sábado, 7 de maio de 2011

Resumo sobre Reforma Protestante



Reforma Protestante

1. Conceito
* A Reforma Protestante foi um movimento cristão iniciado no século XVI, na Alemanha, que protestava contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no catolicismo. 


2
. Antecedentes
* A força e o prestígio da Igreja Católica ficaram abalados, no século XVI, com as transformações econômicas e culturais na Europa. 
* Até o final da Idade Média, a grande maioria dos cristãos permaneceu unida em torno da autoridade do papa, chefe máximo da Igreja Católica. 
* No início da Idade Moderna, porém, alguns cristãos passaram a protestar contra o que consideravam abusos da autoridade papal. 
* Alguns destes cristãos deixaram de obedecer ao papa e separaram-se da Igreja de Roma. 
* Foram várias as causas que originaram a Reforma, a maioria relacionada com as condições gerais da Europa no século XVI. 

3
. Causas 
* O luxo da Igreja, pois, enquanto pregavam a pobreza e a simplicidade, os papas e bispos vivam rodeados de escritores e artistas, imersos em grande quantidade de riquezas. 
* A condenação da usura (empréstimo a juros) e a noção de que o lucro era pecado, ideias que prejudicavam especialmente a burguesia, que estava em ascensão. 
* O aumento do poder dos reis, que não viam com bons olhos a influência do papa interferindo nas questões locais. Além disso, alguns reis queriam se apoderar das terras da Igreja. 
* A influência do Renascimento Cultural, que espalhou pela Europa uma nova maneira de pensar, caracterizada pelo individualismo e pelo espírito crítico. 
* A simonia, ou seja, a venda de relíquias sagradas e cargos eclesiásticos, que transformava muitas práticas religiosas em comércio. 
* A invenção da prensa móvel por Gutenberg, que possibilitou a divulgação e cópia muito mais rápida de livros. Também possibilitou que a Bíblia fosse traduzida nas línguas locais. 
* A venda de indulgências, ou seja, de perdões. De acordo com esta doutrina, as pessoas obtinham o perdão dos seus pecados mediante pagamento. 
* O conjunto destes fatores impulsionaram as críticas contra as doutrinas católicas, que levaram a instauração da Reforma Luterana, Calvinista e Anglicana. 

4.
Reforma Luterana
* A Reforma Luterana foi iniciada por Martinho Lutero, na Alemanha. Tudo começou quando, para propiciar a construção da Basílica de São Pedro, em Roma, o papa Leão X ordenou a venda de indulgências. 
* Em 1517, o monge Martinho Lutero se desentendeu com o dominicano Tetzel, que vendia indulgências em nome do papa. Isto porque Lutero se recusava a apoiar a absolvição dos pecados mediante pagamento. 
* Ao ser ameaçado por Tetzel, Lutero reagiu, afixando na porta da Igreja de Wittenberg as 95 Teses, documento que condenava a venda de indulgências, entre outras práticas e doutrinas da Igreja. 
* A disputa entre Lutero e a Igreja se prolongou até 1520, quando o papa o excomungou. Lutero queimou publicamente o documento de excomunhão e passou a difundir sua doutrina. 
* Assim, surgiu o luteranismo, doutrina que ganhou adeptos em várias regiões da Europa, principalmente na Alemanha, Suécia, Dinamarca e Noruega. 

5
. Reforma Calvinista
* A Reforma Calvinista foi iniciada por João Calvino, na Suíça. Nascido na França, Calvino teve que fugir para este país, em 1536, para defender as idéias mais radicais de Lutero. 
* Na Suíça, Calvino passou a dar destaque à ideia da predestinação, segundo a qual o trabalho e a prosperidade alcançada por meio dele são sinais de benção divina e salvação da alma. 
* Vale ressaltar que a formação do sistema capitalista foi muito estimulado pelos valores do calvinismo, que encorajava o trabalho e o lucro e condenava os prazeres e os gastos. 
* Por corresponder aos interesses da burguesia, o calvinismo se expandiu para os países onde o comércio era mais desenvolvido. 
* Na França, os calvinistas eram chamados de huguenotes; na Inglaterra, de puritanos; na Escócia, de presbiterianos; na Holanda, fundaram a Igreja Reformada. 

6
. Reforma Anglicana
* A Reforma Anglicana foi iniciada por Henrique VIII, na Inglaterra. Henrique VIII havia solicitado ao papa a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão, para casar-se com Ana Bolena. 
* Diante da recusa do papa – e usando isso como pretexto –, o rei ordenou que seu casamento fosse anulado por um tribunal eclesiástico inglês. 
* Além disso, o rei fez com que o Parlamento lhe outorgasse o título de chefe supremo da Igreja da Inglaterra. Assim, em 1534, nascia o anglicanismo. 
* A Igreja da Inglaterra separou-se de Roma, mas conservou boa parte da doutrina católica. 
* Os puritanos (calvinistas ingleses) entraram em choque com os anglicanos, gerando inúmeros conflitos. No século XVII, estes conflitos levaram às emigrações em massa para regiões da América do Norte. 

7
. Noite de São Bartolomeu
* A Reforma deu origem a conflitos religiosos entre católicos, que queriam manter seu poder, e os protestantes, que pretendiam aumentar sua influência. 
* Um destes conflitos ocorreu na França, em 1572, e foi denominado Noite de São Bartolomeu . 
* Na ocasião, mais de 30 mil protestantes foram assassinados por católicos. 

8
. Contra-Reforma
* A Contra-Reforma foi uma reação da Igreja Católica à Reforma Protestante. 
* As principais iniciativas da Contra-Reforma foram a convocação do Concílio de Trento, a criação da Companhia de Jesus e o aumento das atividades do Tribunal da Inquisição. 
* O Concílio de Trento condenava a doutrina protestante, aconselhava a formação dos sacerdotes em seminários e instituiu uma lista de livros proibidos – o Index. 
* O Tribunal da Inquisição foi um instrumento de terror e obscurantismo utilizado pela Igreja Católica contra todos que divergiam de sua doutrina – os hereges. As práticas envolviam interrogatórios, tortura e morte. Agiu com maior intensidade em Portugal e Espanha. 
* A Companhia de Jesus foi uma ordem religiosa criada por Inácio de Loyola, na Espanha. Sob rígida disciplina, os chamados jesuítas combatiam as idéias protestantes e dedicaram-se a conversão de diferentes povos ao cristianismo. 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

PIRATARIA ... MAIS UMA ARMA DOS INGLESES

Piratas, corsários e bucaneiros

Desde que começaram as atividades comerciais entre os povos, grupos de pessoas dedicadas ao roubo das caravanas que levavam as mercadorias surgiram. Os piratas nada mais são do que esses ladrões, mas que, em vez de se dedicar aos assaltos em terra, dedicam-se a praticar esses roubos no mar. Desde a Antiguidade, há registro desses ladrões do mar. Homero, na sua Odisséia, cita-os. Os romanos também relataram problemas de ataques de piratas aos seus navios. Na  Idade Média, a pirataria praticada pelos vikings e pelos muçulmanos nos mares em torno da Europa também ficou registrada na História. Mas, foram os piratas dos séculos XV, XVI e XVII que deixaram a principal marca em nossa história, e foi a partir deles que se criou a imagem do pirata que conhecemos hoje: homens maltrapilhos, beberrões, adornados por peças de ouro, que tinham o mar do Caribe como principal palco de atuação. 

A pirataria nesse período se desenvolveu a partir da descoberta das terras no Novo Mundo, possuidoras de inúmeras riquezas, dentre as quais o ouro e as pedras preciosas, itens importantíssimos na economia mercantilista que vigorava na época. Com a divisão das terras americanas entre Portugal e Espanha, a partir do Tratado de Tordesilhas, em 1494, homens passaram a se dedicar a roubar os navios que saíam da América, principalmente os navios espanhóis e portugueses - foi assim que a pirataria alcançou seu auge em nossa história.
Podemos dizer que todo homem do mar que pratica o roubo no mar pode ser chamado de pirata; no entanto, eles não eram um grupo homogêneo. Havia aqueles grupos que atuavam sem vínculos com qualquer país, roubando cargas puramente a fim de benefícios próprios, e havia aqueles que atuavam com autorizações de seus países, ou seja, possuíam a chamada Carta de Corso, que era uma autorização real para que esses homens praticassem os roubos a navios de nações inimigas. Esse tipo de pirata era chamado de corsário.
   
                                           AGORA ... UM VÍDEO  ( EM ESPANHOL !!! )      SOBRE O PIRARA FRANCIS DRAKE  ;  
     

                                                                      NA INGLATERRA ERA CONSIDERADO UM HERÓI 


Sir Francis Drake, um dos mais conhecidos corsários de nossa história.

Os corsários eram originários principalmente da Inglaterra, França e Holanda, países que ficaram de fora do Tratado de Tordesilhas, e, portanto, não tinham direito às terras do Novo Mundo. Como forma de compensação, os governantes desses países promoveram a pirataria, que, através da tributação da carga roubada, gerou lucros fabulosos. Alguns desses corsários ganharam muita fama e riqueza em seus países, como é o caso de Francis Drake, almirante e corsário inglês que foi agraciado com título de nobreza pela Coroa Britânica, devido aos serviços prestados.
 Vale, aqui, ainda, falar dos bucaneiros, que foram os piratas que aterrorizaram o mar do Caribe no período das Grandes Navegações. Esses piratas receberam esse nome devido ao hábito de utilizar o bucán, um tipo de grelha usada para defumar a carne. Esses piratas não respondiam a nenhuma Coroa, atuando em proveito próprio, e defendiam somente seus fortes, que tinham como principal base a Ilha de Tortuga, no Caribe.

Assim, podemos dizer que corsários e bucaneiros eram piratas, pois também eram homens que praticavam roubos nos mares. Conhecemos, então, um pouco mais desses interessantes personagens da nossa história e vimos que, apesar de, em geral, ter-se uma imagem homogênea deles, trata-se, na verdade, de diversos grupos muito distintos entre si, que partilhavam interesses diversos e atuaram em muitos momentos de nossa história; no entanto, todos eles eram unidos pela atividade de praticar roubos nos mares. Interessante, não?

IDADE MÉDIA RENASCIMENTO A UM PASSO DA MODERNIDADE

IDADE MÉDIA  ...      

  

O fim do Império Romano no Ocidente, em 476, marcou o início da Idade Média, período que se estende até 1453, quando a cidade de Constantinopla é tomada pelos Turcos. A época medieval caracterizou-se na Europa Ocidental pela predominância de um novo sistema de vida, tanto na economia como na sociedade e na cultura: o feudalismo. Foi na Idade Média que ocorreu um grande declínio nas atividades artísticas, literárias e científicas.A destruição das bibliotecas pelos bárbaros, o medo de invasões e saques, a dificuldade de comunicação e as constantes lutas entre os senhores feudais contribuíram para criar um ambiente desfavorável ao desenvolvimento das letras, das artes e das ciências nessa época. Assim mesmo, porém, a Idade Média criou algumas obras expressivas.
A literatura foi escrita em latim e tratava de temas religiosos. Por volta do século XII, ela passou a ser escrita em língua própria de cada região. A maior figura literária da Idade Média foi Dante Alighieri (1265-1321).  


                            Assista um  video para entender melhor ...

A arte era religiosa, na qual se destacava a arquitetura, predominando dois estilos: o romântico e o gótico.
- Estilo Romântico: caracterizavam-se pelos arcos redondos, paredes baixas e grossas, grandes colunas, janelas pequenas e interiores pouco iluminadas.
- Estilo Gótico: caracterizavam-se pelos arcos em formato ogival, janelas maiores e mais numerosas, paredes altas e interiores iluminados.
Na pintura destacaram-se as miniaturas, feitas para ilustrar os manuscritos e os murais.  Na escultura utilizavam o metal, o marfim e a pedra.  As ciências não se desenvolveram muito na sociedade medieval ocidental. Quase todos os estudiosos e pensadores deixaram de lado a observação da natureza e a experimentação. A maior parte dos estudos foi dedicada à Teologia e à Filosofia.A partir do século XII, com o aumento das atividades comerciais e o crescimento das cidades, os burgueses começaram a sentir necessidade de saber ler e contar.  Surgiram então no século XIII as universidades.As principais universidades eram formadas por quatro faculdades: Artes, Direito, Medicina e Teologia.
Em sua evolução a Idade Média apresentou duas fases distintas: a Alta Idade Média, período compreendido entre os séculos V e X, quando o feudalismo se formou e se consolidou; e a Baixa Idade Média, período que se estendeu do século XI ao XV e que corresponde à decadência do sistema feudal.Na Europa ocidental, a Alta Idade Média caracterizou-se pela crise do escravismo romano, que colidiu com as comunidades germânicas em desagregação originando o feudalismo: a colisão catastrófica de dois modos de produção em dissolução, o primitivo e o antigo.Por ter sido um período de estagnação econômica e atraso das forças produtivas, muitos chamaram a Idade Média de "Idade das Trevas". Na verdade, a expressão justifica-se apenas em parte. Embora apresente um quadro de guerras incessantes, retração da economia, do desenvolvimento técnico e da vida urbana - além da ocorrência catastrófica da peste negra, a Idade Média conseguiu preservar, principalmente dentro dos mosteiros, a cultura e o pensamento greco-romano.
Durante os séculos IV e V o escravismo passou por uma profunda crise. A falta de mão-de-obra escrava gerou um grande aumento nos preços desse tipo de trabalhador, inviabilizando sua compra.A solução encontrada pelos grandes proprietários rurais romanos foi a gradual substituição da mão-de-obra escrava pelo meeiro (colonato), o qual era obrigado a entregar parte de sua produção ao proprietário.
Com a instituição do sistema de colonato, a força de trabalho deixou de ser uma mercadoria e a circulação monetária reduziu-se bastante, resultando no quase desaparecimento da moeda, na decadência do comércio e na estagnação econômica. As grandes propriedades romanas (as vilas), antes totalmente dependentes da estrutura escravocrata, tornaram-se cada vez mais auto-suficientes.
Devido ao caráter predominantemente especulativo de sua economia, a região ocidental do Império, que possuía Roma como centro, foi a mais atingida pela crise do escravismo, pois os romanos viviam da venda de escravos e da cobrança de tributos das regiões conquistadas.
Essa situação criou desajustes na superestrutura, com crise administrativa e déficit público, pois o clero passou a ser sustentado pelo Estado.A Baixa Idade Média compreende o período entre o século XI, com o renascimento comercial, e o século XV, com a queda de Constantinopla.Neste período, ocorreu uma série de transformações na sociedade feudal: o surgimento do capital comercial, a dissolução do trabalho servil, o humanismo, o surgimento de uma cultura antropocêntrica e a centralização do poder nas mãos dos reis, contribuíram para a desagregação do Modo de Produção Feudal e preparam a transição do feudalismo ao capitalismo.
Por volta do ano 1000, início da Baixa Idade Média, as condições de vida começaram a melhorar na Europa. Haviam cessado as ameaças de invasões e ocorreram algumas inovações nas técnicas e nos instrumentos de produção dos alimentos.As cruzadas realizaram uma obra muito econômica: abriram as rotas comercias no Mar Mediterrâneo, com isso surgiu o renascimento do comércio.
O renascimento urbano surgiu com o crescimento da população e, sem o aumento da produção de alimentos, os servos eram expulsos dos feudos para as vilas, que aos poucos foram crescendo e transformando-se em cidades. Os habitantes que ali viviam eram chamados de burgueses.Os fatores mais importantes da Baixa Idade Média foram os surgimentos da burguesia, do trabalho assalariado, do comércio e do artesanato.
Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média (XIV e XV) foram marcados por catástrofes:
-          fome: a população crescia e a produção de alimentos não acompanhava tal índice;
-          epidemias: dentre as quais se destacava a Peste Negra;
-          guerras: o conflito mais importante da época foi a Guerra dos Cem Anos (1337 a 1453), entre a França e a Inglaterra.
O comércio foi a solução para toda essa crise que passava a Europa, pois não impediu que a atividade comercial continuasse a se desenvolver. Os mercadores das cidades italianas permaneceram atuando nas rotas do Mediterrâneo em busca da riqueza que representavam os produtos do Oriente.Com a grande crise dos séculos XIV e XV, chegou ao fim a Idade Média.
 ... agora  uma pausa para  um vídeo  !!! 

                Renascimento ... 

O Renascimento marcou o início dos Tempos Modernos no plano cultural. Surgiu nos fins da Idade Média e atingiu a plenitude entre os séculos XV e XVI. O renascimento foi resultado da preocupação dos homens, em aproximar a sua época da Antiguidade em oposição à cultura medieval, que desprezavam.    O Renascimento começou na Itália e seu desenvolvimento e difusão foram possíveis graças a uma série de circunstâncias da história italiana.Com o progresso das cidades e do comércio, quem enriqueceu protegia os artistas, esses eram os chamados mecenas, que acabavam conhecidos e respeitados por todos. Isso os ajudava a conseguir créditos e a divulgar as atividades das suas empresas, contribuindo para o seu progresso.
Como o fato de ser mecenas era sinal de prestígio, o interesse social uniu-se ao econômico e ao político em benefício do Renascimento.Foi só bem mais tarde, por ocasião das guerras da Itália com outros países, que o Renascimento atingiu o resto da Europa, se adquirindo características próprias em cada um dos países. Só um aspecto do movimento (o intelectual ou o artístico) mereceu destaque.
            Os homens que viveram durante o Renascimento tiveram consciência de que sua época era bem diferente da Idade Média. Consideravam a cultura medieval muito inferior à da Antiguidade e opunham uma à outra, como se não houvesse continuidade entre elas. Julgavam viver um período de luzes depois das “trevas” medievais.Houve, por isso, um retorno à cultura greco-romana, tanto no plano artístico, como na maneira de pensar.Isso trouxe a descoberta do valor e das possibilidades do homem, que passou a ser considerado o centro de tudo. Na Idade Média, o centro era Deus.Foi também acentuada a importância do estudo da natureza (em vez dos ensinamentos dos mestres e da tradição, como na Idade Média).
A característica mais marcante do Renascimento foi o seu profundo racionalismo, isto é, a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem e pela ciência, a recusa de acreditar em qualquer coisa que não tenha sido provada. Os métodos experimentais, a observação científica, o desenvolvimento da contabilidade, a organização política racional, que começaram no Renascimento, são exemplos desse racionalismo.O Renascimento teve dois aspectos: o civil, ligado às cidades dirigidas pela alta burguesia e pela nobreza ligada ao comércio, e o cortesão, relativo aos príncipes e nobres da corte. Foi o renascimento cortesão que se difundiu pela maioria dos países europeus, pois os temas do renascimento civil só poderiam penetrar em regiões onde as condições sociais e econômicas fossem semelhantes às da Itália.
A revolução científica e literária que se deu durante o Renascimento foi chamada Humanismo. Os humanistas eram geralmente homens da Igreja ou professores protegidos por mecenas. Eram individualistas, isto é, davam maior importância ao valor e aos direitos de cada indivíduo do que à sociedade. Seus trabalhos trouxeram um desenvolvimento extraordinário à literatura de muitos países da Europa.
Os humanistas acreditavam no progresso e na capacidade humana; tinham uma sede imensa de aprender tudo o que fosse possível. Suas idéias tornaram-se conhecidas e aceitas graças à invenção da imprensa, que tornou mais fácil a reprodução das obras literárias.
O principal centro humanista foi a Itália.O racionalismo característico do renascimento fez com que essa época conhecesse um notável progresso científico. O grande artista italiano Leonardo da Vinci descobriu com deveriam funcionar o avião, o submarino, o moinho de vento, a roda de água etc. O polonês Copérnico descobriu que não é o Sol que gira em torno da Terra, como se pensava, mas a Terra que gira em torno do Sol. Galileu Galilei foi o mais importante cientista do Renascimento, sendo considerado o fundador da Física moderna.
Houve ainda muitos cientistas ilustres no Renascimento. Sua mentalidade ainda não era perfeitamente “científica”, de acordo com as idéias de hoje, pois eles confundiam superstição e ciência (acreditavam em bruxas e fantasmas, por exemplo).
A Arquitetura progrediu muito com os esforços para adaptar as técnicas antigas às necessidades da época; foram construídos palácios, casas, monumentos e a Basílica de São Pedro, em Roma. O Renascimento renovou também a Música.


Fonte : www.youtube.com.br
            www.wikipédia.com.br

quarta-feira, 4 de maio de 2011

RESUMO REVOLUÇÕES INGLESAS

Aconteceu no ...






Absolutismo Inglês  ...


O processo revolucionário inglês teve suas origens no processo de formação do Estado Absolutista inglês. Desde seus primórdios, a monarquia inglesa teve o seu poder limitado pela criação do parlamento inglês. Assinada em 1215, a Magna Carta previa subordinação do rei ao Parlamento. Dessa forma, a consolidação do absolutismo só foi possível a partir da ascensão da dinastia Tudor. No governo de Henrique VIII, a criação do anglicanismo ampliou o poder de ação do rei. Além disso, o rompimento das relações entre o Estado e a Igreja Católica também instituiu o confisco das terras clericais. Com essas medidas, o governo de Elizabeth I (1558 – 1603) obteve as condições para ampliar seu favor junto à burguesia ao incentivar a ampliação das atividades mercantis inglesas. É importante ressaltar que grande parte da burguesia inglesa era de orientação religiosa protestante e, por isso, apoiavam o controle exercido pelo rei junto à Igreja Anglicana. O anglicanismo, que possui aparência católica e conteúdo calvinista, era uma religião que acabava estreitando os vínculos entre o Estado e a burguesia. No entanto, com o fim do governo de Elizabeth I essa relação harmoniosa ficou estremecida.




 Com a chegada de Jaime I (1603 – 1625) – da dinastia Stuart – foram tomadas algumas medidas que prepararam o cenário revolucionário inglês. Primeiramente, ele deu continuidade a Lei dos Cercamentos. Segundo essa nova lei, as terras destinadas ao uso do campesinato foram confiscadas para a criação de ovelhas utilizadas na produção de lã para a indústria têxtil inglesa. Dessa maneira, as camadas populares inglesas já se colocaram contra o novo poder estabelecido. Sucedendo o governo de Jaime I, Carlos I (1625 – 1648) buscou ampliar os poderes da nobreza concedendo vantagens políticas e legais aos seguidores do catolicismo. A burguesia, de maioria protestante, viu nessa medida uma ameaça a seus interesses comerciais e, ao mesmo tempo, a possibilidade da ascensão de um governo centralizado de orientação católica. Ameaçados por essa situação, a burguesia se mobilizou junto aos camponeses empobrecidos pelos cercamentos para lutarem contra a autoridade real. Com isso, instala-se uma guerra civil. Liderados por Oliver Cromwell, o chamado Exército Puritano conseguiu subjugar os partidários da nobreza e instituíram um novo governo. Entre outras medidas, o governo de Cromwell – criado em 1649 – decretou os chamados Atos de Navegação, que estabeleciam medidas de incentivo ao desenvolvimento dos negócios da burguesia. Com a morte de Cromwell, em 1658, o governo foi sucedido por seu filho Richard Cromwell, que não resistiu às pressões da nobreza monarquista. Com isso, houve a restauração da dinastia Stuart sob o comando de Jaime II. Temendo a retomada do regime absolutista, a burguesia se aliou ao genro de Jaime II, Guilherme de Orange. Organizando forças para a deflagração da Revolução Gloriosa, a burguesia derrotou o poder real novamente. Cumprindo um acordo pré-estabelecido com a burguesia inglesa, Guilherme de Orange chegou ao trono e assinou a chamada Declaração de Diretos. Nesse documento encontravam-se várias medidas que subordinavam o rei ao Parlamento e beneficiavam os negócios da burguesia. De acordo com algunsestudiosos, foi a partir do processo revolucionário que a Inglaterra obteve condições de se tornar uma das mais influentes nações capitalistas do mundo.
   



TEXTO COMPLETO SOBRE A INGLATERRA ... SEUS MONARCAS E HISTÓRIA


A História da Inglaterra :

Dinastia Tudor

Henrique VII

Em 1483, o futuro rei Henrique uniu-se a seu primo, Henrique Stafford, duque de Buckingham contra Ricardo III; entretanto a vitória deste último forçou a Henrique a fugir da Inglaterra precipitadamente. Em 1485, depois de receber apoio financeiro do duque da Bretanha, Henrique lançou uma nova rebelião. Em 22 de agosto de 1485, o rei Ricardo III foi morto e seu exército derrotado na batalha de Bosworth e Henrique se converteu no rei Henrique VII acabando com a guerra das Rosas e dando início a Dinastia Tudor. Henrique VII não foi um rei popular, utilizou ao máximo os impostos já existentes, inclusive aqueles que já haviam caído em desuso. Para melhorar suas finanças também se apropriou das terras daqueles nobres falecidos durante a guerra das Rosas. Henrique VII morreu em 21 de abril de 1509 seu filho se tornou rei Henrique VIII pacificamente.

Henrique VIII

Henrique VIII, segundo rei da dinastia Tudor, subiu ao trono em 1509. Seu irmão mais velho, Artur, casou-se com Catarina de Aragão, mas Artur contraiu uma infecção e morreu. Em conseqüência, aos onze anos de idade, Henrique herdou o direito ao trono. O rei Henrique VIII, ansioso por manter a aliança marital entre Inglaterra e Espanha conseguiu a permissão papal para casar Henrique com a viúva de seu irmão.
                                                                                     O Rei Henrique VIII
Durante os dois anos posteriores à ascensão de Henrique VIII, o bispo de Winchester, Richard Fox, junto a William Warham, controlou os assuntos do Estado. De 1511 em diante, o poder real foi ostentado por Thomas Wolsey. Em 1511 Henrique VIII se uniu à Liga Católica, formada por dirigentes europeus opostos ao rei Luis XII. A Liga incluía figuras como o Papa Júlio II, o Imperador do Sacro Império Romano Maximiliano I, e o rei Fernando II da Espanha.
Henrique VIII tinha o desejo de ter um herdeiro do sexo masculino, o que a rainha Catarina não conseguiu lhe dar. Em 1526, Henrique VIII ficou motivado a separar-se de Catarina não só pelo fato dela não poder lhe dar mais filhos mais também porque sentia-se muito atraído por Ana Boletins, irmã de Maria Bolena (uma de suas amantes). Sem informar ao cardeal Wolsey, Henrique VIII apelou diretamente à Santa Sé. Enviou seu secretário William Knight a Roma para argüir que a Bula de Júlio II (Bula pela qual se permitiu o matrimônio entre Henrique VIII e Catarina de Aragão) fosse anulada e pedia que o papa Clemente VII lhe desse a permissão de casar-se com qualquer mulher; esta permissão era necessária, já que Henrique VIII havia previamente tido relações com a irmã de Ana Bolena, Mary. O Papa Clemente VII era praticamente prisioneiro do Imperador Carlos V (sobrinho de Catarina) e não esteve de acordo com o pedido de Henrique VIII.
Irritado com o cardeal Wolsey pela demora na resolução da Questão, Henrique VIII o despojou de seu poder e riqueza. Com o Cardeal Wolsey caíram outros poderosos membros da Igreja inglesa. O poder então passou a Sir Thomas More como novo Lord Chanceler, a Thomas Cranmer como novo arcebispo de Canterbury e a Thomas Cromwell como primeiro conde de Essex e Secretário de Estado da Inglaterra. Em 25 de janeiro de 1533, o rei casou-se com Ana Bolena. Em maio, anunciou a anulação do seu matrimônio. A Princesa Mary (filha de Henrique VIII e Catarina) foi rebaixada a filha ilegítima, e substituída como herdeira por Isabel.
O Papa respondeu a estes acontecimentos excomungando a Henrique VIII em julho de 1533. Seguiu uma agitação religiosa, urdida por Thomas Cromwell, o parlamento aprovou várias atas que selaram o rompimento com Roma. Em 1534, a Ato de Supremacia declarava que "o Rei é a única cabeça suprema na terra da Igreja da Inglaterra". A oposição às políticas religiosas de Henrique VIII foi rapidamente suprimida, vários monges dissidentes foram torturados e executados inclusive Thomas More. Em 1536, a rainha Ana começou a perder o favor do rei, depois do nascimento da princesa Isabel, Ana teve dois abortos e enquanto isso, Henrique começava a prestar atenção em outra mulher,Jane Seymour. Por isso, Ana Bolena foi acusada de traição e tentativa de assassinato do rei, foi condenada e decapitada. Pouco após a morte de Ana, Henrique VIII se casou com Jane Seymour, que deu à luz seu único filho homem, o príncipe Eduardo em 1537. Jane morreria logo depois e Henrique VIII se casaria ainda mais três vezes.
Henrique VIII gerou três filhos – todos subiriam ao trono. O primeiro a reinar foi Eduardo VI a partir de 1547, com seu tio, Eduardo Seymour, Duque de Sommerset, na qualidade de Protetor e com grande parte dos poderes do monarca. Eduardo foi afastado do poder por João Dudley. Após a morte de Eduardo VI por tuberculose em 1553, Dudley planejou colocar Joana Grey no trono e casá-la com seu filho, mas o golpe falhou e Maria I, filha de Henrique VIII, assumiu a coroa. Maria era uma católica devota e procurou impor o retorno do Catolicismo ao país. Sob suas ordens, diversos protestantes foram queimados na fogueira, o que lhe valeu o apelido de "Bloody Mary" (ou "Maria Sangüinária"). Casou-se com Filipe II da Espanha. As perseguições, a presença dos espanhóis em solo britânico e a perda de Calais, o último território inglês no continente, fizeram com que Maria se tornasse impopular.

                                                                                                Rainha Isabel I



Isabel I da Inglaterra, no "retrato da Armada" (c. 1588), comemorativo da vitória inglesa sobre aInvencível Armada.
A Rainha Isabel (conhecida em vários países como Rainha Elizabeth I) teve em seu início de reinado problemas com a Escócia e França. A rainha da Escócia, Maria Stuart, prima de Isabel, estava casada com Francisco II da França. Francisco II apoiou as pretensões de sua mulher Maria Stuart ao trono inglês, enquanto que a mãe desta última, Maria de Guise permitiu a presença das tropas francesas nas bases escocesas. Rodeados pela ameaça francesa, Isabel e Felipe II da Espanha se viram forçados a unir forças. Graças à mediação de Felipe II, a Inglaterra assinou um tratado de paz em 1559, no qual Isabel renunciou à soberania inglesa na França, Calais, enquanto que a França se comprometia a retirar seu apoio às pretensões de Maria Stuart ao trono inglês.
Em 1559, Isabel apoiou a revolução de John Knox, líder protestante escocês, que buscava eliminar a influência católica na Escócia, isso reacendeu seu conflito com sua prima. Em1560 representantes de Maria Stuart assinaram o Tratado de Edimburgo, eliminando a influência francesa na Escócia. Depois das vitórias na Escócia e a desafortunada intervenção na França, desapareceram os únicos elementos comuns da política exterior de Isabel e Felipe II, o que se traduziu em uma contínua queda das relações entre ambos os países.
Já no início de seu reinado havia um debate sobre quem teria que ser o esposo da rainha Isabel. Sem filhos, Isabel teria duas herdeiras lógicas: Maria Stuart e Catherine Grey. Isabel tinha uma aversão tanto por Maria, por seus enfrentamentos anteriores e seu catolicismo, como por Catherine, que havia se casado sem sua permissão real.
Em 1568, Isabel se sentiu ameaçada pela duríssima repressão do Duque de Alba das revoltas protestantes na Holanda e pelo ataque de Felipe II da Espanha contra os barcos de Francis Drake e John Hawkins. Em 1571, um plano para colocar Maria Stuart no trono, com apoio da Espanha, para restaurar o catolicismo, foi descoberto e seus idealizadores executados. Uma nova conspiração católica contra Isabel que pretendia assassinar a rainha e coroar Maria Stuart foi descoberta em 1586 e terminou com a execução da prima de Isabel.
Felipe II da Espanha começou a preparar uma invasão a Inglaterra enquanto a Rainha Isabel se preparava para se defender. Em 1587,Francis Drake atacou com êxito Cádiz, destruindo vários barcos e atrasando até 1588 a famosa Invencível Armada. Entretanto, esta Invencível Armada viu frustrado o seu propósito pela resistência inglesa, pelo bloqueio holandês e pelo mau tempo.
Enquanto guerreava contra Espanha, Isabel teve que enfrentar a uma nova rebelião na Irlanda, a Guerra dos Nove Anos (1594-1603), onde Red Hugh O'Donnell e Hugh O'Neill se levantaram contra a colonização inglesa.

As revoluções do século XVII (1603 - 1707)

Jaime I (1603 - 1625)

Durante os últimos anos de Isabel I, certos políticos ingleses, em especial Robert Cecil, o principal ministro e conselheiro da rainha mantiveram correspondência secreta com o rei da Escócia para preparar sua sucessão ao trono inglês. Com a morte de Isabel I, Jaime I foi proclamado o novo rei. Já no início de seu reinado, Jaime I teve de enfrentar conflitos religiosos na Inglaterra. Em 1604, na Conferência deHampton Court, Jaime I aceitou a petição da tradução da Bíblia, que veio a ser conhecida como "a versão do Rei Jaime I". Neste mesmo ano, terminou com a guerra de vinte anos com a Espanha, conhecida como a Guerra anglo-espahola, assinando o Tratado de Londres. Mesmo tendo cuidado em aceitar os católicos em seu reino, em 1605, um grupo de extremistas católicos conduzidos por Roberto Catesby desenvolveu um plano conhecido como o Conspiração da Pólvora, que consistia em explodir a Câmara dos Lordes no Parlamento e substituir Jaime I por sua filha Isabel. Descobertos, os católicos conspiradores foram julgados culpados e executados.

Carlos I (1625- 1642)

O rei Carlos I enfrentou a Espanha na Guerra dos Trinta Anos. Fracassou em seu ataque a Cádiz e em seu intento de liberar aoshuguenotes franceses. En 1628 Carlos pediu dinheiro ao Parlamento, que em troca redatou a Petição de Direito contra a prisão arbitrária. Carlos fingiu aceitar a petição, mas deixou de respeitá-la e dissolveu o Parlamento em 1629. Começaram então os onze anos de governo absolutista. Em 1629, Carlos assinou a paz com a França e em 1630 a paz com a Espanha.
                            A imagem do Rei Carlos I vista por três diferentes ângulos pintada por van Dyck.
Mas sua política religiosa desagradava a seus súditos: seu apoio ao anglicanismo frente aocalvinismo, muitos viam uma restauração do papado. Na Escócia tentou-se impor a Igrejapresbiteriana. Em 1638 os escoceses formaram uma Aliança Nacional e Carlos enviou um exército contra ela. Era o começo da chamada Guerras dos três reinos, uma sucessão de conflitos que aconteceram na Escócia, Irlanda e Inglaterra até 1651, entre os quais se incluem a Guerra Civil Inglesa com suas três fases.
No início das Guerras dos Bispos (1639-1649), Carlos não conseguiu formar um exército com garantias e se viu obrigado a firmar a paz em 1639. Em 1640 sofreu uma derrota e os escoceses invadiram a Inglaterra, vencendo em Newcastle e ocupando a zona norte oriental do país. Em novembro de 1640, Carlos, sem dinheiro, convocou ao Parlamento e, em 1641, chegou a um acordo pacífico com os escoceses.
Em outubro de 1641, produziu-se uma nova rebelião na Irlanda. Muitos protestantes foram assassinados. Os católicos ingleses apoiaram os irlandeses. A Confederação Católica, com seu próprio Parlamento, esteve liderada por Owen Roe O’Neill. O Parlamento temeu que Carlos utilizasse o exército formado para sufocar a rebelião contra seus próprios súditos. A Grande Protesta exigiu a nomeação de ministros com a confiança do Parlamento, a permissão das práticas calvinistas e a supervisão por parte do Parlamento do exército destinado a Irlanda. Carlos negou a solicitação e, em 3 de janeiro de 1642, enviou o Fiscal Geral do Estado à Câmara dos Lordes para pesar um processo por alta traição a vários Comuns. A tentativa, precipitou a guerra civil: em Londres se produziram manifestações.

Primera Guerra Civil (1642 -1649)

Foi uma guerra de assédios e escaramuças e não de grandes batalhas. O Parlamento contava com vantagem por dispor dos recursos humanos e econômicos de Londres e com a ajuda de 20.000 escoceses. Em 25 de outubro de 1642 teve lugar a batalha de Edgehill. Carlos teve oportunidade de tomar Londres, mas retirou-se incompreensivelmente. Na primavera de 1643 os realistas desfrutaram de várias vitórias, mas esgotada a munição, Carlos retrocedeu. O inverno trouxe consigo um estancamento.
Antes de sua morte ao final de 1643, o líder do Parlamento Pym, firmou a Solene Liga e Aliança, pela qual os escoceses colaboraram com 20.000 homens em troca de uma reforma religiosa na Escócia de acordo com os princípios presbiterianos.
Em julho de 1644, teve lugar a maior batalha da guerra em Marston Moor, com vitória dos parlamentaristas, que ocuparam depois York e asseguraram o controle do norte. As disputas entre os generais parlamentaristas impediram acabar com a guerra. Em setembro, os realistas tomaram a Cornualha. Depois da batalha de Newbury, os dois exércitos ficaram exaustos.
Para resolver as lutas internas entre os generais parlamentaristas, ditou-se a Ordenança Autoexcluinte, pela qual os membros do Parlamento não podiam exercer autoridade militar com exceção de Oliver Cromwell. As tropas foram reunidas no Novo Exército Modelo, comandado por Sir Thomas Fairfax. Carlos viu-se obrigado a retroceder até o norte, mas em julho de 1645, na batalla de Naseby, a vitória realista desequilibrou definitivamente a guerra.
Em 1644 e 1645 os católicos escoceses, ajudados pelos irlandeses, conseguiram espectaculares vitórias na Escócia, mas em setembro de 1645 foram aplastados pela Aliança. Carlos rendeu-se aos escoceses em maio de 1646.

Segunda Guerra Civil/Execução de Carlos I (1646 - 1649)

O Parlamento estava dividido em episcopais, presbiterianos e independentes. Os episcopais tinham a maioria e pretendiam uma organização religiosa hierarquizada, encabeçada pelos bispos. Os presbiterianos desejavam organizar uma Igreja da Inglaterra governada desde as bases, a partir das congregações, com um papel importante para os laicos. Os independientes opunham-se aos presbiterianos.
                                              Gravura alemã com a decapitação do Rei Carlos I
Em 1646 se reformou a Igreja da Inglaterra de acordo com os princípios presbiterianos, segundo os quais havia acordado o Parlamento com os escoceses, mas o povo seguiu praticando os ritos anglicanos que conhecia.
O povo reclamou a redução de impostos e a desmobilização do Exército, no que foi penetrando um movimento radical, que se opos à arbitrariedade do Parlamento e aos presbiterianos.
Em dezembro de 1646 a City de Londres solicitou ao Parlamento a dissolução do Exército. Em fevereiro e março de 1647 reduziram-se as atribuições do Exército. Quando o Parlamento pretendeu desmantelar a infanteria, o Exército tomou a iniciativa. Oliver Cromwell elegeu-se o líder dos militares. Em agosto de 1647, o Exército apresentou ao Rei um Catálogo de Propostas, que foi rechaçado.
Em novembro de 1647, Carlos I fugiu. Em dezembro firmou um compromisso com os escoceses, no qual aceitava establecer o presbiterianismo na Inglaterra em troca de ajuda militar. Entre abril-junho de 1648 aconteceram as sublevações contra o Parlamento na Inglaterra, mas foram controladas pelo Exército. Cromwell derrotou os escoceses em julho e invadiu a Escócia.
Um pequeno grupo do exército estava convencido da impossibilidade de chegar a um acordo com Carlos I, mas o Parlamento era partidário de negociar. O golpe militar instigado por Cromwell, organizado pelo general Ireton e levado a cabo pelo coronel Thomas Pride purgou o Parlamento, de modo que só sobraram alguns membros, no que se conhece como o Parlamento Residual ou Rump.
O Rump nomeou um Tribunal que acusou Carlos I de traidor e este foi decapitado em 30 de janeiro de 1649. O Rump aboliu a monarquia e eliminou a Câmara dos Lordes, declarando a Inglaterra como Commonwealth.

A República

Com a monarquia abolida, Oliver Cromwell assumiu a chefia de Estado com o título de Lord Protector. Em 1650, Cromwell atacou a Escócia e depois da vitória, ocupou Edimburgo e Glasgow. Em 1651 Cromwell e Lambert derrotaram aos restos do exército realista em Worcester. A união efetiva com a Escócia realizou-se em 1654.
Em 1651, aprovou-se a Lei de Navegação para cortar o comércio holandês com a América do Norte. Começou então a Primeira Guerra Anglo Holandesa (1652-1654). Em 1652, Blake foi derrotado pelo holandês Tromp, mas em 1653 venceu em Portland e Beachy Head. Com os barcos holandeses capturados, a Inglaterra pode duplicar as cifras de seu comércio.
O Rump, o Parlamento Residual, era muito impopular no Exército e em todo país. Cromwell não conseguiu as reformas que pretendia e dissolveu o Rump em 20 de abril de 1653.
Finalizada a guerra contra Holanda, Cromwell atacou as colônias da Espanha no Caribe. Na Jamaica as baixas foram grandes e o intento foi considerado um grande fracasso. Cromwell governou de maneira arbitrária, encarcerando gente sem julgamento prévio. Depois de fracassar no intento de financiar a guerra contra Espanha, dissolveu o Parlamento.
Antes de morrer em 1658, Cromwell nomeou seu filho, Richard Cromwell seu sucessor. Com Richard, o caos político e economico tomou conta do país. No inverno de 1659-1660, todos foram se convencendo de que a restauração da monarquia era o único modo de conseguir a estabilidade. Richard Cromwell era incapaz de sustentar o governo. Em 1660, a República desmoronou-se.

Carlos II (1660 - 1685)

Desde 1663 as colônias inglesas só podiam importar bens europeus pela Inglaterra e em barcos ingleses. Em 1664 os ingleses tomaramNova Amsterdã, chamando-a de Nova York. Em 1665 Jaime, duque de York e irmão de Carlos, derrotou à esquadra holandesa em Lowestoft. Em junho de 1666 a Batalha dos Quatro Dias trouxe enormes perdas para ingleses e holandeses. Neste mesmo ano Londres se viu atacada pela peste, que matou 56.000 pessoas. Seguiu-se o grande incêndio de Londres. A Coroa viu-se na bancarrota. Carlos II começou as negociações de paz com os holandeses em maio de 1667 e a guerra foi concluída com o Tratado de Breda.
Quando Luis XIV invadiu os territórios espanhóis nos Países Baixos, a Inglaterra aliou-se com os holandeses. Mas Carlos II e Luís firmaram o Tratado de Dover. Carlos II recebia um subsídio anual enquanto durara a guerra. Nas cláusulas secretas, Carlos II se comprometeu a permitir o catolicismo. Carlos declarou guerra aos holandeses e assinou a Declaração de Indulgência] que permitia os ritos católicos em privado.
Em março de 1672 o Parlamento obrigou a Carlos a cancelar a Declaração e aprovou a Lei de Prova, pela qual todos os que ocupavam um posto oficial deveriam comungar de acordo com a Igreja da Inglaterra. O Parlamento negou-se a conceder mais dinheiro para a guerra e Carlos II firmou a paz com os holandeses em 1674. Carlos II converteu-se ao catolicismo em seu leito de morte.

Jaime II (1685 - 1689)

Jaime II não teve problemas para ascender ao trono, depois de prometer governar respeitando a legislação e manter a independência daIgreja da Inglaterra. Era católico zeloso e procurou que os católicos romanos pudessem celebrar sua liturgia abertamente e que pudessem participar na vida política. Sua filha Maria, de religião protestante e casada com o calvinista holandês Guilherme de Orange, era sua herdeira.
Em junho de 1685, James Scott, o duque de Monmouth, filho bastardo de Carlos I, invadiu a Inglaterra. Reuniu um exército de 3.000 soldados inexperientes, e tentou um ataque surpresa sobre Sedgemoor (Somerset). Depois da derrota, foi executado. Esta foi a última rebelião popular na Inglaterra, famosa pela sangrenta repressão. Foram condenados à morte 300 rebeldes e muitos mais foram deportados.
Jaime II pretendeu suprimir o Ato de Prova, mas o Parlamento não o admitiu. Então, recorreu a sua prerrogativa para eximir a alguns indivíduos das leis penais. Sustituiu a metade dos juízes e a 250 juízes de paz por católicos, integrou quatro católicos em seu Conselho Privado e nomeou oficiais católicos no exército.
Em abril de 1688, Jaime II promulgou a Declaração de Indulgência, pela qual se suprimiram as leis penais contra os católicos e os dissidentes. Em 10 de junho, a rainha Maria deu à luz James Francis Edward, abrindo assim a possibilidade de uma sucessão católica.
Líderes protestantes escreveram a Guilherme de Orange oferecendo-lhe seu apoio se invadisse a Inglaterra. Desembarcou em Devon com 20.000 homens e 500 barcos. O exército profissional de Jaime II era também de 20.000 homens e contava além disso com uma milícia de similar número. Jaime II mudou-se para Salisbury onde enlouqueceu. John Churchill e o duque de Grafton passaram as forças de Guillermo. Jaime II fugiu para a França. Esse período ficou conhecido pela Revolução Gloriosa, o derrocamento de Jaime II pela união do Parlamento com Guilherme de Orange.

Maria II e Guilherme de Orange (1689 - 1702)

Maria II, protestante, subiu ao trono depois da Revolução Gloriosa, que deu lugar à deposição de seu pai, o rei católico Jaime II. Maria reinou em comum com seu marido e primo, Guilherme III, príncipe de Orange, que se converteu no governante depois da morte dela em 1694. As histórias populares conhecem geralmente o reinado comum como o de "Guilherme e Maria".
Guilherme de Orange esteve ausente do reino por longos períodos durante sua guerra com a França. Enquanto Guilherme III estava ausente batalhando, Maria II governou em seu lugar, mas sempre seguindo seus conselhos. Cada vez que ele voltava a Inglaterra, Maria II ficava de lado e lhe dava o poder exclusivo.
Ainda que a maioria na Inglaterra aceitasse a Guilherme como soberano, ele enfrentou a uma oposição considerável na Escócia e Irlanda. OJacobinismo escocês - que só aceitava Jaime II como o legítimo soberano- obteve uma vitória impressionante em 27 de julho de 1689 na batalha de Killiecrankie.
A reputação de Guilherme se viu afetada pelo massacre de Glencoe (1692), no qual centenas de escoceses foram assassinados por não prometer corretamente sua lealdade aos novos reis. Para tratar de atrair a opinião pública, Guilherme III despediu os responsáveis do massacre.
Na Irlanda, onde os franceses ajudaram aos rebeldes, a luta continuou por muito mais tempo, mesmo quando Jaime II teve que fugir da ilha depois da batalha del Boyne (1690). Em 1697), Luis XIV da França reconheceu Guilherme III como rei da Inglaterra, e prometeu não dar mais nenhuma outra ajuda a Jaime II. Assim sem apoio francês, os jacobinistas não voltaram a ser mais uma ameaça séria durante o resto do reinado de Guilherme III.

A Rainha Ana e a união com a Escócia (1702 - 1707)

Ana I foi rainha da Inglaterra, Escócia e Irlanda desde 8 de março de 1702 até sua morte. Em 1 de maio de 1707, Inglaterra e Escócia se juntaram em um só reino, pelo que Ana se converteu na primeira soberana da Grã Bretanha. Foi a última soberana britânica da casa de Stuart.
O Ato de União de 1707 formalizou a extinção dos Reinos da Inglaterra e da Escócia, a criação do Reino Unido da Grã-Bretanha e a união dos parlamentos inglês e escocês no Parlamento britânico (o País de Gales já havia sido assimilado no Ato de União de 1536 por Henrique VIII).
A Inglaterra passou a fazer parte da Grã Bretanha a partir de 1707, e do Reino Unido a partir de 1801.







Fonte : www.wikipedia.com
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