sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Com a palavra ... a SOCIOLOGIA - TEXTO 3 - 2ª SÉRIE

                                                               Definição de violência urbana


É difícil encontrar uma definição unânime de violência urbana. Trata-se de um tema social extremamente abrangente e pouco elucidativo.  Se por um lado, é um fenômeno social “ (…) situação de marginalidade e desigualdades de  alguns segmentos da sociedade conduz a comportamentos desviantes, os quais constituem hoje grandes preocupações (…)” (Esteves, 1999: 27).  Por outro, o próprio conceito urbano, dá asas a esta fragmentação social.própria cidade é considerada como espaço capaz de gerar por si mesmo a violência (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Económicas, 1991: 44).   Alina Esteves cita “algumas das características dos meios urbanos, como dimensão, densidade e heterogeneidade da sua população, influenciam a prática de atos delituosos, pois determinam as formas de controle social e consequentemente as oportunidades para a execução de crimes” (1999: 29). “ (…) o número de habitantes de uma urbe influencia a vida social, na medida em que quanto maior o número de pessoas, maior a frequência de contactos entre desconhecidos e maiores oportunidades se geram para a prática de furtos, roubos e agressões. (…) nível das diferenças sociais, económicas, étnicas e etárias entre as pessoas residentes, ou ao nível das actividades económicas desenvolvidas, é um elemento potenciador de atos criminosos (…) ”  (idem).




Definição de Violência Urbana ; No entanto, a violência urbana é extremamente abrangente, acolhe a violência doméstica, a violência ao património, a violência verbal, a poluição, a criminalidade… “Entre crime contra pessoas, são o homicídio, as ofensas corporais graves e simples, as injúrias, as ameaças os raptos e sequestros ou as violações; nos crimes contra o património, assumem especial destaque os furtos e roubos a pessoas e da propriedade, a burla a fraude; nos crimes contra a vida em sociedade, o tráfico e o consumo de drogas são responsáveis por grande parte dos valores, e entre os crimes contra o Estado destaca-se a desobediência e coação do funcionário.” (1999: 27). Estas formas de violência  têm um cariz associado a delinquências, a princípios de comportamentos e valores sociais, que consciente ou inconscientemente dá espaço a desigualdades raciais e de oportunidade. Neste contexto, a violência urbana deve ser vista, sob o seu aspecto ideológico. Não esquecendo, de alguma forma, os mecanismos de manutenção social, presentes nos atos de cidadania (Alves, 2008).


A concepção comum de violência urbana encontra-se assim, subdividida em três pontos: a diferença cultural, a diferença racial e a marginalidade social. Assim, do ponto de vista sociológico, a proliferação deste contexto é inevitável e a sua evolução tende a ser cada vez maior Segundo os Inquéritos e autos de crimes registados pelas forças policiais (PSP, GNR, GF, PM) entre 1984 e 1993 segundo a sua natureza. (Esteves, 1999: 94).
Susana de Almeida Barata ; Fac. de Econonia – Coimbra -2008

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