ATIVIDADE :
ENTREGAR EM FOLHA DE PAPEL ALMACO OU
CADERNO , ANTES DO DIA 10/12
0. FAZER RESUMO
1. Qual a origem da palavra cidadania e o que significa?
2. Na Roma antiga, a palavra cidadania foi usada para indicar o que?
3. Quando o autor diz que no Brasil ainda predomina uma visão
reducionista de cidadania, o que ele pretende dizer?
4. Para Dallari, o que é cidadania?
5. Para o autor, como é conquistada a cidadania?
6. Você exerce cidadania? Como?
O que é Cidadania
A origem da palavra cidadania vem do latim “civitas”, que quer dizer
cidade. A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação
política de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer.
Segundo Dalmo Dallari:
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a
possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem
não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de
decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”.
(DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São
Paulo: Moderna, 1998. p.14)
No Brasil, estamos gestando a nossa cidadania. Damos passos importantes
com o processo de redemocratização e a Constituição de 1988. Mas, muito temos
que andar. Ainda predomina uma visão reducionista da cidadania (votar, e de
forma obrigatória, pagar os impostos… ou seja, fazer coisas que nos são
impostas) e encontramos muitas barreiras culturais e históricas para a vivência
da cidadania. Somos filhos e filhas de uma nação nascida sob o signo da cruz e
da espada, acostumados a apanhar calados, a dizer sempre “sim senho?, a
«engolir sapos”, a achar “normal” as injustiças, a termos um “jeitinho’ para
tudo, a não levar a sério a coisa pública, a pensar que direitos são privilégios
e exigi-los é ser boçal e metido, a pensar que Deus é brasileiro e se as coisas
estão como estão é por vontade Dele.
Os direitos que temos não nos foram conferidos, mas conquistados. Muitas
vezes compreendemos os direitos como uma concessão, um favor de quem está em
cima para os que estão em baixo. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é
construída e conquistada a partir da nossa capacidade de organização,
participação e intervenção social.
A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão pouco a
simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes
direitos. É necessário que o cidadão participe, seja ativo, faça valer os seus
direitos. Simplesmente porque existe o Código do Consumidor, automaticamente
deixarão de existir os desrespeitos aos direitos do consumidor ou então estes
direitos se tornarão efetivos? Não! Se o cidadão não se apropriar desses
direitos fazendo-os valer, esses serão letra morta, ficarão só no papel.
Construir cidadania é também construir novas relações e consciências. A
cidadania é algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na
vida social e pública. É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa
cidadania, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa
pública e o próprio meio ambiente. A cidadania deve ser perpassada por
temáticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia,
a ética.
A cidadania é tarefa que não termina. A cidadania não é como um dever de
casa, onde faço a minha parte, apresento e pronto, acabou. Enquanto seres
inacabados que somos, sempre estaremos buscando, descobrindo, criando e tomando
consciência mais ampla dos nossos direitos. Nunca poderemos chegar e entregar a
tarefa pronta, pois novos desafios na vida social surgirão, demandando novas
conquistas e, portanto, mais cidadania.
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