terça-feira, 3 de maio de 2011

REGIMES TOTALITÁRIOS E A REVOLUÇÃO RUSSA

                A Rússia deixa a 1ª Guerra e acontece a Revolução Russa - 2013






Assuntos abordados : Queda da monarquia, Revolução de 1917, Bolcheviques no poder, socialismo, comunismo, Lênin, consolidação da revolução, formação da URSS, economia e administração, resumo
Introdução
No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).
Rússia Czarista
Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com os governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar arevolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.
A Rússia na Primeira Guerra Mundial
Faltava alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a guerra e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar.
Greves,  manifestações e a queda da monarquia
As greves de trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam muitas vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como governo provisório.
A Revolução Russa de outubro de 1917
Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz, terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores.
Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC (Partido Comunista).
A formação da URSS
Após a revolução, foi implantada a URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Seguiu-se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP ( Nova Política Econômica ). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais tarde rivalizaria com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria. Porém, após a revolução a situação da população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas. A falta de democracia imperava na URSS.
Totalitarismo – Fascismo, Nazismo e Stalinismo


ENTENDENDO MELHOR !!!!




















Fascismo e nazismo: totalitarismo de direita

O Fascismo, que predominou na Itália com Mussolini (desde 1922) e o nazismo, que predominou na Alemanha com Hitler (desde 1933), surgiram após a Primeira Guerra Mundial e tem características semelhantes, são manifestações do ideal totalitário.
 História

Os resultados da Primeira Guerra Mundial foram desastrosos para a Alemanha. O pessimismo surge em conseqüência da crise econômica, do desemprego, da proletarização da classe média aliado com a humilhação perante a derrota.  A Itália não se mostra contente com sua situação também. Mesmo estando alinhada com as potências vencedoras, não vê as vantagens prometidas serem concretizadas.
Esses são alguns fatos que fazem com que seja favorecida a atuação de partidos extremistas que promovem a ascensão do fascismo e do nazismo. Esses partidos criticavam o tipo de liberdade estimulada pelo individualismo, que gera conflitos enfraquecedores do trabalho.
O nazismo e o fascismo são forças conservadoras que se manifestam na aliança com grupos cujos privilégios são mantidos por meio de tarifas protecionistas. Em troca, o estado obtém o financiamento que possibilita a “manutenção da ordem pública”.
Esses partidos chegaram ao poder por via legal graças a aliança com setores mais conservadores, ligados à grande indústria monopolista, aos bancos e as finanças em geral.
Características Principais
Origem da Nomenclatura

O termo fascismo, lançado por Mussolini, vem do italiano fascio, que significa feixe. Na Roma Antiga, os magistrados eram precedidos por funcionários, que empunhavam machados cujos cabos compridos eram reforçados por muitas varas fortemente atadas em torno da haste central.Fascio são também organizações populares, que surgem na Itália, formadas na luta em defesa dos interesses de determinadas comunidades.
termo nazismo surge quando Hitler entra para o Partido Operário Alemão e muda o nome para Partido Operário Alemão Nacional-Sosialista (Nationalsozialistische), cuja abreviação passa a ser Nazi. Hitler também cria o estandarte da cruz gamada, símbolo do movimento.


Doutrina


Os partidos se desenvolvem no primado da ação. Ambos querem despertarconvicções, não debater ideias.
Mussolini dizia que o fascismo não necessitava de palavras, e sim de disciplina. Só mais tarde Mussolini verá a necessidade de uma doutrina, mesmo assim imprecisa.
Para Hitler, em sua obra Mein Kampf, importa mais fazer a autobiografia apaixonada e um apelo à ação do que desenvolver uma clara discussão de princípios. 
Nacionalismo
Ambos movimentos se acham orientados pelo nacionalismo exacerbado, nascido do desejo de tornar a nação forte, grande, autossuficiente e com exército poderoso.
O nacionalismo fascista é conservador e agressivo, justificando inclusive o imperialismo, cuja conseqüência mais grave foi a malograda tentativa de conquista da Etiópia.
O nacionalismo alemão adquire nuances diferente, como o pangermanismo, que justifica a pregação do “espaço vital”, segundo a qual era preciso integrar à Alemanha algumas regiões (como a Áustria, Pôlonia...) na tentativa de formar a grande Alemanha. Além disso, possui conotação fortemente racista: o nazismo proclama a primazia do Volk, termo que significa ao mesmo tempo povo e nação. Hitler estabelece critérios para valorizar a raça ariana e exclui do poder as “raças de menor valor”.
Totalitarismo
A crítica ao liberalismo e a concepção individualista de homem, a hostilidade aos princípios da democracia, a valorização das elites e do papel do mais forte levam a exaltação do Estado. É a ideia hegeliana de Estado como suprema e mais perfeita realidade, a própria encarnação do Espírito objetivo, representativa da totalidade dos interesses dos indivíduos. Mussolini considera o estado um fim em si. Para Hitler, é apenas um instrumento.
Não há mais pluralismo de partidário, instituição básica da democracialiberal. O Duce, um sistema corporativo presidido pelo próprio Mussolini, garantia a centralização administrativa e a realização da unanimidade no Estado.
partido forma organismos de massa: sindicatos de todos os tipos,agrupamentos de auxílio mútuo, associações culturais de trabalhadores de diversas categorias, organizações de jovens, crianças e mulheres. Em cada organismo o partido refaz a imagem da identidade social comum e elimina as possibilidades de divergências e oposição, exalta a disciplina e mistifica a figura do chefe. Aliás o tema fascista é “Crer, obedecer, combater”.
Não há independência dos poderes legislativo e judiciário, subordinados ao executivo, e a direção de toda a economia se encontra também centralizada. Há também a concentração de todos os meios de propaganda, a fim de veicular a ideologia oficial dirigida ao “homem-massa”, o que garante forte base de apoio popular. Há o controle das informações pela censura, tanto de notícias quanto de produção artísticas e culturais. A educação é orientada no sentido de de valorização das disciplinas de moral e cívica, da disciplina, do amor a pátria. Dedica especial atenção as atividades de educação, visando o ideal de corpos sadios.
Embora com algumas diferenças, as doutrinas totalitárias influenciaram movimentos como o de Salazar, em Portugal, o de Franco, na Espanha, e a Ação Integralista Brasileira, formada por Plínio Salgado.
Stalinismo: totalitarismo de esquerda.
O termo totalitarismo se aplica inicialmente aos chamados regimes de direita, como o fascismo e o nazismo. Mas a partir de 1929 o seminário Time passa a usar o termo para se referir também ao regime soviético, caracterizado pelo estado unitário, de partido único.
Ditadura do proletariado
É considerada uma democracia pelos marxistas, pois todos teriam acesso ao poder, já que os sovietes são compostos por deputados escolhidos entre os diversos segmentos sociais, como operários, soldados e camponeses. Além disso, a propriedade coletiva dos meios de produção reverteria, para todos, os benefícios da produção, antes usufruídos por alguns pouco previlegiados.
No entanto, a ideia do gradual desaparecimento do Estado não se concretiza. O partido único torna-se onipotente, sendo proibidas as oposições em seu interior. A liberdade de expressão e de imprensa é reduzida. Proliferam os campos de concentração de trabalhos forçados e os hospitais psiquiátricos. Instaura-se o terror, justificado pela necessidade de fortalecimento da ideologiaoficial ameaçada. O poder é cada vez mais centralizado e cresce o culto à personalidade de Stálin.
A Ação Totalitária
Com Stálin a teoria degenera em dogmatismo e se impõe independente da experiência vivida, negando qualquer forma de pensamento divergente.
A ação totalitária ainda é possível porque a administração do terror é científica, sustentada pela tecnoburocracia. Essa organização, importada do capitalismo ocidental, baseia-se no regime de divisão racional do trabalho e se estrutura em uma rede de microorganismos, o que permite o controle da máquina do Estado.
Após a morte de Stálin e ascensão de Kruchev, inicia-se o processo de desestalização, com a denúncia dos crimes e violência, a destruição do culto à personalidade e crítica ao dogmatismo.

O Autoritarismo

Diferenças entre regimes totalitários e autoritário ...

Ambos cerceiam as liberdades individuais em nome da segurança nacional, usam formas de propaganda política, exercem a censura e têm um aparelho repressivo.Mas nos regimes autoritários não há uma ideologia de base que sirva para a construção de uma nova sociedade e não há mobilização popular qu lhes dê suporte. Há a despolitização que leva a apatia política. O clima de repressão violenta gera o medo, que desestimula a ação política atuante.

Permanece, sempre que possível, a aparência de democracia: pode haver vários partidos, e mesmo que a oposição definitiva desapareça, ela existe como oposição formal.O governo autoritário pode também utilizar os militares na burocracia estatal, e a elite econômica tem, nos postos chaves, oficiais das forças armadas. Os militares saem da caserna para se tornarem a instituição política mais importante da nação. 


                               O Nazi-Fascismo - Parte II

A situação crítica que se encontrava a Europa após a guerra concorreu para o surgimento de ideologias políticas totalitárias que se apresentavam como solução para todos os males. Crescia, portanto, uma terceira via, além da democracia liberal e do socialismo. O fascismo e sua versão alemã – o nazismo – são as maiores expressões deste quadro. Nos países em que o totalitarismo triunfou, sobretudo na Itália e na Alemanha,ocorrem situações parecidas: um regime democrático frágil, polarização entre a esquerda (comunistas e anarquistas) e a direita nacionalista, crise econômica e, por fim, a figura de um líder incorporando os símbolos nacionais.

Argumenta-se que o regime totalitário é uma resposta aos momentos de crise. No contexto histórico específico do fascismo, acrescenta-se o avanço das idéias socialistas como um fator explicativo importante. Esta idéia é defendida pelo historiador marxista Eric Hobsbawm. Segundo ele, a ascensão da direita totalitária foi uma espécie de resposta ao crescimento do poder operário, evidenciado na Revolução de Outubro, na Rússia. Hobsbawm continua dizendo que a direita radical já fazia parte do cenário político europeu desde o fim do século XIX, mas eram mantidos sob controle. O "perigo" socialista viria mudar este contexto.[1] Ainda neste aspecto econômico, diz-se que o fascismo surge como solução para os conflitos entre capital e trabalho. A burguesia, temerosa de perder o seu poderio neste conflito, alia-se então aos regimes totalitários de direita.

Outros estudiosos argumentam diferente. Priorizando o aspecto político, encontram-se aqueles que defendem a idéia de um "vazio hegemônico" para explicar o surgimento do nazi-fascismo. Este conceito é utilizado para caracterizar uma situação onde, em um determinado lugar, nenhum grupo social se encontra em condições políticas e econômicas de impor o seu projeto de poder. Neste momento, então, surge a figura de um líder que "toma pra si" a responsabilidade política de desenvolver a nação.

No caso italiano, a frustração em não conquistar alguns territórios desejados, somado às perdas obtidas durante a guerra criaram um ambiente fértil para a ascensão do regime de Mussolini. O nacionalismo era instigado. Greves e rebeliões em toda a parte demonstravam a situação social do país.O governo democrático não possuía autoridade suficiente para acalmar os ânimos. A burguesia então, receosa com o clima revolucionário, acabou apoiando aqueles que representavam uma opção política com a força e a capacidade necessária para controlar esta situação – os fascistas.

Depois de tentativas frustradas de tentar chegar ao poder por vias legais, em 1919, Mussolini percebeu que outra via era possível, e assim o fez. Com o agravamento da situação no país, mais grupos demonstravam apoio ao fascismo. Em 1922, Mussolini chegava ao poder para três anos depois eliminar a oposição e estabelecer o seu regime totalitário.

Na mesma época em que se consolidou o regime fascista na Itália, Hitler lançava seu livro - Mein Kampf (Minha Luta) – onde desenvolvia suas teorias raciais e dava corpo à futura ideologia nazista. Sua obsessão pela pureza da raça, seu ódio aos judeus e seu nacionalismo exacerbado foram suas marcas, além de um gênio político-militar que poucos ousaram reconhecer. O desejo de um Império Alemão Central (o espaço vital) composto apenas daqueles pertencentes à "raça superior ariana" foi um objetivo buscado até a sua morte.

O ambiente político e econômico em que se deu o surgimento e o desenvolvimento dos nazistas na Alemanha foi semelhante àquele visto na Itália fascista. No entanto, após investimentos norte-americanos no pós-guerra a Alemanha se recuperou economicamente.

Diferente da Itália, na Alemanha havia uma industrialização suficiente para se ter um proletariado bem definido. Após a Primeira Guerra Mundial, além de ter sido considerada a "culpada pela guerra", foi imposto aos alemães um governo social-democrata – a "República de Weimar". No entanto, este tipo de governo necessita de recursos econômicos para manter a política social à qual ela se propõe. Na falta de capital, crescem as oposições à este regime de governo. A partir disto, o fator principal que veio ajudar em muito a ascensão de Hitler foi a Crise de 1929. O país, de todos os europeus que haviam passado pela industrialização, foi o mais atingido pela crise econômica. Um terço da população era de desempregados, a polarização entre nazistas e comunistas aumentava. A partir daí, o estabelecimento do regime nazista na Alemanha se deu de forma meteórica. Já em 1933, em poucas semanas Hitler passou de Chanceler para Führer.
Várias foram as mudanças introduzidas com a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha. Os partidos foram extintos e os judeus foram perseguidos. Por outro lado, o Führer conseguiu praticamente acabar com o desemprego, através da promoção de inúmeras obras públicas. Mas como questiona Duroselle, "ao preço de que deterioração moral?".[2] Além disso, com nacionalismo exagerado, Hitler ressurgiu e construiu diversos símbolos nacionais, a fim de obter a unidade do povo alemão. Nada escapava ao alcance da ideologia totalitária. Até os juízes faziam a saudação nazista.
Cabe ressaltar que o Estado totalitário, diversas vezes, se apropria de elementos do discurso socialista, uma vez que o "público alvo" era o mesmo – as camadas sociais mais baixas. Além disso, ambos possuem um sistema de partido único e o desprezo pela individualidade, priorizando o coletivo. Por isso, muitos autores costumam assemelhar o regime fascista do regime socialista da URSS. De fato, os dois regimes foram totalitários, utilizando, porém, um discurso ideológico distinto.
Além disso, a utilização dos meios de comunicação em massa para a propagação da ideologia totalitária também foi uma constante. O culto à personalidade, o ideal de nação, o coletivo/corporativismo (em detrimento ao individualismo exaltado pela ideologia liberal), o nacionalismo, o racismo, enfim, diversos elementos foram costurados com o intuito de corporificar um discurso ideológico que sobrepujasse toda e qualquer oposição ao regime. Além disso, os nazi-fascistas se caracterizam pelo ativismo, ou seja, o uso da força e da violência, sobretudo contra as correntes de esquerda – comunistas, socialistas e anarquistas.
O Estado totalitário não abre mão do capitalismo. O que ele faz de diferente é a não adoção da democracia, do liberalismo (e sua prerrogativa do individualismo). O totalitarismo intervém na economia porque acredita que acima dos interesses particulares estão os interesses da nação, do conjunto de indivíduos. Um slogan utilizado pelos nazistas dizia tudo: "você não é nada, o povo é tudo".
Bibliografia consultada:
DUROSELLE, J. B. A Europa de 1815 aos nossos dias. São Paulo: Ed. Pioneira, 1985.
HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.



Autor:  Luis eduardo Faria 
Taís Blauth  e 
http://www.suapesquisa.com/russa/
Org. Rég!s

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