Por: Fernanda Silva dos Santos
Muita polêmica está se criando em volta, da aprovação automática nas escolas do município do Rio de Janeiro, tal aprovação levanta a discussão em torno da cultura do mérito tão difundida na sociedade brasileira.
Tal cultura defende a promoção através do esforço individual, ou seja, teoricamente as oportunidades seriam iguais para todos, destes o mais bem preparado, mais esforçado seria recompensado, tendo como fruto de seu esforço um “lugar ao sol”.
No entanto sabemos que na elitizada sociedade brasileira, a igualdade de oportunidades, é quase uma utopia, poucos são aqueles que conseguem só pelo esforço pessoal, chegar aos patamares mais altos da pirâmide social em que esta dividida sociedade brasileira.
Principalmente quando se trata de educação, aí é que se vê o quanto, a sociedade brasileira é desigual, desde o Brasil colônia, quando os filhos dos mais abastados iam para o exterior , prosseguir seus estudos, enquanto a maioria esmagadora da população era analfabeta, até a chegada da família real ao país onde as primeiras escolas de ensino superior eram destinadas aos filhos das minorias privilegiadas.
A criação de escolas públicas na primeira metade do século XX teria como objetivo democratizar o ensino, no entanto estas ainda eram em sua maioria, destinadas as classes mais privilegiadas, colégios como o Pedro II eram exemplo de escolas públicas, destinadas aqueles que tinham uma condição social privilegiada.
No entanto com a abertura do ensino público, ao “público” ( classes populares) , e com sua gradual sucatização deste principalmente durante o regime militar, as classes médias foram se afastando destes procurando abrigo nas escolas particulares cada vez em grau maior de expansão, o abandono das escolas públicas pelas elites foi o começo do fim, a derrocada do ensino público( Ensino Fundamental e Médio).
Um ensaio de ressuscitação do ensino público deu sinal de que traria de volta a escola pública de qualidade com a criação dos CIEP’s por Darcy Ribeiro, seriam escolas de educação integral onde as crianças estudariam e se dedicariam a outras atividades artísticas e esportivas, no entanto interesses políticos acabaram por “enterrar “ a boa idéia da educação integral trazida pelos CIEP’s que tornaram-se esqueletos de um sonho da educação pública de qualidade.
Vemos novamente com a ameaça de aprovação automática, não que a reprovação seja um estimulo para a melhora de um aluno, mas em último caso é melhor reprovar um aluno, do que aprovar uma criança que as vezes mal sabe ler e escrever, tal prática parece uma forma cruel de exclusão, partindo do pressuposto de que vivemos em uma sociedade onde a competitividade no mercado de trabalho é cada vez maior e que se exige um nível de estudo gradativamente mais alto, que espécie de oportunidade terão estas crianças?
Certamente chegaram o ensino médio sem ao menos saber ler ou escrever direito, pior, sem conseguirem interpretar um simples texto, como poderão chegar à faculdade? Que chances terão de passar em um vestibular? Estaremos formando uma classe de excluídos, a aprovação automática deveria certamente se chamar exclusão automática, pois é a esta triste sina, que estas crianças estarão condenadas.
Por: Fernanda Silva dos Santos
Referencias :
NUNES, Clarice A história da Educação brasileira. http://www.prossiga.br/anisioteixeira/fran/artigos/historia.html
Tal cultura defende a promoção através do esforço individual, ou seja, teoricamente as oportunidades seriam iguais para todos, destes o mais bem preparado, mais esforçado seria recompensado, tendo como fruto de seu esforço um “lugar ao sol”.
No entanto sabemos que na elitizada sociedade brasileira, a igualdade de oportunidades, é quase uma utopia, poucos são aqueles que conseguem só pelo esforço pessoal, chegar aos patamares mais altos da pirâmide social em que esta dividida sociedade brasileira.
Principalmente quando se trata de educação, aí é que se vê o quanto, a sociedade brasileira é desigual, desde o Brasil colônia, quando os filhos dos mais abastados iam para o exterior , prosseguir seus estudos, enquanto a maioria esmagadora da população era analfabeta, até a chegada da família real ao país onde as primeiras escolas de ensino superior eram destinadas aos filhos das minorias privilegiadas.
A criação de escolas públicas na primeira metade do século XX teria como objetivo democratizar o ensino, no entanto estas ainda eram em sua maioria, destinadas as classes mais privilegiadas, colégios como o Pedro II eram exemplo de escolas públicas, destinadas aqueles que tinham uma condição social privilegiada.
No entanto com a abertura do ensino público, ao “público” ( classes populares) , e com sua gradual sucatização deste principalmente durante o regime militar, as classes médias foram se afastando destes procurando abrigo nas escolas particulares cada vez em grau maior de expansão, o abandono das escolas públicas pelas elites foi o começo do fim, a derrocada do ensino público( Ensino Fundamental e Médio).
Um ensaio de ressuscitação do ensino público deu sinal de que traria de volta a escola pública de qualidade com a criação dos CIEP’s por Darcy Ribeiro, seriam escolas de educação integral onde as crianças estudariam e se dedicariam a outras atividades artísticas e esportivas, no entanto interesses políticos acabaram por “enterrar “ a boa idéia da educação integral trazida pelos CIEP’s que tornaram-se esqueletos de um sonho da educação pública de qualidade.
Vemos novamente com a ameaça de aprovação automática, não que a reprovação seja um estimulo para a melhora de um aluno, mas em último caso é melhor reprovar um aluno, do que aprovar uma criança que as vezes mal sabe ler e escrever, tal prática parece uma forma cruel de exclusão, partindo do pressuposto de que vivemos em uma sociedade onde a competitividade no mercado de trabalho é cada vez maior e que se exige um nível de estudo gradativamente mais alto, que espécie de oportunidade terão estas crianças?
Certamente chegaram o ensino médio sem ao menos saber ler ou escrever direito, pior, sem conseguirem interpretar um simples texto, como poderão chegar à faculdade? Que chances terão de passar em um vestibular? Estaremos formando uma classe de excluídos, a aprovação automática deveria certamente se chamar exclusão automática, pois é a esta triste sina, que estas crianças estarão condenadas.
Por: Fernanda Silva dos Santos
Referencias :
NUNES, Clarice A história da Educação brasileira. http://www.prossiga.br/anisioteixeira/fran/artigos/historia.html
Org. : Rég!s
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