terça-feira, 3 de maio de 2011

CONCEITOS " BÁSICOS , E COMPLEMENTARES " PARA MELHOR ENTENDIMENTO DA HISTÓRIA

 Aristocracia
·         Origem: Em Portugal, a burguesia composta em mesteirais juntamente com as classes populares da cidade de Lisboa, ajudaram D. João I, a conquistar o poder nas cortes de Coimbra de 1385, representando a vitória da classe mercantil, que iria patrocinar os Descobrimentos, tendo como conseqüência o pioneirismo português na expansão marítima.
·         A Espanha conheceu em 1469 a unificação política com o casamento da rainha Isabel de Castela com o rei Fernando de Aragão. Unificado, o reino espanhol reuniu forças para completar a expulsão dos mouros e, com a ajuda da burguesia, lançar-se às grandes navegações marítimas.
·         Na França, o longo processo de centralização do poder monárquico atingiu seu ponto culminante com o rei Luís XIV, conhecido como "Rei Sol", que reinou entre 1643 e 1715. A ele atribui-se a célebre frase "o Estado sou eu". Ao contrário de seus antecessores, recusou a figura de um "primeiro-ministro", reduziu a influência dos parlamentos regionais e jamais convocou os Estados Gerais.
·         Na Inglaterra, o absolutismo teve início em 1509 com Henrique VII, que apoiado pela burguesia, ampliou os poderes monárquicos, diminuindo os do parlamento. No reinado da Rainha Isabel I, o absolutismo monárquico foi fortalecido, tendo iniciado a expansão marítima inglesa, com a colonização da América do Norte. Contudo, após a Guerra Civil Inglesa, o Absolutismo perdeu força em Inglaterra, com o rei gradualmente perdendo poderes em favor do Parlamento. A Revolução de 1688 - a "Glorious Revolution" - pôs um ponto final no absolutismo régio Inglês.
·         Durante os séculos XVI e XVII, diversos pensadores buscaram justificar o poder absoluto dos monarcas. A principal obra de Nicolau Maquiavel, O príncipe, escrita para responder a um questionamento a respeito da origem e da manutenção do poder, influenciou os monarcas europeus, que a utilizaram para a defesa do absolutismo. Maquiavel defendia o Estado como um fim em si mesmo, afirmando que os soberanos poderiam utilizar-se de todos os meios - considerados lícitos ou não - que garantissem a conquista e a continuidade do seu poder. As ações do Estado são regidas pela racionalidade e não pela moral.
·         Características: aristocracia significa, literalmente, poder dos melhores, dos sábios, Família nobre de sangue superior, enfim, daqueles que apresentam superioridade não só intelectual, mas também moral. A partir da Idade Média, a aristocracia deixa de ser, terminologicamente, uma forma de poder para indicar um estamento diverso da nobreza e do clero, e que se sobressaía pelos altos postos militares e por privilégios transmitidos hereditariamente, perdendo assim o seu sentido inicial. Hoje o termo é sinônimo de alta sociedade.
·         Impactos na sociedade: O Estado absolutista foi um processo importante para a modernização administrativa de certos países. No campo militar, embora tenha apresentado alguns pontos fracos, foi responsável por grandes transformações. A centralização administrativa e financeira praticamente extinguiu os exércitos mercenários, sem no entanto dispensar o emprego de estrangeiros. Criou uma burocracia civil que muito ajudou à manutenção de forças armadas. Desenvolveu formas compulsórias de alistamento que serviriam de base para o serviço militar moderno. Regulamentando o alistamento, diminuiu velhos abusos. Financiou e abasteceu efetivos cada vez maiores. Permitiu, por fim, a construção de dezenas de fortificações modernas.

Feudalismo

  • Características: foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média. Com as invasões bárbaras e a desagregação do Império Romano a partir do século V, a Europa inicia profunda reestruturação, marcada por descentralização do poder, ruralização e emprego de mão-de-obra servil. Com começo e fim graduais, o sistema feudal tem sua origem mais bem situada na França setentrional dos séculos IX e X e seu desaparecimento no século XVI.
  • A estrutura social é estabelecida com base nas relações de dependência pessoal, ou vassalagem, que abrangem desde o rei até o camponês livre. Há uma relação direta entre autoridade e posse da terra. O vassalo, ou subordinado, oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e de um lugar no sistema de produção. Os camponeses, que trabalham nas terras dos senhores feudais, são os responsáveis por toda a atividade produtiva do feudo. Além de produzir para seu sustento, devem obrigações a seu senhor, como a corvéia, que consiste no trabalho gratuito e obrigatório durante três dias da semana. Devem também impostos, que são pagos em produtos ou dinheiro. Os senhores feudais formam a nobreza rural e têm poder para fazer os servos e os camponeses livres cumprirem as normas vigentes. Vivem em castelos fortificados, a melhor representação de seu poder civil e militar. Os cavaleiros armados garantem o domínio do senhorio sobre a terra.
  • O feudo constitui a unidade territorial da economia feudal. Caracteriza-se pela auto-suficiência econômica e pela ausência quase total do comércio e de intercâmbios monetários. A produção é predominantemente agropastoril, voltada para a subsistência, e as trocas são feitas com produtos, não com dinheiro. As cidades deixam de ser centros econômicos, os ofícios e o artesanato passam a se realizar nos próprios castelos.
  • A Igreja Católica integra-se ao sistema feudal por meio dos mosteiros, que reproduzem a estrutura dos feudos. Transforma-se também em grande proprietária feudal, detém poder político e econômico e exerce forte controle sobre a produção científica e cultural da época.
  • Impactos na sociedade: A partir do século XI, a sociedade feudal passa por uma expansão demográfica. Na busca de espaço para todos, novas terras são incorporadas ao sistema produtivo com supressão de florestas, drenagem de áreas alagadas e irrigação de regiões áridas. O feudalismo também produziu grandes impactos ambientais. Mesmo assim, um grande contingente humano ficou de fora. É nele que se forma um novo grupo social sem assento no clero, na nobreza, nos servos e principalmente na terra. Este grupo vive com a troca de excedentes gerados nos feudos. Seu espaço passa a ser a periferia e depois o interior do burgo. Daí receberem o nome de burgueses. Seu desenvolvimento cria as feiras e o sistema bancário, este último para proteger-se de outro grupo marginal que passou a explorar os comerciantes através de assaltos nas estradas.




Capitalismo

  • Origem: A emergência do capitalismo relaciona-se à crise do feudalismo, que deu sinais de esgotamento, basicamente, do descompasso entre as necessidades crescentes da nobreza feudal e a estrutura de produão, assentada no trabalho servil. O impacto sobre o feudalismo foi fulminante, já que o sistema tinha potencialidade mercantil, isto é, a possibilidade de desenvolvimento do comércio em seus limites. Senhores foram estimulados a consumir novos produtos e, para tanto, foram obrigado a aumentar suas rendas, produzindo para o mercado urbano. Precisaram, então, mudar as relações servis, transformando os servos em homens livres, que arrendavam as terras com base em contratos. As feiras medievais ganharam novo dinamismo. Foram perdendo o caráter temporário, estabilizaram-se, transformaram-se em centros permanentes, as cidades mercantis.
·        Características: No capitalismo, definem-se as relações assalariadas de produção; há a nítida separação entre os detentores dos meios de produção (capital) e os que só possuem o trabalho. O capitalismo também se caracteriza por: produção para o mercado, trocas monetárias, organização empresarial e espírito de lucro. 
·        Pré-capitalismo: Período da economia mercantil, em que a produção se destina a trocas e não apenas a uso imediato. Não se generalizou o trabalho assalariado; trabalhadores independentes que vendiam o produto de seu trabalho, mas não seu trabalho. os artesãos eram donos de suas oficias, ferramentas e matéria-prima.
·        Capitalismo Comercial: Apesar de predominar o produtor independente (artesão), generaliza-se o trabalho assalariado. A maior parte do lucro concentrava-se na mão dos comerciantes, intermediários, não nas mãos dos produtores. Lucrava mais quem comprava e vendia a mercadoria, não quem produzia.
·        Capitalismo Industrial: O trabalho assalariado se instala, em prejuízo dos artesãos, separando claramente os possuidores de meios de produção e o exército de trabalhadores.
·        Capitalismo financeiro: Fase atual. O sistema bancário e grandes corporações financeiras tornam-se dominantes e passam a controlar as demais atividades.
  • Impactos na sociedade: Os impactos ambientais, até então percebidos como resíduos inevitáveis do progresso e da expansão capitalista passam a assumir uma nova dimensão. A intensificação de problemas sócio-ambientais como os processos de urbanização acelerada; o crescimento e a desigual distribuição demográfica; a expansão descontrolada do uso de energia nuclear, com finalidades bélicas ou pacíficas; o consumo excessivo de recursos não-renováveis; os fenômenos crescentes de perda e desertificação do solo; a contaminação tóxica dos recursos naturais; o desflorestamento; a redução da biodiversidade e da diversidade cultural; a intensificação do efeito estufa e a redução da camada de ozônio e suas implicações sobre o equilíbrio climático, têm impactado a opinião pública mundial e atraído atenção para uma realidade até então pouco observada. Além dos impactos ambientais, a exploração dos trabalhadores, o desemprego, o aumento da pobreza e da desigualdade social e econômica, a expansão comercial, a produção e o consumo em massa, a padronização e o avanço tecnológico.
Socialismo
·         Origem: A expressão socialismo foi consagrada por Robert Owen em 1841, e teria sido pela primeira vez utilizada com uma certa precisão por Pierre Leroux, em 1831, seguido de Fourier, 1833, depois de começar a circular por volta de 1820. Ao longo de décadas, o chamado Socialismo real alterou profundamente a semântica do termo "Socialismo", que hoje é erroneamente associado por alguns ao totalitarismo e ao desrespeito a certos direitos humanos. O desafio que enfrentam alguns teóricos de hoje é associar a idéia de socialismo à democracia e devolver valores humanísticos em seus ideais, que apesar de serem incluídos na teoria marxista original, nunca foram postos em prática.
·         Características: é um sistema sócio-político caracterizado pela apropriação dos meios de produção pela coletividade. Abolida a propriedade privada destes meios, todos se tornariam trabalhadores, tomando parte na produção, e as desigualdades sociais tenderiam a ser drasticamente reduzidas uma vez que a produção, sendo social, poderia ser equitativamente distribuída.
·         A proposta de Karl Marx, um dos autores que desenvolveu este tema, é a de que o socialismo fosse um sistema de transição para o comunismo, que eliminaria de forma integral o Estado e as desigualdades sociais.
·         País modelo: URSS foi o maior exemplo, apesar de muitos não considerarem, por não terem se mantido fiéis a proposta dos pensadores originais - já que os meios de produção pertenciam ao Estado controlado por burocratas e não ao povo trabalhador.
·         Impactos na sociedade: Além das guerras e conflitos ideológicos que dividiram o mundo em dois blocos ideológicos durante muito tempo, o socialismo deixa uma “herança” as cooperativas e a economia solidária, alternativas socialistas no mundo capitalista. Os sindicatos e os partidos de carater socialistas também foram elementos herdados dos ideais socialistas.
·         Atualmente: partidos que se autonominam socialistas no Brasil: PSOL - Partido Socialismo e Liberdade, PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, PPS - Partido Popular Socialista, PSB - Partido Socialista Brasileiro.
·         Dicas:

  •         Filme: Stalin – mostra parte da história da USS socialista, governada por Stalin após a morte de Lenin














Comunismo


·         Origem: No seu uso mais comum, o termo "comunismo" refere-se à obra e às idéias de Karl Marx e, posteriormente, a diversos outros teóricos, notavelmente Friedrich Engels, Rosa Luxemburgo, Vladimir Lenin, Antonio Gramsci, entre outros. Uma das principais obras fundadoras desta corrente política é O Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels e a principal obra teórica é O Capital de Marx.
·         A palavra comunismo apareceu pela primeira vez na imprensa em 1827, quando Robert Owen se referiu a socialistas e comunistas. Segundo ele, estes consideravam o capital comum mais benéfico do que o capital privado. As palavras socialismo e comunismo foram usadas como sinônimos durante todo o século XIX. A definição do termo comunismo é dada após a Revolução russa, no início do século XX, pois Vladimir Lenin entendia que o termo socialismo já estava desgastado e deturpado. Por sua teoria, o comunismo só seria atingido depois de uma fase de transição pelo socialismo, onde haveria ainda uma hierarquia de governo.
·         A Revolução Russa foi uma série de eventos políticos na Rússia, durante os quais os operários e camponeses sucessivamente derrubaram a autocracia russa, o governo provisório e expropriaram campos, fábricas e demais locais de trabalho. Estes eventos aconteceram durante o ano de 1917 e início de 1918, e resultaram numa guerra civil que durou de 1918 a 1921. Durante este processo, o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lenin e Leon Trotski, se transformou na única força política capaz de restabelecer a ordem. Ele criou um poderoso exército, que submeteu igualmente a classe operária e os demais partidos, ao mesmo tempo que adotou o discurso comunista, o qual utilizou como justificativa para a imposição de uma ditadura.
·         Características: As principais características do modelo de sociedade comunal proposto nas obras de Marx e Engels são: A inexistência das classes sociais; as necessidades de todas as pessoas supridas e a ausência do Estado.
·         Impactos na sociedade: Após a queda do muro de Berlim, o comunismo foi considerado morto por vários pensadores, intelectuais e pela mídia. O marxismo manteve-se sob outras formas, como na China, com o maoísmo, em Cuba, com Fidel Castro e, mais duramente, na Coreia do Norte, com Kim Il-sung e o seu filho Kim Jong-il. Segundo alguns pensadores, mais como uma referência filosófica e política geradora de alguma polêmica do que propriamente um ente político de largo espectro, pois ter-se-ia limitado ao nível de Governo, deixando o povo com relativa liberdade de acordo com cada norma vigente no respectivo país. O marxismo mantém-se, contudo, como uma referência filosófica e política, (polémica, é certo), que não deve ser desprezada no contexto da globalização.

Anarquismo















·         Origem: O anarquismo foi um movimento que surgiu na mesma época em que emergiu o socialismo de Marx e Engels, tendo em Pierre-Joseph Proudhon um de seus primeiros teóricos, autor do livro “Que é a propriedade?”, de 1840.
·         Anarcopunk é uma vertente do movimento punk que consiste de bandas, grupos e indivíduos que promovem políticas anarquistas. Apesar de nem todos os punks apoiarem o anarquismo, o pensamento tem um papel importante na cultura punk, e o punk teve uma influência significativa no anarquismo contemporário. O termo "anarcopunk" é algumas vezes aplicado exclusivamente a bandas que fizeram parte do movimento anarcopunk original no Reino Unido na década de 1970 e 1980.
·         Características: A primeira base da teoria anarquista é o fim da propriedade privada, pois segundo o próprio Proudhon, a propriedade era o suicídio da sociedade. O segundo termo fundamental da teoria é o fim do Estado, já que existe a crença de que o Estado é nocivo e desnecessário para a sociedade, favorecendo exclusivamente as classes dominantes – no caso da época, a burguesia. A terceira característica do anarquismo é a crença na liberdade e ordem obtida de forma espontânea, sem a intervenção do Estado através de leis. A idéia popular de anarquismo como absoluto caos e desordem, que os estudiosos chamam de anomia (ausência de normas) é rejeitada por todos os anarquistas tradicionais.
·         O anarquismo no Brasil ganhou força com a grande imigração de trabalhadores europeus entre fins do século XIX e início do século XX. Em 1889 Giovani Rossi tentou fundar em Palmeira, no interior do Paraná, uma comunidade baseada no trabalho, na vida e na negação do reconhecimento civil e religioso do matrimônio, (o que não significa, necessariamente, "amor livre"), denominada Colônia Cecília. A experiência teve curta duração.



Nazismo





    Origem: A ameaça de internacionalização do comunismo após a revolução russa de 1917 foi responsável pelo surgimento de governos fortes, ditatoriais ou não, em praticamente todos os países mais adiantados. Enquanto em alguns ocorreu apenas um endurecimento quanto a grupos ativistas socialistas, em outros instalaram-se ditaduras cujas ideologias ou se opunham frontalmente às propostas comunistas, ou buscavam neutralizá-las com medidas de segurança nacional no bojo de um projeto político com forte apelo às massas (o fascismo de Mussolini, o justicialismo de Peron, o sindicalismo de Vargas). O nazismo foi uma proposta de oposição frontal.
·         O Nacional Socialismo, em alemão Nationalsozialismus, ou Nazismus, foi um movimento totalitário triunfante na Alemanha, em muitos aspectos parecido com o Fascismo italiano, porém mais extremado tanto como ideologia quanto na ação política. O partido político foi batizado Nationalsozialistishe Deutsche Arbeiterpartei com a abreviação Nazi.
·         O partido nasceu na Alemanha em 1919 e foi liderado por Adolf Hitler a partir de 1920. Seu principal objetivo era unir o povo de ascendência alemã à sua pátria histórica, mediante sublevações sob a fachada falsa de "autodeterminação". Uma vez reunida, a raça alemã superior, ou Herrenvolk, governaria os povos subjugados, com eficiência e a dureza requerida conforme seu grau de civilização.
  • Características: A suástica ou cruz gamada como também é conhecida é um dos símbolos místicos mais difundidos e antigos do mundo. É encontrado do extremo Oriente à América Central, passando pela Mongólia, pela Índia e pelo norte da Europa. Foi conhecido dos celtas, dos etruscos, da Grécia antiga. Alguns quiserem remontá-lo aos atlantes, o que é uma maneira de indicar sua remota antiguidade. Qualquer que seja sua complexidade simbólica, a suástica, por seu próprio grafismo, indica manifestamente um movimento de rotação em torno do centro, imóvel, que pode ser o ego ou o pólo. É, portanto, símbolo de ação, de manifestação, de ciclo e de perpétua regeneração.
·         Uma política totalitária de ódio racial e de supressão da dissidência com o uso de todos os meios do estado. Como outros regimes fascistas, o regime nazista punha ênfase no anticomunismo e no princípio do líder (Führerprinzip). Este é um princípio-chave na ideologia fascista, segundo o qual se considera o líder como a corporização do movimento e da nação. Ao contrário de outras ideologias fascistas, o nazismo era virulentamente racista. Algumas das manifestações do racismo nazista foram:
·         O anticlericalismo faz parte da ideologia nazista, o que é mais um ponto de divergência com outros fascismos.
  • Impactos na sociedade: segregação social (exclui todos que não forem alemães raciais ou arianos), implantação de um governo totalitário e centralizador, que exclui órgãos representativos da sociedade cível. Além disso, este governo ficou marcado pelas grandes guerras, expansão territorial e um grande número de mortes. Marcado também pelos “campos de concentração”, onde presos políticos e raciais eram utilizados em trabalho escravo e como cobaias para experiências cientificas. Talvez o efeito intelectual mais importante do nazismo tenha sido o descrédito, durante pelo menos duas gerações, das tentativas de utilizar a sociobiologia para explicar ou influenciar assuntos sociais.




                                                 Estado deplorável de Judeus e outros
                                              contrários ao nazismo, no final da guerra.
                                              Campo de concentração de Buchenwald


  • País modelo: Alemanha
  • Atualidade: Skin reds

             Fascismo

·         Origem: é uma doutrina totalitária desenvolvida por Benito Mussolini na Itália, a partir de 1919, durante seu governo (19221943 e 19431945). Fascismo deriva de fascio, nome de grupos políticos ou de militância que surgiram na Itália entre fins do século XIX e começo do século XX; mas também de fasces, que nos tempos do Império Romano era um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o poder do Estado e a unidade do povo. Os fascistas italianos também ficaram conhecidos pela expressão camisas negras, em virtude do uniforme que utilizavam. O fascismo surgiu em tempo de crise, nas dificuldades económicas e sociais do primeiro pós-guerra, e na depressão dos anos 30, quando as elites políticas se mostravam incapazes de integrar as massas através da fórmula democrática parlamentar ou quando existia um crescimento socialista ou comunista paralelo assustando as classes médias.
·         Características: O fascismo é uma doutrina e uma prática política estatista e coletivista, opondo-se aos diversos liberalismos, socialismos e democracias. O Fascismo italiano assumiu que a natureza do Estado é superior à soma dos indivíduos que o compõem e que eles existem para o Estado, em vez de o Estado existir para os servir. Todos os assuntos dos indivíduos são assuntos do Estado.
·         Nazismo e Fascismo: O Nazismo é geralmente considerado uma forma de fascismo, mas o Nazismo, em contraste com o Fascismo, viu o objectivo do Estado no serviço de um ideal daquilo que o Estado supostamente deveria ser: as suas pessoas, raças, e a engenharia social destes aspectos da cultura com o fim último de uma maior prosperidade possível para eles às custas de todos os outros. Por seu lado, o Fascismo de Mussolini continuou fiel à ideologia de que todos estes factores existiam para servir o Estado e que não era necessariamente no interesse do Estado servir ou manipular algumas daquelas características.
·         País modelo: Itália  

            Liberalismo

·         O Liberalismo surgiu como uma Doutrina que serviu de fundamento ideológico para as revoluções anti-absolutistas que ocorreram na Europa aos longos dos séculos XVII e XVIII e a luta pela independência dos Estados Unidos, correspondendo aos anseios do poder da burguesia, que consolidava sua força econômica, frente a uma aristocracia decadente. 
·         Características: O Liberalismo defendia: a mais ampla liberdade individual, a independência entre os poderes executivo, legislativo e judiciário, a livre iniciativa e a concorrência como princípios básicos, capazes de harmonizar os interesses individuais e coletivos, enfim, promover o progresso social.
  • Neoliberalismo: A partir da década de 1970, passou a significar a doutrina econômica que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo. É nesse segundo sentido que o termo é mais usado hoje em dia.
  • Impactos na sociedade: estabelece uma tirana concorrência no mercado internacional. Verifica-se, assim, que se privilegia o capital sobre o trabalho, provocando um descaso em relação a todas as conquistas do homem pelos seus direitos, destacando a debilidade, bem como o risco do total desaparecimento da proteção por parte do Estado de uma vida digna ao homem trabalhador.
  • País modelo: Liberalismo: França. Neo-liberalismo: Estados Unidos.

Social Democracia

Origem: A social-democracia (ou socialdemocracia) é uma ideologia que surgiu em fins do século XIX e início do século XX por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista poderia ocorrer sem revoluções, mas por meio de uma evolução democrática. A ideologia socialdemocrata prega uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário, geralmente tendo em meta uma sociedade socialista. A socialdemocracia tem suas raízes na idéia de Karl Marx que seria possível, em certos países, estabelecer o comunismo ou socialismo por uma revolução 
pacífica e democrática.








                                                           Cartaz socialdemocrata alemão
                                                          de 1932 prega o voto contra 
                                                          monarquistas, nazistas e comunistas

  • Características: democracia representativa, que pode solucionar os problemas encontrados numa democracia liberal, enfatizando os seguintes princípios para construir um estado de bem estar social: Primeiro, a liberdade inclui não somente as liberdades individuais, entendendo-se por "liberdade" também o direito a não ser discriminado e de não ser submisso aos proprietários dos meios de produção e detentores de poder político abusivo. Segundo, deve haver igualdade e justiça social, não somente perante a lei mas também em termos econômicos e sócio-culturais, o que permite oportunidades iguais para todos, incluindo aqueles que têm desigualdades físicas, sociais ou mentais. Finalmente, é fundamental que haja solidariedade e que seja desenvolvido um senso de compaixão para vítimas da injustiça e desigualdade.

·         Princípios da Social Democracia: O combate a miséria, sendo assegurado direitos como moradia, saúde e segurança básicas. Cabendo ao estado também criar condições favoráveis a oportunidade de emprego. O fortalecimento das instituições inter-governamentais, sem que, com isso, a soberania dos países seja ameaçada. Livre concorrência, desde que, no momento, tal seja proveitoso para as partes envolvidas. Limites e liberdade as organizações civis como sindicatos, ongs, igrejas, imprensa. Evitar a formação de monopólios e oligopólios, sem sacrificar setores estratégicos do estado. Desapropriação de terras na medida do necessário como garantia de sobrevivência. E por fim, a Intervenção na economia quando necessário e em setores estratégicos, evitando grandes prejuízos ao país e a população.

·         Impactos na sociedade: Na segunda metade do século XIX o mundo Ocidental se bipolarizava: de um lado,os teóricos ligados à burguesia dominante defendiam o capitalismo e o liberalismo político e econômico; de outro, intelectuais e operários organizavam partidos destinados a conduzir as sociedades pela via revolucionária. A social democracia surgiu como uma alternativa, a “terceira via” para estes modelos extremos, uma forma de governo que traria mudanças graduais.

·         País modelo: Alemanha

·         Atualidade: PSDB (Partido Social Democrata Brasileiro) e PT (Partido dos Trabalhadores)

Democracia

·         Origem: A palavra democracia tem sua origem na Grécia Antiga (demo=povo e kracia=governo). Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das principais cidades da Grécia Antiga). Embora tenha sido o berço da democracia, nem todos podiam participar nesta cidade. Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade. Portanto, esta forma antiga de democracia era bem limitada.

·         Características: é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadão, direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos. Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou monárquico. As democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. A distinção mais importante acontece entre democracia direta, onde o povo expressa a sua vontade por voto direto em cada assunto particular (semelhante ao peblicito), e a democracia representativa ou democracia indireta, onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram.

·         Democracia na atualidade: Embora estejam notavelmente disseminadas no mundo de hoje e seja difícil encontrar argumentos doutrinários contrários a elas que mereçam consenso, em muitas áreas do mundo as idéias democráticas não são postas em prática pelos sistemas políticos.

Ditadura


·         Origem: O conceito de ditadura se origina Roma antiga. Em latim, dictatura. Entretanto, o significado moderno do conceito é completamente diferente da instituição que ele designava na Antigüidade. Para começar, a ditadura romana era uma instituição de caráter extraordinário. Só era ativada em circunstâncias excepcionais, para fazer frente a situações de emergência, como uma crise interna ou uma guerra. O ditador era nomeado por um ou pelos dois cônsules - os chefes do governo romano, de acordo com o senado e por processos definidos constitucionalmente. Da mesma maneira, também eram definidos os limites de sua atuação.
·         Atualmente: a expressão ditadura serve para designar os regimes de governo não-democráticos ou antidemocráticos, isto é, aqueles onde não há participação popular, ou onde isso ocorre de maneira muito restrita. Nesse sentido, de igual à ditadura romana, ela só apresenta uma coisa: a concentração de poder nas mãos do ditador. Além disso, a ditadura moderna não é autorizada por regras constitucionais: ela se impõe de fato, pela força, subvertendo a ordem política que existia anteriormente.
·         Características: é o regime político autoritário em que os poderes legislativo, executivo e judiciário estão nas mãos de uma única pessoa ou grupo de pessoas, que exercem estes poderes de maneira absoluta sobre o povo. Podem existir regimes ditatoriais de líder único (como os regimes provenientes do Nazismo, do Fascismo e do socialismo) ou coletivos (como os vários regimes militares que ocorreram na América Latina durante o século XX).
·         Países modelos: Brasil:ditadura capitalista. Cuba: ditadura socialista. China: ditadura comunista. Alemanha: ditadura nazista.

FONTES:
Sites:
http://pt.wikipedia.org/wiki
http//youtube.com.br

Org. Rég!s

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