

O coronelismo

A figura do “coronel” era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu “curral eleitoral” votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros “recursos” para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

O Convênio de Taubaté

Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.

A crise da República Velha e o Golpe de 1930

Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.


FONTE : http://www.jurassico.com.br/resumo-republica-velha/

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Texto para o 3º ano - SOCIOLOGIA - FELIPPE CANTUSIO

Género (sociedade)

Género  ou Gênero refere-se às diferenças entre homens e mulheres. Ainda que gênero seja usado como sinônimo de sexo, nas ciências sociais refere-se às diferenças sociais, conhecidas nas ciências biológicas como papel de gênero. Historicamente, feminismo   posicionou os papéis de gênero como construídos socialmente, independente de qualquer base biológica. Pessoas cuja identidade de gênero difere do gênero designado de acordo com o sexo são normalmente identificadas como transexuais ou transgêneros.
O biólogo britânico Richard Dawkins critica o uso da palavra gênero como um sinônimo eufemístico de sexo[1], pelo fato de que essa palavra foi tomada como empréstimo do conceito de gênero gramatical, que só reflete a divisão entre masculino e feminino em algumas línguas (principalmente as indo-européia), enquanto outras possuem outros tipos de divisão de gêneros totalmente desvinculada do sexo, como, por exemplo, gênero animado e gênero inanimado.

Sociologia  -  Ao sexologista John Money, é creditada a expressão papel de gênero (gender role) em 1955. "A expressão papel de gênero é usada para significar tudo o que a pessoa diz ou faz para evidenciar a si mesma como garoto ou homem, como garota ou mulher, respectivamente. Isso inclui, mas não é restrito a, sexualidade, no senso de erotismo."[2] Elementos de tais papéis incluem vestimenta, modo de falar, gestos, profissão e outros fatores que não são limitados pelo sexo biológico. Por se presumir que os aspectos sociais de gênero são normalmente os aspectos de interesse na sociologia e disciplinas relacionadas, papel de gênero é normalmente abreviado por gênero. sem que haja ambigüidade neste contexto.Muitas sociedades possuem apenas dois papéis de gênero -- masculino ou feminino -- e estes correspondem com o sexo biológico. Entretanto, algumas sociedades explicitamente incorporam pessoas que adotam o papel de gênero oposto ao sexo biológico, por exemplo Dois-espíritos, pessoas de algumas sociedades indígenas norte-americanas. Outras sociedades incluem papéis bem desenvolvidos que são explicitamente considerados distintos dos arquétipos masculinos e femininos. Na linguagem da sociologia de gênero há a inclusão de um terceiro-gênero, um tanto distinto do sexo biológico (algumas vezes a base para os papéis de gênero incluem a intersexualidade ou incorpora eunucos).


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 Um exemplo é o papel de gênero adotado pelas Hijras da Índia e Paquistão. O povo Bugis de Celebes, Indonésia possui uma tradição de incorporar todas as características acima. Joan Roughgarden, uma bióloga estadunidense, argumenta que em algumas espécies animais não-humanas, ocorre a existência de mais de dois gêneros, de forma que pode haver múltiplas formas de comportamento disponíveis para organismos de um determinado sexo biológico.[3]Considerando as dinâmicas sociais como as apresentadas acima debate-se quais das diferenças entre gêneros masculinos e femininos são aprendidas socialmente, ou refletidas biologicamente. Construcionistas sociais argumentam que os papéis de gênero são inteiramente arbitrários, e que a biologia não interfere nos comportamentos sociais.A sociologia contemporânea refere-se aos papéis de gênero masculino e feminino como masculinidades e feminilidades, respectivamente no plural ao invés do singular, enfatizando a diversidade tanto dentro das culturas como entre as mesmas.

Feminismo e estudos de gênero

A filósofa e feminista Simone de Beauvoir aplicou o existencialismo para a experiência de vida da mulher: “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”.[4] No contexto é um testamento filosófico, entretanto é verdade biologicamente – uma garota precisa passar pela puberdade para se tornar uma mulher – verdade sociológica – a maturidade em relação ao contexto social é aprendida, não instintiva – e verdade nos estudos de gênero – a feminilidade como uma aprendizagem social e cultural.

Dentro da teoria feminista a terminologia para as questões de gênero desenvolveu-se por volta da década de 1970. Na edição de 1974 do livro Masculine/Feminine or Human? de Janet S. Chafetz, a autora usa “gênero inato” e “papéis sexuais aprendidos”, mas na edição de 1978, o uso de sexo e gênero é invertido. Na década de 1980, a maioria dos escritos feministas passaram a concordar no uso de gênero apenas para aspectos socioculturais adaptados.

Nos estudos de gênero o termo gênero é usado para se referir às construções sociais e culturais de masculinidades e feminilidades. Neste contexto, gênero explicitamente exclui referências para as diferenças biológicas e foca nas diferenças culturais. Isto emergiu de diferentes áreas: da sociologia nos anos 50; das teorias do psicoanalista Jacques Lacan; e no trabalho de feministas como Judith Butler. Os que seguem Butler reconhecem os papéis de gênero como uma prática, algumas vezes referidos como “performativo.” [5]

Situação Legal

O sexo masculino ou feminino das pessoas possui significância legal – sexo é indicado em documentos legais, e leis agem diferentemente sobre homens e mulheres. Muitos sistemas de pensão possuem idades de aposentadoria diferentes para homens ou mulheres. O casamento é permitido normalmente para casais de sexo opostos.

A questão que surge é sobre o que determina alguém como masculino ou feminino. Na maioria dos casos isto pode parecer óbvio, mas a questão se complica para pessoas intersexuais ou transgênero. Jurisdições diferentes têm adotado respostas diferentes para esta questão. Praticamente todos os países permitem mudança do status legal de gênero nos casos de intersexualidade, quando o gênero designado no nascimento é considerado biologicamente inacurado – tecnicamente, entretanto, esta não é uma mudança de status por si. E um reconhecimento de um status que já existia, mas desconhecido, no nascimento. Nos últimos tempos, jurisdições também têm provido de procedimentos para mudanças no gênero legal de pessoas transgêneros.

O gênero designado, quando há indicações de que a genitália sexual pode não ser decisiva em casos particulares é normalmente definida por uma série de condições, incluindo cromossomos e gônadas. Assim, por exemplo, em muitas jurisdições uma pessoa com cromossomos XY mas com gônodas femininas pode ser reconhecida como feminina no nascimento.

A habilidade de alterar o gênero legal para pessoas transgêneros em particular têm levantado o fenômeno em algumas jurisdições da mesma pessoa ter gêneros diferentes para diferentes áreas da lei. Por exemplo, na Austrália, pessoas transexuais poderiam ser reconhecidas como tendo o gênero que identificavam sob muitas áreas da lei, incluindo a previdência social, mas não para a lei do casamento. Assim, por um período, foi possível para a mesma pessoa ter dois gêneros diferentes sob a lei australiana.

É possível também em sistemas federais para a mesma pessoa ter um gênero sob uma lei estadual e um gênero diferente sob uma lei federal (um estado reconhece transições de gênero, mas o governo federal não).

Gênero e cooperação

Gênero, e particularmente os papéis da mulher são extensamente reconhecidos como importantes para as questões de cooperação internacional. Isto muitas vezes significa um foco em igualdade de gênero, garantindo participação, mas inclui um entendimento dos diferentes papéis e espectativas dos gêneros dentro das comunidades.

Assim como endereçar as desigualdades diretamente, a atenção para questões de gênero é considerada importante para o sucesso dos programas desenvolvidos, para todos os participantes. Algumas organizações que trabalham em países em desenvolvimento e na questão do desenvolvimento incorporaram a advocacia e empoderamento das mulheres nos seus trabalhos. Um exemplo notável é a organização ambiental queniana de Wangari Maathai chamada Green Belt.

 

Referências

1.         Dawkins, Richard "O gene egoísta": ISBN 853190188X
2.         Money, John "Hermaphroditism, gender and precocity in hyperadrenocorticism: Psychologic findings', Bulletin of the Johns Hopkins Hospital 96 (1955): 253–264. Traduzido da Wikipédia em inglês
3.         Roughgarden, Joan "Evolução do Gênero e da Sexualidade", Editora Planta
4.         De Beauvoir, Simone “O Segundo Sexo Vol. 2, pág. 9. Tradução Sérgio Millet, Ed. Nova Fronteira.
5.         Judith Butler “Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade.”, Civilização Brasileira, 2003