quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Oque é Sociologia 1º ANO - Ensino Médio


A Sociologia é uma das Ciências Humanas que tem como objeto de estudo a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupos, instituições e associações. Enquanto a Psicologia estuda o indivíduo na sua singularidade, a Sociologia estuda os fenômenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituição das sociedades e suas culturas.

O termo Sociologia foi criado em 1838 (séc. XIX ) por Auguste Comte, que pretendia unificar todos os estudos relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a Economia. Mas foi com Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como ciência foram institucionalizados.




A Sociologia surgiu como disciplina no século XVIII, como resposta acadêmica para um desafio que estava surgindo: o início da sociedade moderna. Com a Revolução Industrial e posteriormente com a Revolução Francesa (1789), iniciou-se uma nova era no mundo, com as quedas das monarquias e a constituição dos Estados nacionais no Ocidente. A Sociologia surge então para compreender as novas formas das sociedades, suas estruturas e organizações.

A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importância que esses eventos têm na vida dos cidadãos.

Como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. O conhecimento sociológico, por meio dos seus conceitos, teorias e métodos, constituem um instrumento de compreensão da realidade social e de suas múltiplas redes ou relações sociais.

Os sociólogos estudam e pesquisam as estruturas da sociedade, como grupos étnicos (indígenas, aborígenes, ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas, empresários, políticos etc.), gênero (homem, mulher, criança), violência (crimes violentos ou não, trânsito, corrupção etc.), além de instituições como família, Estado, escola, religião etc.

Além de suas aplicações no planejamento social, na condução de programas de intervenção social e no planejamento de programas sociais e governamentais, o conhecimento sociológico é também um meio possível de aperfeiçoamento do conhecimento social, na medida em que auxilia os interessados a compreender mais claramente o comportamento dos grupos sociais, assim como a sociedade com um todo. Sendo uma disciplina humanística, a Sociologia é uma forma significativa de consciência social e de formação de espírito crítico.

A Sociologia nasce da própria sociedade, e por isso mesmo essa disciplina pode refletir interesses de alguma categoria social ou ser usado como função ideológica, contrariando o ideal de objetividade e neutralidade da ciência. Nesse sentido, se expõe o paradoxo das Ciências Sociais, que ao contrário das ciências da natureza (como a biologia, física, química etc.), as ciências da sociedade estão dentro do seu próprio objeto de estudo, pois todo conhecimento é um produto social. Se isso a priori é uma desvantagem para a Sociologia, num segundo momento percebemos que a Sociologia é a única ciência que pode ter a si mesma como objeto de indagação crítica.

ESTRANHAMENTO E DESNATURALIZAÇÃO

Um dos papéis centrais que o pensamento sociológico realiza é a desnaturalização das concepções ou explicações dos fenômenos sociais. Há uma tendência sempre recorrente a se explicarem as relações sociais, as instituições, os modos de vida, as ações humanas, coletivas ou individuais, a estrutura social, a organização política, etc. com argumentos naturalizadores.




Primeiro, perde-se de vista a historicidade desses fenômenos, isto é, que nem sempre foram assim; segundo, que certas mudanças ou continuidades históricas decorrem de decisões, e essas, de interesses, ou seja, de razões objetivas e humanas, não sendo fruto de tendências naturais.Outro papel que a Sociologia realiza, mas não exclusivamente ela, e que está ligado aos objetivos da Filosofia e das Ciências, humanas ou naturais, é o estranhamento. No caso da Sociologia, está em causa observar que os fenômenos sociais que rodeiam a todos e dos quais se participa não são de imediato conhecidos, pois aparecem como ordinários, triviais, corriqueiros, normais, sem necessidade de explicação, aos quais se está acostumado, e que na verdade nem são vistos.Assim como a chuva é um fenômeno que tem uma explicação científica, ou uma doença também tem explicações, mesmo que não se tenha chegado a terapias totalmente exitosas para sua cura; ou do mesmo modo que as guerras, as mudanças de governo podem ser estudadas pela História ou os cataclismos naturais, pela Geografia; os fenômenos sociais merecem ser compreendidos ou explicados pela Sociologia. Mas só é possível tomar certos fenômenos como objeto da Sociologia na medida em que sejam submetidos a umprocesso de estranhamento, que sejam colocados em questão, problematizados.


Muitas vezes as explicações mais imediatas de alguns fenômenos acabam produzindo um rebaixamento nas explicações científicas, em especial quando essas se popularizam ou são submetidas a processos de divulgação midiáticos, os quais nem sempre conservam o rigor original exigido no campo científico. Do mesmo modo que explicações econômicas se popularizaram, sendo repetidas nas esquinas, nas mesas de bares, etc. e assim satisfazendo as preocupações imediatas dos indivíduos, alguns outros fenômenos recebem explicações que não demandam elaborações mais profundas e permanecem no senso comum para as pessoas.

Dessa maneira, as concepções de estranhamento e desnaturalização tem como objetivo fornecer uma orientação, uma maneira de perceber a realidade social a partir de uma perspectiva científica que permita ao jovem aluno ver e se ver em uma determinada situação e a captar os fatos a partir de sua experiência pessoal, percebendo, porém, que esta é, ao mesmo tempo coletiva.

SENSO CRÍTICO ( CONHECIMENTO CIENTIFICO ) E SENSO COMUM




O senso comum é o modo de pensar imediatista, superficial, acrítico e que permite a intromissão dos preconceitos e dos valores do observador. O senso crítico ou conhecimento cientifico , é objetivo, profundo, baseado em estudos científicos, no olhar de estranhamento e de desnaturalização do observador. Assim, ter senso crítico significa saber questionar, buscar a verdade por trás das observações cotidianas.




Sociologia como manifestação do pensamento moderno: A evolução do pensamento social.Cada época tem um tipo ou modo de pensamento que responde ao meio e aos problemas específicos dessa época.


Efeito de naturalização: fazer parecerem naturais certas construções sociais; por exemplo: a dominação masculina fundamentada em uma possível superioridade biológica.
A História é um desenvolvimento e um crescimento que se faz segundo leis próprias. Cada época histórica é diferente da outra. Cada uma tem suas características e um espírito próprio. Espírito entendido como uma subjetividade coletiva.
O homem de hoje, como o de ontem, necessita sempre de um sistema de idéias e de teses que explique o mundo, ou melhor, que lhe dê uma visão globalizadora do universo, de si mesmo, de todas as coisas. Alguns desses tipos de pensamento são: o pensamento mítico; o pensamento filosófico; o pensamento científico etc.

O pensamento mítico

A razão do homem sempre busca uma ordenação mental da realidade em que vive. O mito foi a
primeira explicação da realidade. Nele, tudo se passa num mesmo nível: forças da Natureza, forças divinas, homens e animais – a consciência praticamente se confunde com as coisas, ou seja, não se destaca do mundo exterior. O pensar mítico fornece uma ordenação mental do mundo capaz de satisfazer às exigências racionais da mente primitiva, apesar de não estar restrita a ela.




O pensamento mítico ou, como denomina o antropólogo Claude Lévi-Strauss, o “pensamento
selvagem”, é uma forma de explicar e compreender a realidade natural e social (o mundo da Natureza e da Cultura). Esse pensamento caracteriza-se como um processo de ordenação de elementos concretos: coisas, seres vivos, pessoas, para significar a realidade que pretendiam explicar. Por isso a Antropologia chama o conjunto e o saber adquirido pelo pensar mítico de Ciência do concreto. Assim, pode-se dizer que o mito ordena e explica uma realidade concreta por meio de elementos sensíveis (que se pode sentir) do meio.

Mito é um sistema (conjunto fechado) de conhecimento capaz de ordenar e dar significação a
realidades do meio, importantes e prioritárias para o homem.
O mito não é um conhecimento que busca a verdade objetiva das coisas, ele serve apenas para explicar um fato, sem necessidade de comprovação e sem possibilidade de se extrair dele alguma conclusão. Quando a mente começou a procurar a verdade das coisas, a relação causa e efeito, as leis gerais que explicam os fatos particulares, surge um novo tipo de conhecimento denominado pela Antropologia de Ciência do Abstrato – ou Filosofia.

O pensamento mítico, característico da fase pré e pós-neolítica, prevaleceu até o aparecimento da Filosofia, no século VII a.C.

O pensamento científico

“Por que as Ciências, filhas da Filosofia, depois de repartirem entre si a herança filosófica, lhe voltam as costas, como as filhas do rei Lear, depois de dividido o seu reino?” (Will Durant)

As Ciências surgiram a partir da Filosofia. A primeira foi a Matemática que, inicialmente, com os jônios e Pitágoras, ainda estava ligada à Filosofia. No ano 300 a.C, com Euclides, a Matemática já se achava separada, possibilitando, em certo sentido, o aparecimento de especialistas nesta ciência.




Todas as outras Ciências só muito mais tarde tornaram-se autônomas: a física na primeira metade do século XVII com Galileu, a Química com as pesquisas de Lavoisier e outros no século XVIII; a Biologia com os estudos de Lamarck e Claude Bernard no século XIX.
Somente nos fins do século XIX e começo do século XX, presenciamos o aparecimento e o progresso das Ciências Sociais e da Psicologia.

Tudo isso veio destruir a noção de saber total para a Filosofia. Este saber total foi repartido entre as diversas Ciências.

Pensamento sociológico

O surgimento do pensamento sociológico clássico ocorreu entre os séculos XVIII e XIX, no apogeu do pensamento iluminista, e sob os ideais da Revolução Industrial e da Revolução Francesa, ideais que servirão de base para a instalação definitiva da sociedade capitalista. Todas as modificações históricas que ocorreram naquele momento na sociedade surgiram das udanças que vinham acontecendo nas formas de pensamento. As transformações econômicas em curso provocaram alterações na forma de conhecer a natureza e a cultura.

Revolução Século / Ano Esfera de atuação e impacto

Iluminismo A partir de 1590, séc. XVII – XVIII Ideológica

Industrial Segunda metade do séc. XVIII (+/- 1750 ) Econômica

Francesa Segunda metade do séc. XVIII (1789 ) Política

Nesse sentido, a Sociologia pode ser considerada como um fenômeno estrito e uma ciência, característica da sociedade moderna.Os pensadores sociais clássicos .A Sociologia foi o resultado da união de inúmeros pensadores, nas diversas partes do mundo, porém, quatro deles destacam-se como responsáveis por estruturar os fundamentos da Sociologia possibilitando criar três linhas mestras explicativas:

1) a Positivista-Funcionalista, tendo como fundador Auguste Comte e seu principal expoente clássico Émile Durkheim ( França, 1858 – 1917 ), de fundamentação analítica;

2) a Sociologia Compreensiva iniciada por Max Weber ( Alemanha, 1864 – 1920 ), de matriz teórico-metodológica hermenêutico-compreensiva.

3) a Sociologia Dialética, iniciada por Karl Marx ( Inglaterra, 1818 – 1883 ) que mesmo sendo mais uma mistura de economista com historiador, do que propriamente um sociólogo, deu início a uma das mais importantes linhas de explicação sociológica.
Isso não que dizer que existem três sociologias, mas que o objeto desta ciência tem sido conceituado com ênfase em diferentes aspectos da vida social:

PRINCÍPIOS TEÓRICOS DOS AUTORES CLÁSSICOS

ÉMILE DURKHEIM 

Fato Social, Consciência
coletiva, Anomia.
Para Durkheim, a organização social é possível
graças ao consenso ou consciência coletiva, e a
sociologia deve estudar o que ele concebe como 5
“fatos sociais”;


MAX WEBER
Ação Social
Weber enfatiza os aspectos intersubjetivos e
simbólicos das relações sociais e delimita o campo de
estudo da Sociologia dentro da sua noção de “ação
social”;


KARL MARX 
Modo de produção, maisvalia, acumulação primitiva,
alienação, materialismo
histórico, ideologia, luta de
classes, materialismo
dialético
Marx concebe a organização social como resultante
das relações de produção e toma as “relações de
classe” como fundamentais ao estudo científico da
sociedade


AVALIE-SE
1) O que significa dizer que o sociólogo, ao analisar a sociedade, deve ter um olhar de estranhamento e de desnaturalização?

2) Qual é a diferença entre senso crítico e senso comum?

3) Descreva cada tipo de pensamento ressaltando as características de cada um:
a) Pensamento mítico
b) Pensamento filosófico
c) Pensamento científico
d) Pensamento sociológico

Fonte :http://www.regisper.blogspot.com.br/2012/02/novo-telecurso-sociologia-aula-01-1-de.html

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

ATIVIDADE DE RECUPERACAO DE CONTEUDO E FALTAS - SEGUNDO ANO _ SOCIOLOGIA

ATIVIDADE : ENTREGAR EM FOLHA DE ALMAÇO OU CADERNO , ANTES DO DIA 10/12


1. Quais os principais fatores geradores de Violencia no Brasil ?
2. Estes fatores geradores de Violencia  são sempre os mesmos ?  
3. Se determinarmos a Desigualdade Social como um fator gerador de Violência , qual seria a solução para acabar com esta ?
4. Se você tivesse a possibilidade de diminuir a violência na sociedade brasileira o que você faria ?
5. O que pode ser feito  " SEGUNDO O TEXTO " , para  reduzir a violência ?

6. FAZER RESUMO DO TEXTO 

FATORES QUE GERAM A VIOLENCIA NO BRASIL 
                           
                        Os fatores que geram a violência no Brasil, e em várias nações mundiais, são dos mais diversos modelos. Havendo situações onde a violência é uma marca que vem sangrando há gerações, como o racismo, o conflito de religiões, diferentes culturas. E há casos onde ela é gerada de forma pessoal, onde a própria pessoa constrói fatores que acabam resultando em situações violentas como o desrespeito, o uso de drogas, a ambição e até mesmo resultado da educação familiar.
                          Circunstâncias refletem a conjuntura de uma nação, como quando há falta de empregos, fazendo assim uma busca desesperada por melhores condições de vida; a falta de investimentos do Estado; e o principal motivo para gerar violência que vem abalando a história da humanidade é a desigualdade socialVivemos numa sociedade consumista, “imoral e avançada”, onde o virtú, como dizia Maquiavel sobre os valores, tem perdido na escala de prioridades para a fortuna (bens materiais). A sociedade está amparada pela mídia que veicula uma necessidade material, como recentemente o ator da emissora Rede Globo, Lima Duarte criticou: “Lá é tudo dirigido a partir do comércio. Nunca é a partir da criação”. Um dos atores mais consagrados da televisão brasileira viu a necessidade urgente da mudança na concepção de mídia. Este é um alarme para que a sociedade boicote essa glamourização da ignorância que reflete na realidade atual. Assim, notamos uma influência significativa da mídia na sociedade, onde se caracteriza o modelo de cidadão como aquele que tem roupas de boas marcas, carros novos e outros bens que estão longe da realidade econômica da maior parte dos brasileiros.
                            Uma das formas encontradas pelos jovens das classes pobres da sociedade, para atingir seus objetivos, baseados em estilos de vida e na vontade de possuir os bens de consumo mostrados pela mídia, é o crime, sendo esse mundo a única alternativa para se conseguir dinheiro. Há ainda a FACILIDADE DE ACESSO ÀS ARMAS E ÀS DROGAS, além da sensação de IMPUNIDADE que fortalece cada vez mais o mundo do crime.

                              A DESIGUALDADE SOCIAL é um câncer que está piorando há séculos, quanto mais se fala sobre esse problema, mais as autoridades fecham os olhos, ou as janelas nos sinais de trânsito. A desigualdade social, identificada por mim como o fator que mais gera violência, é resultado da AMBIÇÃO dessa sociedade burguesa. Sendo que a maior parte da população não tendo outro meio de obter sua subsistência entra na vida do crime, e consequentemente na violência. Um dos fatores gerador da desigualdade social é o DESEMPREGO, como fora mostrado a preocupação, pelo menos aparente, de abranger este assunto nas últimas eleições presidenciais. Pois não há meio de obter um padrão de vida aceitável sem um emprego, e tendo procura demasiada e ofertas escassas muitas vezes trazem abusos nos assalariados, parecendo voltar a épocas anteriores a Revolução Industrial. Esses abusos muitas vezes trazem conseqüências assustadoras, como a marginalização do assalariado, que por não aceitar situações deploráveis tenta ‘vida mais fácil’ no tráfico de DROGAS. Efeito posterior é seu vínculo ‘eterno’ com o morro e a dependência da droga, sendo um criminoso inconseqüente em muitas vezes por não estar no seu estado normal.
                                 Partindo para uma visão mais ampla da situação achamos causas mais subjetivas, como o RACISMO que é parte integrante da desigualdade social. Como mostra estatísticas recentes onde negros ganham significativamente menos que brancos, ou que negros são praticamente 50% da população brasileira, sendo que o número destes na universidade não chega a 5%.

                               A RELIGIÃO é motivo de conflitos no mundo inteiro, sendo que no Brasil este não é muito presente. Guerras seculares, e até milenares, vêm aniquilando seres humanos sem piedade, trazendo o nome de Deus como justificativo pra tal ato. Como ocorre no Iraque, onde Xiitas e Sunitas estão em guerra desde a morte de Maomé, por diferenças religiosas.


                             FALTA DE INVESTIMENTOS DO GOVERNO na sociedade para permitir o cidadão a recorrer a meios mais humanos para a sobrevivência é outro agente que gera violência. Pois sem um investimento pesado na educação, na infra-estrutura do país e radicais reformas tributária e agrária será muito difícil, quase impossível, diminuir a violência. Essa situação faz o cidadão NÃO TER PERSPECTIVA para um futuro promissor, aliado a uma perversa EDUCAÇÃO FAMILIAR que passa de geração para geração.


                       SUGESTÕES PARA A DIMINUIÇÃO DA VIOLÊNCIA


                              Como não dá para apagar com uma borracha toda a maldade do ser humano, tem-se que, num processo gradual e objetivo, eliminar os fatores geradores da violência.
Iniciando com os mais superficiais, mais fáceis de ser abatidos, sendo esses os de caráter material, como o desemprego, a falta de investimentos por parte do governo.
                              Medidas dadas como urgentes devem ser feitas nesse ritmo: urgente. Como estímulos no abate de impostos para a criação de empregos; aumento no salário do cidadão, transformando isso numa cadeia onde o custo se torna em benefício, pois quanto mais recebem mais gastam; reforma agrária é de suma importância a sua realização, porque é difícil a construção de um cidadão numa esfera onde não se tem nem o controle da segurança, onde quem comanda a favela são milícias armadas, além de tudo se cria uma imagem negativa do cidadão dos morros, fixando a discriminação e assim, a desigualdade social.
                      Outra medida é o investimento na educação, pois se percebe que grandes nações são resultados de grandes cidadãos. E com uma educação, desde o fundamental até o superior, de qualidade forma-se pessoas capazes e instruídas para reivindicarem seus direitos e assim cumprem com muito mais eficácia seus deveres. Pois a ignorância é aliada da violência, sendo que os traficantes agem principalmente nas favelas, onde os moradores têm menos conhecimentos que pessoas instruídas.
                            Há também a violência histórica, aquela que mancha a sociedade há séculos. Na realidade brasileira, o seu pior sintoma é o racismo e para acabar com ele, deve-se começar a criar um novo conceito de igualdade, pois vivemos rodeados por pensamentos conservadores, e estes são muito difíceis de mudarem. A igualdade racial tem que parar de ser idealizada e ser colocada na prática, pois essa herança do regime escravagista deve ser abolida do comportamento social. Isso reflete em várias situações, como na questão religiosa, onde mulçumanos com aspectos de pessoas do Oriente Médio são taxados de terroristas, um erro grave e preconceituoso, que como na questão do racismo negro deve ser abolida da ordem atual, com medidas duras tanto jurídicas como morais. Penas mais severas para racistas e exclusão social para estes.
Analisando um outro aspecto, notamos que o desigualdade social é resultado de todas essas violências, que geram problemas muito graves. E o motivo da violência estar se alastrando como inço deve-se também pela impunidade e pela facilidade de se obter armas e drogas. Para o fim disso, precisa-se de medidas eficazes e não simplesmente arranjar culpados. É preciso tornar as leis e as penas mais duras e que haja uma capacidade de reabilitação para o infrator, e arrancar o mal pela raiz dando capacidade de convivência social na sociedade, lhes garantindo educação, emprego, saúde, segurança e dignidade para atingir seus objetivos.
                                  De forma urgente, precisamos mudar o comportamento social para que a violência não se alastre e que todos tenham realmente direitos iguais. Que ninguém tenha que fazer manifestações exigindo que se cumpram seus direitos, pois se são direitos devem ser obrigatórios. Que todos tenham segurança para que ninguém precise comprar uma arma para se defender de delinqüentes inconseqüentes. E que ninguém precise virar um delinqüente por falta de oportunidade, por fome ou para saciar a de seus filhos.
Medidas das autoridades contra a violência terão que ser mais objetivas e não simplesmente aumentar o número de policiais nas ruas e falar que ladrão não presta. Tem que investir na educação para que a próxima geração venha com pensamento na mudança e não a mudança no pensamento.
Temos que parar de arranjar culpados e ver soluções.
Autoria: Thiago Firmino Silvano

Fonte http://www.coladaweb.com/sociologia/fatores-geradores-da-violencia

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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

ATIVIDADE DE RECUPERACAO DE CONTEUDO E FALTAS - TERCEIRO ANO _ SOCIOLOGIA


ATIVIDADE : ENTREGAR EM FOLHA DE PAPEL ALMACO  OU CADERNO , ANTES DO DIA 10/12
0. FAZER RESUMO
1. Qual a origem da palavra cidadania e o que significa?
2. Na Roma antiga, a palavra cidadania foi usada para indicar o que?
3. Quando o autor diz que no Brasil ainda predomina uma visão reducionista de cidadania, o que ele pretende dizer?
4. Para Dallari, o que é cidadania?
5. Para o autor, como é conquistada a cidadania?
6. Você exerce cidadania? Como?

O que é Cidadania

              A origem da palavra cidadania vem do latim “civitas”, que quer dizer cidade. A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação política de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. Segundo Dalmo Dallari:
             “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”.
(DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14)
             No Brasil, estamos gestando a nossa cidadania. Damos passos importantes com o processo de redemocratização e a Constituição de 1988. Mas, muito temos que andar. Ainda predomina uma visão reducionista da cidadania (votar, e de forma obrigatória, pagar os impostos… ou seja, fazer coisas que nos são impostas) e encontramos muitas barreiras culturais e históricas para a vivência da cidadania. Somos filhos e filhas de uma nação nascida sob o signo da cruz e da espada, acostumados a apanhar calados, a dizer sempre “sim senho?, a «engolir sapos”, a achar “normal” as injustiças, a termos um “jeitinho’ para tudo, a não levar a sério a coisa pública, a pensar que direitos são privilégios e exigi-los é ser boçal e metido, a pensar que Deus é brasileiro e se as coisas estão como estão é por vontade Dele.
             Os direitos que temos não nos foram conferidos, mas conquistados. Muitas vezes compreendemos os direitos como uma concessão, um favor de quem está em cima para os que estão em baixo. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é construída e conquistada a partir da nossa capacidade de organização, participação e intervenção social.
             A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão pouco a simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes direitos. É necessário que o cidadão participe, seja ativo, faça valer os seus direitos. Simplesmente porque existe o Código do Consumidor, automaticamente deixarão de existir os desrespeitos aos direitos do consumidor ou então estes direitos se tornarão efetivos? Não! Se o cidadão não se apropriar desses direitos fazendo-os valer, esses serão letra morta, ficarão só no papel.
             Construir cidadania é também construir novas relações e consciências. A cidadania é algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na vida social e pública. É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa cidadania, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética.
              A cidadania é tarefa que não termina. A cidadania não é como um dever de casa, onde faço a minha parte, apresento e pronto, acabou. Enquanto seres inacabados que somos, sempre estaremos buscando, descobrindo, criando e tomando consciência mais ampla dos nossos direitos. Nunca poderemos chegar e entregar a tarefa pronta, pois novos desafios na vida social surgirão, demandando novas conquistas e, portanto, mais cidadania.

ATIVIDADE DE RECUPERACAO DE CONTEUDO E FALTAS - PRIMEIRO ANO _ SOCIOLOGIA


Crianças selvagens: as Meninas Lobo
O Texto Completo também pode ser acessado por :

ATIVIDADE DE RECUPERACAO DE CONTEUDO E FALTAS  ( ENTREGA SOMENTE EM MAOS -10 /12 /14 – EM PAPEL ALMACO OU CADERNO )
A partir dos conceitos estudados, responda:
1) Explique o que é isolamento social e quais os mecanismos que reforçam este tipo de comportamento?
2) Porque um indivíduo criado fora da convivência humana não se torna humano?
3) Kamala se sentia mais à vontade com animais do que com humanos, explique por quê?
4) Vocês concordam com a afirmação “O homem é por natureza um animal social”? Explique.



Leia o texto atentamente:
            Amala e Kamala eram duas meninas que foram descobertas em 1921, numa caverna da Índia, vivendo com lobos. Essas crianças, que na época tinham aproximadamente idade de 4 e 8 anos, foram levadas para um asilo e passaram a ser observadas por estudiosos. Amala, a mais jovem, não resistiu à nova vida. A outra, porém, viveu mais uns oito anos. Ambas apresentavam hábitos alimentares bastante diferentes dos nossos. Como fazem normalmente os animais, elas cheiravam a comida antes de tocá-la, dilacerando os alimentos com os dentes e poucas vezes fazendo o uso das mãos como instrumento para beber e comer. Possuíam aguda sensibilidade auditiva e desenvolvimento do olfato para a carne. Para se locomover apoiavam-se sobre as mãos e os pés, adotando uma marcha quadrúpede, como faziam os antigos companheiros, os lobos. Kamala, por exemplo, levou seis anos para utilizar a marcha ereta. Notou-se também que Kamala não se sentia à vontade na companhia de outras pessoas, preferindo a dos animais, que se entendiam maravilhosamente com ela, jamais se espantando quando de sua aproximação.
(A. Xavier Teles, Estudos Sociais, p. 115-116) Texto adaptado de OLIVEIRA, Pérsio. Introdução à sociologia. 2005, p. 17-18.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O Império Romano Ascensão e Queda - SEXTO ANO - HISTORIA

Introdução
A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.
Origem de Roma: explicação mitológica
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, naItália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.
Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C a 509 a.C)
De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.
A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.
República Romana (509 a.C. a 27 a.C)




Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida.
Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos).
Formação e Expansão do Império Romano
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
Principais imperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180), Comodus (180-192).
gladiadores lutando - história de Roma
Luta de gladiadores:
pão e circo
Pão e Circo
Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.
Cultura Romana
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina.
Religião Romana



Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família.
Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.
Crise e decadência do Império Romano
Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. 
Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.
Legado Romano
Muitos aspectos culturais, científicos, artísticos e linguísticos romanos chegaram até os dias de hoje, enriquecendo a cultura ocidental. Podemos destacar como exemplos deste legado: o Direito Romano, técnicas de arquitetura, línguas latinas originárias do Latim (Português, Francês, Espanhol e Italiano), técnicas de artes plásticas, filosofia e literatura.

Fonte http://www.suapesquisa.com/imperioromano/
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