segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Conceitos demográficos são importantes no estudo da população.
Conceitos demográficos são importantes no estudo da população.
Entender a configuração de uma população é algo necessário em virtude de diversos aspectos, por isso ao realizar estudos sobre esse tema é preciso considerar os conceitos demográficos que são informações temáticas que servem para observar as carências em determinados seguimentos sociais. Desse modo, a população pode ser: população absoluta, que corresponde ao número total de habitantes de um determinado lugar (município, estado, país, continente ou no mundo); e população relativa, que corresponde à densidade demográfica, que é resultado do total de habitantes dividido pela área territorial.
Exemplo: O Japão possui uma área de 372.812 Km2 e uma população de 127,9 milhões de habitantes.
D= nº de habitantes
área
D= 127,9 milhões de habitantes
372.812 km2
D=341 habitantes por cada quilômetro quadrado.
Países com elevado número de população absoluta são considerados populosos, no entanto, se analisarmos o número de habitantes por quilômetro quadrado e se esse resultar em números baixos, o país é denominado de restritamente ou intensamente povoado.
Outro fator analisado no estudo da população é quanto às taxas de natalidade ou percentual de nascimentos.
- A Taxa de natalidade é calculada através da divisão entre o número de nascidos vivos pelo número da população absoluta ou total.
Exemplo: Taxa de natalidade = número de nascidos vivos
população absoluta
- Taxa de mortalidade é resultado da divisão entre o número de óbitos e a população absoluta.
Exemplo: Taxa de mortalidade = número de óbitos
população absoluta
- Taxa de fecundidade corresponde às estimativas em relação ao número de filhos que uma mulher pode ter ao longo do período de fertilidade, entre as idades de 15 e 49 anos. Esse processo é interessante para saber a quantidade de filhos ou média do mesmo para cada mulher.
- Crescimento populacional representa o crescimento vegetativo que é calculado a partir da subtração entre o número de nascidos em um ano pelo número de óbitos no mesmo período. Desse modo, se uma cidade possui 1.000 habitantes e em um ano houver 30 nascimentos e 13 falecimentos, o cálculo é feito da seguinte forma:
Crescimento vegetativo = 30 nascidos
13 mortos
Crescimento vegetativo= 17
A partir desse resultado fica claro que houve crescimento, pois esse foi positivo.
O crescimento populacional não se baseia somente no número de nascimentos e de falecimentos, é preciso levar em consideração a taxa de migração, pois há um grande fluxo migratório (pessoas saem do país enquanto outras entram), essa variação corresponde à taxa citada a cima, ou seja, a diferença entre imigrantes e emigrantes.
Por Eduardo de Freitas ,Graduado em Geografia - Equipe Brasil Escola
Org. Regi!s
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Para pensar ... Recomendo um bom filme ... As coisas podem ser determinadas ???
PRESSÁGIO - DUBLADO - FILME COMPLETO
Em certo dia do ano de 1959, crianças de uma escola de educação infantil têm uma tarefa a fazer: desenhar como acha que será o futuro. Os desenhos são colocados dentro de uma cápsula do tempo, que será aberta após 50 anos.
Passam os 50 anos, e a cápsula é aberta com os desenhos que aparentemente são infantis e com muita imaginação. Mas um dos desenhos é diferente, contém uma seqüência numérica, que no inicio não parece nada.
O personagem interpretado por Nicholas Cage, consegue identificar esse código numérico e descobre que são previsões de desastres mundiais, como furacões, tsunamis e acidentes, que já aconteceram ao decorrer dos 50 anos, mas que ainda falta alguns para acontecer. Cabe ao professor tentar evitar que uma enorme catástrofe iminente ocorra.
Passam os 50 anos, e a cápsula é aberta com os desenhos que aparentemente são infantis e com muita imaginação. Mas um dos desenhos é diferente, contém uma seqüência numérica, que no inicio não parece nada.
O personagem interpretado por Nicholas Cage, consegue identificar esse código numérico e descobre que são previsões de desastres mundiais, como furacões, tsunamis e acidentes, que já aconteceram ao decorrer dos 50 anos, mas que ainda falta alguns para acontecer. Cabe ao professor tentar evitar que uma enorme catástrofe iminente ocorra.
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Determinismos ... Teorias que devem ser evitadas ? Porque ?
Ciência da Cultura é a ciência que estuda a Cultura como forma de organização e expressão das sociedadesmundiais. É um ramo de estudo e análise das Ciências Sociais e por ser de certa forma complexa também faz parte do que comumente chamamos de Ciências Históricas. Isto ocorre basicamente pelo fato de a Ciência da Cultura encontrar na Sociologia, na Antropologia e na História uma finalidade comum que é estudar a sociedade tentado explicar a realidade, através das evidências culturais.
A Ciência da Cultura é de enorme importância para os historiadores, pois ela auxilia-os a achar algumas evidências de acontecimentos do passado da humanidade e, desta forma, de estruturas grupais de um determinado tempo remoto, de uma determinada época. Assim, os historiadores conseguem analisar os traços culturais de um povo, buscando as causas de muitas crenças, hábitos, fabricação de objetos, evolução tecnológica e monumentos históricos, que são basicamente patrimônios culturais. Estes, portanto, devem ser protegidos de vandalismos e dos problemas ambientais das sociedades depredatórias de hoje.
O estudo da Ciência da cultura normalmente é divido para facilitar seu objeto de análise:
Antropologia cultural
Estuda o homem como ser cultural. Investiga as culturas humanas no tempo e no espaço; traçando suas origens e desenvolvimento social, suas semelhanças e diferenças, além de uma busca de tentativas de, a partir do homem de antigamente, reconstituir sua história e compreender o homem de hoje, que, por sua vez, sempre manteve sua cultura dinâmica, sempre com seus traços particulares e sociais mutativos, o que faz a Ciência da Cultura apresentar os mesmos tipos de problemas de completa compreensão da sociedade com as outras de Ciências Sociais. A Antropologia cultural muitas vezes é associada a sociologia, tendo alguns sub-ramos, que são:
A arqueologia - estuda os traços das culturas das sociedades do passado, através de vestígios arqueológicos.
A etnografia - estuda as sociedades ágrafas; aquelas que não tem nenhuma forma de escrita.
A etnologia - estuda a análise comparativa entre as diversas culturas.
Linguística - estuda a diversidade de línguas como meio de comunicação e instrumento pensante.
Determinologia Cultural - estuda a cultura como uma mescla de fatores biológicos e geográficos a atráves do Determinismo, que é a corrente de pensamento científico-cultural que fala da localização e da condição genética como influentes. Dentro da Determinologia Cutural temos o Determinismo Biológico e o Geográfico.
Determinismo Biológico
Algumas das características culturais de povos são influenciadas pelos comportamentos genéticos, sabendo-se que existe a cultura individual e a coletiva. Já outras características são influenciadas ou pelo desenvolvimento tecnológico, como uso do raciocínio, ou por alguns dos comportamentos psicológicos. Mesmo assim, existem tanto comportamentos genéticos quanto psicológicos que não influenciam na cultura, pois o que mais influencia é o aprendizado. O melhor exemplo é de uma xinguana que vai morar numa família de elite, citada em um livro de Roque Laraia chamado " Cultura: Um conceito antropológico?", em Ipanema no RJ. neste caso ela mudará seus hábitos desde que inserida na nova família antes dos sete anos.
Determinismo Geográfico
Um ambiente natural pode influenciar no modo de vida de um povo, porém a diversidade cultural não é condicionada pelas características do ambiente em que vivem. As diferentes culturas existentes não podem ser explicadas por caráter biológico ou geográfico, mas pelo conhecimento cultural que é passado ao indivíduo.
Relativismo Cultural
Considerando a extrema diversidade cultural da humanidade, pode-se compreender cada grupo humano; seus valores definidos, suas exclusivas normas de conduta e suas próprias reações psicológicas aos fenômenos do cotidiano, e também suas convenções relativas ao bem e mal, do moral e imoral, ao belo e feio, ao certo e errado ao justo e injusto.
A relatividade cultural ensina que uma cultura deve ser compreendida e avaliada dentro de seus próprios moldes e padrões, mesmo que estes pareçam estranhos e exóticos. Os grupos humanos têm direito de possuir e fazer desenvolver a própria cultura sem interferências externas ( Direito e autonomia tribal). Ex: Aborígines que ainda não foram atingidos pela civilização.
As formas de pensar e agir de grupos diferentes devem merecer o maior respeito possível e por isso, seria injusto a introdução deliberada de mudanças no interior dessas culturas (valores culturais).
Os costumes que diferem muito dos da sociedade civilizada devem ser considerados e avaliados dentro da configuração a que pertencem.
Ex: a prática da antropofagia entre antigos aborígines Tupis que ocupavam o litoral do Brasil. Deve-se considerar que existem modos de vida bons para um grupo e que jamais serviram para outro. Os estudos dos grupos humanos vem demonstrando que embora existam expressivas diferenças culturais,"outras culturas" não são necessariamente inferiores. Mesmo assim, as sociedades "primitivas" são vistas como pertencentes a um estado inferior de desenvolvimento cultural, sendo consideradas selvagens, bárbaras e de mentalidade atrasada. É uma atitude etnocêntrica, condenada pela antropologia, que defende o princípio de que as culturas não são superiores ou inferiores, mas diferentes, com maiores ou menors recursos, com tecnologia mais ou menos desenvolvida.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_da_Cultura
Org: Prof. Regis
A Ciência da Cultura é de enorme importância para os historiadores, pois ela auxilia-os a achar algumas evidências de acontecimentos do passado da humanidade e, desta forma, de estruturas grupais de um determinado tempo remoto, de uma determinada época. Assim, os historiadores conseguem analisar os traços culturais de um povo, buscando as causas de muitas crenças, hábitos, fabricação de objetos, evolução tecnológica e monumentos históricos, que são basicamente patrimônios culturais. Estes, portanto, devem ser protegidos de vandalismos e dos problemas ambientais das sociedades depredatórias de hoje.
O estudo da Ciência da cultura normalmente é divido para facilitar seu objeto de análise:
Antropologia cultural
Estuda o homem como ser cultural. Investiga as culturas humanas no tempo e no espaço; traçando suas origens e desenvolvimento social, suas semelhanças e diferenças, além de uma busca de tentativas de, a partir do homem de antigamente, reconstituir sua história e compreender o homem de hoje, que, por sua vez, sempre manteve sua cultura dinâmica, sempre com seus traços particulares e sociais mutativos, o que faz a Ciência da Cultura apresentar os mesmos tipos de problemas de completa compreensão da sociedade com as outras de Ciências Sociais. A Antropologia cultural muitas vezes é associada a sociologia, tendo alguns sub-ramos, que são:A arqueologia - estuda os traços das culturas das sociedades do passado, através de vestígios arqueológicos.
A etnografia - estuda as sociedades ágrafas; aquelas que não tem nenhuma forma de escrita.
A etnologia - estuda a análise comparativa entre as diversas culturas.
Linguística - estuda a diversidade de línguas como meio de comunicação e instrumento pensante.
Determinologia Cultural - estuda a cultura como uma mescla de fatores biológicos e geográficos a atráves do Determinismo, que é a corrente de pensamento científico-cultural que fala da localização e da condição genética como influentes. Dentro da Determinologia Cutural temos o Determinismo Biológico e o Geográfico.
Determinismo Biológico
Algumas das características culturais de povos são influenciadas pelos comportamentos genéticos, sabendo-se que existe a cultura individual e a coletiva. Já outras características são influenciadas ou pelo desenvolvimento tecnológico, como uso do raciocínio, ou por alguns dos comportamentos psicológicos. Mesmo assim, existem tanto comportamentos genéticos quanto psicológicos que não influenciam na cultura, pois o que mais influencia é o aprendizado. O melhor exemplo é de uma xinguana que vai morar numa família de elite, citada em um livro de Roque Laraia chamado " Cultura: Um conceito antropológico?", em Ipanema no RJ. neste caso ela mudará seus hábitos desde que inserida na nova família antes dos sete anos.
Determinismo Geográfico
Um ambiente natural pode influenciar no modo de vida de um povo, porém a diversidade cultural não é condicionada pelas características do ambiente em que vivem. As diferentes culturas existentes não podem ser explicadas por caráter biológico ou geográfico, mas pelo conhecimento cultural que é passado ao indivíduo.
Relativismo Cultural
Considerando a extrema diversidade cultural da humanidade, pode-se compreender cada grupo humano; seus valores definidos, suas exclusivas normas de conduta e suas próprias reações psicológicas aos fenômenos do cotidiano, e também suas convenções relativas ao bem e mal, do moral e imoral, ao belo e feio, ao certo e errado ao justo e injusto.A relatividade cultural ensina que uma cultura deve ser compreendida e avaliada dentro de seus próprios moldes e padrões, mesmo que estes pareçam estranhos e exóticos. Os grupos humanos têm direito de possuir e fazer desenvolver a própria cultura sem interferências externas ( Direito e autonomia tribal). Ex: Aborígines que ainda não foram atingidos pela civilização.
As formas de pensar e agir de grupos diferentes devem merecer o maior respeito possível e por isso, seria injusto a introdução deliberada de mudanças no interior dessas culturas (valores culturais).
Os costumes que diferem muito dos da sociedade civilizada devem ser considerados e avaliados dentro da configuração a que pertencem.
Ex: a prática da antropofagia entre antigos aborígines Tupis que ocupavam o litoral do Brasil. Deve-se considerar que existem modos de vida bons para um grupo e que jamais serviram para outro. Os estudos dos grupos humanos vem demonstrando que embora existam expressivas diferenças culturais,"outras culturas" não são necessariamente inferiores. Mesmo assim, as sociedades "primitivas" são vistas como pertencentes a um estado inferior de desenvolvimento cultural, sendo consideradas selvagens, bárbaras e de mentalidade atrasada. É uma atitude etnocêntrica, condenada pela antropologia, que defende o princípio de que as culturas não são superiores ou inferiores, mas diferentes, com maiores ou menors recursos, com tecnologia mais ou menos desenvolvida.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_da_Cultura
Org: Prof. Regis
terça-feira, 7 de agosto de 2012
ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO CULTURAL - TEXTO 1º ANO E.M
Etnocentrismo e Relativismo Cultural
É norma socialmente reconhecida entre nós que devemos cuidar dos nossos pais e de familiares quando atingem uma idade avançada; os Esquimós deixam-nos morrer de fome e de frio nessas mesmas condições. Algumas culturas permitem práticas homossexuais enquanto outras as condenam (pena de morte na Arábia Saudita). Em vários países muçulmanos a poligamia é uma prática normal, ao passo que nas sociedades cristãs ela é vista como imoral e ilegal. Certas tribos da Nova Guiné consideram que roubar é moralmente correto; a maior parte das sociedades condenam esse ato. O infanticídio é moralmente repelente para a maior parte das culturas, mas algumas ainda o praticam. Em certos países a pena de morte vigora, ao passo que em outras foi abolida; algumas tribos do deserto consideravam um dever sagrado matar após terríveis torturas um membro qualquer da tribo a que pertenciam os assassinos de um dos seus.
Centenas de páginas seriam insuficientes para documentarmos a relatividade dos padrões culturais, a grande diversidade de normas e práticas culturais que existem atualmente e também as que existiram.Até há bem pouco tempo muitas culturas e sociedades viviam praticamente fechadas sobre si mesmas, desconhecendo-se mutuamente e desenvolvendo bizarras crenças acerca das outras.
Os europeus que viajaram para as Américas no século XVI acreditavam que iam encontrar gigantes, amazonas e pigmeus, a Fonte da Eterna Juventude, mulheres cujos corpos nunca envelheciam e homens que viviam centenas de anos. Os índios americanos foram inicialmente olhados como criaturas selvagens que tinham mais afinidades com os animais do que com os seres humanos. Para Celso, nunca lá tendo ido, descreveu o continente norte-americano povoado por criaturas que eram meio homens meio bestas. Julgava-se que os índios, os nativos desse continente, eram seres sem alma nascidos espontaneamente das profundezas da terra. O bispo de Santa Marta, na Colômbia, descrevia os indígenas como homens selvagens das florestas e não homens dotados de uma alma racional, motivo pelo qual não podiam assimilar nenhuma doutrina cristã, nenhum ensinamento, nem adquirir a virtude
Anthony Giddens, Sociology, Polity Press,Cambridge , p. 30 .Durante o século XIX os missionários cristãos em África e nas ilhas do Pacífico forçaram várias tribos nativas a mudar os seus padrões de comportamento. Chocados com a nudez pública, a poligamia e o trabalho no dia do Senhor, decidiram, paternalistas, reformar o modo de vida dos "pagãos". Proibiram os homens de ter mais de uma mulher, instituíram o sábado como dia de descanso e vestiram toda a gente. Estas alterações culturais, impostas a pessoas que dificilmente compreendiam a nova religião, mas que tinham de se submeter ao poder do homem branco, revelaram-se, em muitos casos, nocivas: criaram mal-estar social, desespero entre as mulheres e orfandade entre as crianças.
Anthony Giddens, Sociology, Polity Press,
Se bem que o complexo de superioridade cultural não fosse um exclusivo dos Europeus (os chineses do século XVIII consideraram desinteressantes e bárbaros os seus visitantes ingleses), o domínio tecnológico, científico e militar da Europa, bem vincado a partir das Descobertas, fez com que os Europeus julgassem os próprios padrões, valores e realizações culturais como superiores. Povos pertencentes a sociedades diferentes foram, na sua grande maioria, desqualificados como inferiores, bárbaros e selvagens.
O etnocentrismo é a atitude característica de quem só reconhece legitimidade e validade às normas e valores vigentes na sua cultura ou sociedade. Tem a sua origem na tendência de julgarmos as realizações culturais de outros povos a partir dos nossos próprios padrões culturais, pelo que não é de admirar que consideremos o nosso modo de vida como preferível e superior a todos os outros. Os valores da sociedade a que pertencemos são, na atitude etnocêntrica, declarados como valores universalizáveis, aplicáveis a todos os homens, ou seja, dada a sua "superioridade" devem ser seguidos por todas as outras sociedades e culturas. Adaptando esta perspectiva, não é de estranhar que alguns povos tendam a intitular-se os únicos legítimos e verdadeiros representantes da espécie humana.
Quais os perigos da atitude etnocêntrica? A negação da diversidade cultural humana (como se uma só cor fosse preferível ao arco-íris) e, sobretudo os crimes, massacres e extermínios que a conjugação dessa atitude ilegítima com ambições econômicas provocou ao longo da História.
Depois da Segunda Guerra Mundial e do extermínio de milhões de indivíduos pertencentes a povos que pretensos representantes de valores culturais superiores definiram como sub-humanos, a antropologia cultural promoveu a abertura das mentalidades, a compreensão e o respeito pelas normas (valores das outras culturas Mensagens fundamentais:
a) Em todas as culturas encontramos valores positivos e valores negativos;
b) Se certas normas e práticas nos parecem absurdas devemos procurar o seu sentido integrando-as na totalidade cultural sem a qual são incompreensíveis,
c) O conhecimento metódico e descomplexado de culturas diferentes da nossa permite-nos compreender o que há de arbitrário nalguns dos nossos costumes, torna legítimo optar, por exemplo, por orientações religiosas que não aquelas em que fomos educados, questionar determinados valores vigentes, propor novos critérios de valoração das relações sociais, com a natureza, etc.
A defesa legítima da diversidade cultural conduziu, contudo, muitos antropólogos atuais a exagerarem a diversidade das culturas e das sociedades: não existiriam valores universais ou normas de comportamentos válidos independentemente do tempo e do espaço. As valorações são relativas a um determinado contexto cultural, pelo que julgar as práticas de uma certa sociedade, não existindo escala de valores universalmente aceitos, seria avaliá-los em função dos valores que vigoram na nossa cultura.
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segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Transição demográfica e crescimento populacional
Cláudio Mendonça
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Grandes debates sobre o crescimento populacional surgiram a partir daRevolução industrial . Depois de um longo período de crescimento lento entre a Idade Média e meados do século 18, a população começou a aumentar num ritmo surpreendente e, para muitos, alarmante. Considerando-se todo o tempo da presença do homem na Terra , calcula-se que somente por volta de 1830 o planeta alcançou o seu primeiro bilhão de habitantes. Atualmente, nem dois séculos passados, somos 6,5 bilhões de seres humanos.
Para muitos, o crescimento populacional ocorrido após a Revolução Industrial era uma realização promissora da humanidade: representava uma conquista do homem que, ao se adaptar melhor à vida no planeta, conseguia viver cada vez mais. Para outros, o crescimento populacional era motivo de preocupação e deveria ser combatido, pois anunciava grandes problemas futuros.
Malthus afirmava que "a população, quando não controlada, cresce numaprogressão geométrica . Os meios de subsistência crescem apenas numaprogressão aritmética . Um pequeno conhecimento de números demonstrará a enormidade do primeiro poder em comparação com o segundo. (...) Isso implica um obstáculo que atua de modo firme e constante sobre a população, a partir da dificuldade de subsistência".
O demógrafo considerava que esta realidade era responsável pela fome, pela subnutrição, pelas epidemias, pelas guerras motivadas pelas disputas territoriais e pela falta de moralidade. A solução que propunha eram medidas do poder público para controlar o crescimento da população. Também era contrário à Lei dos Pobres (Poor Law), da Inglaterra, que obrigava ao Estado prover as necessidades humanas vitais aos menos favorecidos. Essa lei, segundo ele, estimulava o crescimento populacional descontrolado, por amparar justamente aqueles que mais procriavam e menos tinham condições de sustentar os filhos que colocavam no mundo.
As idéias de Malthus encontraram eco e adeptos em todo mundo e, vez por outra, são ressuscitada nos mais diferentes contextos, embora novas concepções já tenham contestado cientificamente sua validade.
Ela explica que, durante uma longa fase da história, a natalidade e a mortalidade mantiveram-se elevadas e próximas, caracterizando um crescimento lento. Guerras, epidemias e fome dizimavam comunidades inteiras. A partir da Revolução Industrial teve início a primeira fase, das três que caracterizam o modelo de transição demográfica.
Apesar das péssimas condições de moradia e saúde das cidades industriais, até pelo menos o final do século 19, a elevação da produtividade e da oferta de bens de subsistência propiciaram progressiva melhora no padrão de vida da população. Conquistas sanitárias e médicas, associadas a esta fase de desenvolvimento científico e tecnológico, tiveram impactos diretos na saúde pública e, conseqüentemente, na queda das taxas de mortalidade. Portanto, a primeira fase de transição demográfica é marcada pelo rápido crescimento da população, favorecido pela queda da mortalidade já que as taxas de natalidade, ainda, permaneceram algum tempo elevadas.
2ª. fase - transição da fecundidade
A segunda fase caracteriza-se pela diminuição das taxas de fecundidade (ou seja, o número médio de filhos por mulher em idade de procriar, entre 15 a 49 anos), provocando queda da taxa de natalidade mais acentuada que a de mortalidade e desacelerando o ritmo de crescimento da população.
Aos poucos foram sendo rompidos os padrões culturais e históricos que se caracterizavam pela formação de famílias numerosas. Mas estas transformações culturais foram mais lentas. Levou um certo tempo para que os hábitos e costumes comunitários da sociedade anterior, baseados na organização de um outro padrão familiar, fossem rompidos. A mortalidade infantil elevada induzia as famílias a terem muitos filhos, contando com o fato de que nem todos eles sobreviveriam. Os efeitos sociais das conquistas sanitárias na qualidade de vida permitiram que a mortalidade infantil também diminuísse e as famílias pudessem planejar o que consideravam o número ideal de filhos, numa sociedade que se modernizava.
3ª. fase - a estabilização demográfica
Na terceira fase da transição demográfica as taxas de crescimento ficam próximas de 0%. Ela é o resultado da tendência iniciada na segunda fase: o declínio da fecundidade e a ampliação da expectativa média de vida que acentuou o envelhecimento da população. As taxas de natalidade e de mortalidade se aproximaram a tal ponto que uma praticamente anula o efeito da outra. Esta é a situação encontrada há pouco mais de uma década em diversos países europeus e é denominada de fase de estabilização demográfica.
Para muitos, o crescimento populacional ocorrido após a Revolução Industrial era uma realização promissora da humanidade: representava uma conquista do homem que, ao se adaptar melhor à vida no planeta, conseguia viver cada vez mais. Para outros, o crescimento populacional era motivo de preocupação e deveria ser combatido, pois anunciava grandes problemas futuros.
"Ensaio sobre a população"
A análise mais clássica sobre esta questão surgiu em 1798, quando oeconomista e demógrafo inglês Thomas Robert Malthus publicou o "Ensaio sobre a população". Nesse trabalho, avaliava que o crescimento populacional era uma das principais limitações ao progresso da sociedade. Segundo Malthus o crescimento ilimitado da população não se ajustava à capacidade limitada dos recursos naturais existentes no planeta.Malthus afirmava que "a população, quando não controlada, cresce numaprogressão geométrica . Os meios de subsistência crescem apenas numaprogressão aritmética . Um pequeno conhecimento de números demonstrará a enormidade do primeiro poder em comparação com o segundo. (...) Isso implica um obstáculo que atua de modo firme e constante sobre a população, a partir da dificuldade de subsistência".
O demógrafo considerava que esta realidade era responsável pela fome, pela subnutrição, pelas epidemias, pelas guerras motivadas pelas disputas territoriais e pela falta de moralidade. A solução que propunha eram medidas do poder público para controlar o crescimento da população. Também era contrário à Lei dos Pobres (Poor Law), da Inglaterra, que obrigava ao Estado prover as necessidades humanas vitais aos menos favorecidos. Essa lei, segundo ele, estimulava o crescimento populacional descontrolado, por amparar justamente aqueles que mais procriavam e menos tinham condições de sustentar os filhos que colocavam no mundo.
As idéias de Malthus encontraram eco e adeptos em todo mundo e, vez por outra, são ressuscitada nos mais diferentes contextos, embora novas concepções já tenham contestado cientificamente sua validade.
Transição demográfica
O conceito de transição demográfica foi introduzido por Frank Notestein, em 1929, e é a contestação factual da lógica malthusiana. Foi elaborada a partir da interpretação das transformações demográficas sofridas pelos países que participaram da Revolução Industrial nos séculos 18 e 19, até os dias atuais. A partir da análise destas mudanças demográficas foi estabelecido um padrão que, segundo alguns demógrafos, pode ser aplicado aos demais países do mundo, embora em momentos históricos e contextos econômicos diferentes.Ela explica que, durante uma longa fase da história, a natalidade e a mortalidade mantiveram-se elevadas e próximas, caracterizando um crescimento lento. Guerras, epidemias e fome dizimavam comunidades inteiras. A partir da Revolução Industrial teve início a primeira fase, das três que caracterizam o modelo de transição demográfica.
1ª. fase - transição da mortalidade
A Revolução Industrial, o processo de urbanização e de modernização da sociedade foram responsáveis, num primeiro momento, por um crescimento populacional acelerado nos países europeus e posteriormente nos Estados Unidos , Japão , Austrália e outros.Apesar das péssimas condições de moradia e saúde das cidades industriais, até pelo menos o final do século 19, a elevação da produtividade e da oferta de bens de subsistência propiciaram progressiva melhora no padrão de vida da população. Conquistas sanitárias e médicas, associadas a esta fase de desenvolvimento científico e tecnológico, tiveram impactos diretos na saúde pública e, conseqüentemente, na queda das taxas de mortalidade. Portanto, a primeira fase de transição demográfica é marcada pelo rápido crescimento da população, favorecido pela queda da mortalidade já que as taxas de natalidade, ainda, permaneceram algum tempo elevadas.
2ª. fase - transição da fecundidade
A segunda fase caracteriza-se pela diminuição das taxas de fecundidade (ou seja, o número médio de filhos por mulher em idade de procriar, entre 15 a 49 anos), provocando queda da taxa de natalidade mais acentuada que a de mortalidade e desacelerando o ritmo de crescimento da população.
Aos poucos foram sendo rompidos os padrões culturais e históricos que se caracterizavam pela formação de famílias numerosas. Mas estas transformações culturais foram mais lentas. Levou um certo tempo para que os hábitos e costumes comunitários da sociedade anterior, baseados na organização de um outro padrão familiar, fossem rompidos. A mortalidade infantil elevada induzia as famílias a terem muitos filhos, contando com o fato de que nem todos eles sobreviveriam. Os efeitos sociais das conquistas sanitárias na qualidade de vida permitiram que a mortalidade infantil também diminuísse e as famílias pudessem planejar o que consideravam o número ideal de filhos, numa sociedade que se modernizava.
3ª. fase - a estabilização demográfica
Na terceira fase da transição demográfica as taxas de crescimento ficam próximas de 0%. Ela é o resultado da tendência iniciada na segunda fase: o declínio da fecundidade e a ampliação da expectativa média de vida que acentuou o envelhecimento da população. As taxas de natalidade e de mortalidade se aproximaram a tal ponto que uma praticamente anula o efeito da outra. Esta é a situação encontrada há pouco mais de uma década em diversos países europeus e é denominada de fase de estabilização demográfica.
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