PROJETO BULLYING -FELIPE CANTUSIO

Novo Blog ... Novas Idéias ... veja o trabalho sobre Bullying com o E.M

Enquanto isso !!!  ...  Lá no Felipão ...
Logotipo criado : Faz referencia a igualdade como forma de combater o BULLYING !!!!

VEJA OQUE ROLOU !!!

O projeto teve um foco sobre diferentes aspectos da educação: a curiosidade, a autoconsciência, a cooperação, o vínculo e o respeito pelas perspectivas de um grupo de aproximadamente cem jovens do 2º e 3º  ano do Ensino Médio .














De maneira geral, quisemos mobilizar professores, alunos, gestores e a comunidade escolar para, compreendendo o bullying, buscar respostas e oportunizar ações para combatê-lo, tendo como princípios os valores a serem promovidos em sala de aula – apreciação, colaboração, igualdade , entre outros –, propiciadores de um clima de solidariedade e de respeito mútuo.
Nossa primeira ação com os alunos foi socializar com eles nossas pesquisas e propor-lhes que preparassem textos ,  símbolos vídeos , musicas , versos entre outros ,  sobre as práticas de bullying, enfocando as diversas formas de manifestação, as características, os envolvidos e as conseqüências, além de formas de combate e propostas para a escola. 
Procuramos, nessa primeira etapa, sensibilizá-los, levando-os a uma reflexão mais profunda sobre a temática, incitando-os a promover ações de combate ao bullying na nossa escola. 
No decorrer das atividades do projeto, fomos percebendo que eles estavam dispostos a colaborar com a resolução do problema, pois se sentiam incomodados com aquela situação, até então velada no nosso cotidiano. 



Formaram-se grupos de trabalho nas aulas, estes apresentavam idéias  relacionados ao bullying e sensibilizavam os colegas da turma. Ocorriam debates acalorados nos quais geralmente a palavra de ordem era “chega de bullying”.






 Nas etapas seguintes, foi discutido a possibilidade de expormos os trabalhos realizados de forma virtual ( INTERNET – BLOG DA ESCOLA , ou outro a ser criado  ) o qual destinaria um espaço para colocarem suas angústias, experiências, debaterem o assunto, comentarem e postarem comentários e depoimentos . 
Concomitantemente, construímos um mural que ficou exposto para toda a comunidade escolar durante um determinado período. Nele, todos os alunos envolvidos puderam expressar e socializar e fazer refletir além de aguçar a curiosidade , através da comunicação visual provocando discussões e debates. 
Ao nos propormos a trabalhar com a temática bullying em nossa escola, levamos em conta a necessidade e urgência de contextos de discussão, reflexão e ação em torno do assunto, enfatizando a cultura de paz e do respeito aos direitos fundamentais do ser humano (BRASIL, 1988) e,  ainda, a valorização da troca de experiências como forma de aprendizagem, de acatamento ao pensamento e à produção do outro, instituindo uma visão solidária das relações humanas a partir do contexto da sala de aula. Mais: quisemos acomodar no mesmo patamar os papéis desenvolvidos por homens e mulheres na construção da sociedade contemporânea, com o intuito de estabelecer a igualdade entre os sexos, livre de qualquer tipo de preconceito e discriminação de gênero, de orientação sexual, racial, cultural, entre outros. 
Acreditávamos ser possível encontrar caminhos que trouxessem novos significados para as relações humanas, tanto no cotidiano escolar quanto na vida em sociedade, e foi o que conseguimos alcançar com nosso trabalho. /ago 
Em resumo, apontamos que a maioria dos fatores que podem traçar um possível perfil das crianças e jovens envolvidos em práticas de bullying perpassa questões de auto-estima que, muitas vezes, remontam, por exemplo, a históricos de maus tratos, omissão de pais e professores, abandono familiar na primeira infância, carência afetiva. 
Dessa maneira, devemos refletir sobre nosso papel enquanto educadores, nossas práticas, a relação que estabelecemos com nossos alunos e  alunas, e o compromisso que temos com a educação, para que possamos tomar a iniciativa de interferir no momento adequado e de maneira adequada, facilitando as aprendizagens, num ambiente onde haja respeito mútuo, solidariedade e cooperação.




Defendemos que o papel da escola não é tão somente o de “ensinar”, conforme a concepção equivocada que ainda vigora na sociedade atual, mas sim o de criar situações de aprendizagens que promovam o desenvolvimento individual e coletivo dos educandos, no e para o exercício da cidadania plena. Para isso, saber conviver, na escola e fora dela, é fator fundamental para sermos cidadãos, numa sociedade que se pretende justa e democrática.
      
Gostaria aqui de agradecer à todos que de alguma forma colaboraram para que fosse possível a execução deste trabalho ... Obrigado ...
Valeu pessoal  ... !!! 

Prof. Régis

ABAIXO PROJETO  NA INTEGRA  ...


PROJETO BULLYING NA ESCOLA


Projeto de Sociologia ( um ensaio pedagógico )  – Bullying na escola: uma ameaça à dignidade humana



Apresentação 

A vida humana ganha a sua riqueza se é construída e experimentada tomando como referência o princípio da dignidade. Toda e qualquer pessoa é digna e merecedora do respeito de seus semelhantes e tem como direito boas condições de vida e a oportunidade de realizar seus projetos. Características particulares, como sexo, idade, etnia, religião, classe social, grau de instrução, padrão de beleza, opção política, ideológica, orientação sexual, etc., não aumentam nem diminuem a dignidade de uma pessoa. A sociedade é composta de pessoas diferentes entre si, não somente em função de suas personalidades singulares, como também de categorias ou grupos. Entretanto, independentemente da riqueza relacionada às diferenças, existem preconceitos e discriminações, o que resulta, frequentemente, em conflitos. A atitude de preconceito e/ou intolerância está na direção oposta do que se requer para a existência de uma sociedade democrática, pluralista por definição. As relações entre os indivíduos devem estar sustentadas por atitudes de respeito mútuo, diálogo, solidariedade e justiça. 

Justificativa

O projeto Bullying na escola: uma ameaça à dignidade humana visa estimular o respeito às diferenças dentro e fora do âmbito escolar. Segundo a psicóloga Vera Miranda, Mestre em Psicologia da Infância e da Adolescência, as grandes aprendizagens do ser humano ocorrem em meio a dois contextos básicos: a família e a escola. Nessas duas esferas de socialização e aprendizagem, a criança vive relações verticais — com os pais e professores — e horizontais — com irmãos e colegas, que possuem igual poder e estão no mesmo nível de hierarquia. Nessas circunstâncias, percebemos a importância que
temos, como educadores/as, no papel social junto a essas crianças, mesmo porque a família, muitas vezes, não tem estrutura para manter um diálogo aberto e adequado sobre temas que envolvem preconceitos já tão arraigados na nossa sociedade. Muitas vezes, nos deparamos com agressões gratuitas de puro preconceito, intolerância e desafeto entre crianças e jovens da nossa comunidade educativa e devemos manter um trabalho de sensibilização destes, a fim de combater esse tipo de comportamento que, muitas vezes, tem como pano de fundo a falta de informação. Silenciar não é uma atitude coerente com a prática educativa, democrática e saudável. O trabalho interdisciplinar e a preocupação com a formação da cidadania colocam em discussão as diferentes relações de gênero, raça, etnia e toda e qualquer desigualdade que ocorra no dia a dia escolar. Nesse contexto, o papel do professor, em união à direção escolar, aos funcionários e aos demais membros da comunidade educativa, é de fundamental importância para a construção de uma escola onde haja respeito e dignidade entre todos. 

Objetivos Gerais

Compreender a importância do tema Bullying na escola: uma ameaça à dignidade humana, estimulando e divulgando a formação em Educação não sexista, antirracista, não homofóbica, sem preconceitos e/ou intolerância, visando o bem-estar coletivo. 

Objetivos Específicos 

• Considerar as diferenças existentes em todos os níveis na nossa comunidade escolar.
• Estabelecer estratégias para o trabalho de sensibilização e combate às práticas agressivas e repetitivas que possam causar angústia e sofrimento. 
• Compreender a importância da reflexão e da discussão teórico- -conceitual e da avaliação crítica no que se refere ao tema do projeto.
• Promover a criação de um ambiente educacional e social onde meninos e meninas, homens e mulheres, sejam tratados/as igualmente. 
• Estimular o respeito mútuo entre todos os que formam nossa comunidade educativa.
• Sensibilizar a comunidade educativa em relação ao respeito às diferenças. 
• Participar de debates sobre os temas abordados no projeto pedagógico em questão. 
• Refletir de forma crítica sobre os conflitos que envolvem práticas relacionadas ao bullying no dia a dia escolar. 
• Transformar o espaço escolar num espaço democrático, inclusivo e que assegure a aprendizagem, um direito de todos, sem discriminações. 
• Propiciar aos alunos a apreciação de textos, documentários, filmes e outras fontes que abordem assuntos relacionados ao tema do projeto.
• Respeitar o outro, sem humilhações ou discriminações. 
• Valorizar os pontos de vista de pessoas com opiniões diferentes. 
• Construir um dia a dia justo, livre e solidário no ambiente escolar e fora dele. 
• Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade, aparência física, etc. 
• Enfrentar o desafio de instalar, no processo de ensino- -aprendizagem que se realiza em cada uma das áreas de conhecimento, uma constante atitude crítica, de reconhecimento e ações em relação às diferenças no contexto escolar.
• Contribuir para a formação de cidadãos melhores e mais preparados para o mundo. 
• Discutir os temas relacionados ao projeto pedagógico para recuperar valores essenciais, como o respeito. 
• Trabalhar a questão da autoestima com os diversos segmentos da nossa comunidade educativa.
 • Contribuir para o combate à prática de bullying e cyberbullying nas relações interpessoais.
·          Produção de um Vídeo que aborde a execução do Projeto , seus participantes e a produção dos alunos


Metodologia 

Fontes de pesquisa

• Livros 
• Revistas e jornais 
• Textos de pesquisa sobre o tema 
• Filmes e músicas 
• Pesquisas na comunidade 
• Fôlderes
• Produções escritas dos alunos e professores 
• Poesias 
• Internet 
• Cartazes 

Descrição dos procedimentos de análise das fontes 

As fontes serão utilizadas à medida que as etapas do projeto forem sendo realizadas. Nas salas de aula, os alunos receberão subsídios através de textos, livros, pesquisas e outros recursos necessários para dar embasamento teórico à compreensão do tema e fornecer dados importantes para o desenvolvimento do projeto. Durante a execução do projeto, há de ser providenciado por grupos de alunos , o contato com pessoas, grupos e/ou organizações para a realização de entrevistas ou palestras educativas para grupos de alunos , que as reproduzirão em vídeos ,  cartazes ou textos que  deverão ser exibidos na escola . Também serão utilizadas pesquisas de história oral realizadas com nossos alunos, professores e funcionários, a fim de obtermos diagnósticos e soluções do problema que envolve nossa comunidade educativa em relação aos temas abordados. Os alunos apresentarão trabalhos criativos envolvendo o tema central do projeto, como vídeos , cartazes e textos ou outras apresentações artísticas. 

Desenvolvimento

Ações que servirão de subsídio  

Pesquisa, seleção e exploração de vários textos relacionados ao tema central e pertinentes ao projeto. 
• Textos informativos (leitura, compreensão, debates) 
• DVDs (filmes, entrevistas e documentários) 
• Internet (pesquisas, entrevistas, textos, etc.) 
• Poesias, peças teatrais e outras apresentações artísticas 
• Produções de texto 

Estratégias que  servirão de subsidio 

• Realizar uma investigação de forma natural e espontânea para reconhecer a experiência e saber o que pensam os alunos sobre o tema. 
• Pesquisar e selecionar textos e vídeos sobre o tema a ser desenvolvido no projeto ( bullying ) . 
• Trocar idéias com a direção da escola, com os professores e outros funcionários sobre o objetivo do projeto. 
• Sensibilizar os alunos através das aulas, rodas de diálogos, palestras e dos filmes. 
• Estimular a leitura de textos sobre o tema. 
• Criar condições para a participação efetiva dos alunos em debates e criação de vídeos temáticos. 
• Realizar atividades artísticas como exibição de vídeos cartazes a apresentações artísticas e outras atividades relacionadas ao tema do projeto. 
• Formar grupos para debater o tema em sala de aula, salas temáticas ou em outro espaço previamente estabelecido. 
• Registrar os avanços proporcionados no dia a dia da escola durante a vigência do projeto em clipes feitos por alunos . 
• Avaliar mudanças de comportamento de todos os que formam nossa comunidade educativa. 
• Respeitar a inclusão de alunos especiais. 
• Adequar o projeto ao currículo de cada disciplina. 
•Valorizar atitudes e gestos de educação e sensibilidade dos alunos que contribuem para uma escola mais solidária e que aceitam as diferenças.



Cronograma

O projeto é um processo e se refere às atitudes de mudanças de comportamento, visando uma melhor qualidade de vida na escola e buscando contribuir para um dia a dia participativo e democrático, dando ênfase ao diálogo e ao respeito mútuos. O projeto Bullying na escola: uma ameaça à dignidade humana inicia- se no mês de agosto de 2011 e deverá se estender até o último dia de aula deste mesmo ano. Porém, diante da relevância dos temas a serem trabalhados, o projeto poderá ter continuidade no ano escolar de 2012. 

Avaliação 

A avaliação será contínua e processual, de forma natural, através do diálogo diário, dos debates promovidos e dos registros de atividades vivenciadas ao longo dos trabalhos. O processo de avaliação será espontâneo e verificará o potencial e a competência dos alunos em relação à temática, bem como a capacidade de mudança de comportamento mediante o conhecimento adquirido e experimentado , além do uso das chamadas novas tecnologias . A avaliação, como um processo contínuo, dar-se-á também através da observação das dinâmicas, dos trabalhos e das mudanças de comportamento de todos os envolvidos, principalmente dos alunos, além da observação da articulação destes com outros projetos desenvolvidos na Unidade escolar . 
Org . Regis

Reginaldo Pereira  - Professor de Sociologia da Rede Publica do Estado de São Paulo

Referências bibliográficas 

BENJAMIN, Roberto. A África Está em Nós: História e Cultura Afro-brasileira. João Pessoa: Grafset, 2004. 

COSTA, M. S.; MORAES, A. Valores Para a Vida. Coleção Ética e Cidadania. Recife: Construir, 2006. 

CURY, Augusto. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. 

GIKOVATE, Flávio. Arte de Educar. Curitiba: Nova Didática, 2001. 

OAKLANDER, Violet. Descobrindo Crianças: A Abordagem Gestáltica com Crianças e Adolescentes. São Paulo: Summus 

Editorial, 1980. Parâmetros Curriculares Nacionais – Temas Transversais. Brasília, 1983. 

PAROLIN, Isabel. Pais e Educadores: Quem Tem Tempo de Educar? Porto Alegre: Mediação, 2007. Respeitando as 

Diferenças no Espaço Escolar – Nielson da Silva Bezerra (org.). Recife: Gestos, 2007. 

Revista Aprende Brasil. Diversidade: Tudo É uma Questão de Visão. Ano 2. Nº 4. Abril 2005. 

Revista Atividades & Experiências. Habilidades e Competências – Editora Positivo. Ano 9. Maio 2008. 

Revista Construir Notícias: Projeto Político Pedagógico – Somos Todos Diferentes e Iguais: Trabalhando a Inclusão 

Através da Literatura Infantil/ Nº 29. Ano 05. Julho/agosto 2006.