segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PROVA 8ª SÉRIES - 4º BIMESTRE - COM RESPOSTA - SIMULADO

1 – Em 24 de outubro próximo passado, chefes de Estados, reunidos em Nova Iorque, comemoraram 50.o aniversário da Organização das Nações Unidas - ONU. O que representa esta organização?
a) A organização dos países do Ocidente para o enfrentamento com os países do Oriente.
b) A vitória da Liga das Nações, vigente durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.
c) O fim da guerra fria entre o mundo capitalista e o mundo comunista.
d) A descolonização da América e da África e os respectivos engajamentos políticos dos dois continentes.
e) Uma força internacional acima das nações, na defesa da paz mundial, dos direitos do homem e da igualdade dos povos. CORRETA

2 - Sobre a política trabalhista do Estado Novo é correto afirmar que:
a) autorizava a greve e não se inspirava na Carta Del Lavoro, vigente na Itália fascista.
b) embora sendo reconhecidos os benefícios sociais do salário mínimo, da Justiça do Trabalho e da CLT, Vargas manipulava as lideranças sindicais e as relações com o Estado eram caracterizadas pelo paternalismo e pelo intervencionismo. CORRETA
c) nesse período vigorou um sindicalismo autêntico, livre da figura do “pelego” ou líder sindical manipulado pelo Estado.
d) a criação do imposto sindical trouxe enormes vantagens sociais, não representando um instrumento de subordinação ao Estado.
e) Vargas procurou manter uma postura liberal, não interferindo nas relações capital e trabalho.

3 - .O fato concreto que desencadeou a Segunda Guerra Mundial foi:
a) a saída dos invasores alemães do território dos Sudetos na Tchecoslováquia.
b) a tomada do "corredor polonês" que desembocava na cidade livre de Dantzig (atual Gdansk) pelos italianos.
c) a invasão da Polônia por tropas nazistas e a ação da Inglaterra e da França em socorro dos seus aliados, declarando guerra ao Terceiro Reich. CORRETA
d) a efetivação de "Anschluss", que desmembrava a Áustria da Alemanha.
e) a invasão da Petrônia por tropas alemãs, quebrando o Pacto Germânico-Soviético.

4 - A abolição do princípio da propriedade privada, a estatização dos meios de produção e a assinatura de um tratado de paz com a Alemanha, marcando a saída do país da guerra, foram as principais medidas adotadas na Rússia por:
a) Stálin, em agosto de 1929.
b) Kornilov, em setembro de 1921
c) Trotsky, em abril de 1924.
d) Kerensky, em fevereiro de 1917.
e) Lênin, em outubro de 1917. CORRETA

5 - "Desde os primeiros dias da Revolução, o nosso partido teve a convicção de que a lógica dos acontecimentos o levaria ao poder." (Leon Trotsky) Tal convicção foi posteriormente confirmada e a Revolução Russa de 1917 caracterizou-se como um dos mais importantes acontecimentos históricos da primeira metade do século XX, na medida em que significou a tentativa de se implantar o primeiro Estado socialista, experiência até então, sem precedentes. Dentre os fatores que favoreceram a eclosão dessa Revolução, identificamos corretamente o(a):
a) acirramento da crise econômica e social decorrente da participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial, que agravou a carestia generalizada de alimentos e as greves, e enfraqueceu a autoridade governamental do Czar. CORRETA
b) desenvolvimento tardio do capitalismo industrial na Rússia, que favoreceu o afastamento da aristocracia rural e do exército da base de poder da monarquia czarista, substituídos pela burguesia e o operariado.
c) substituição da autocracia czarista por um governo fundamentado em uma monarquia parlamentar liberal, que ampliou os direitos políticos individuais fortalecendo os partidos políticos, inclusive os mencheviques revolucionários.
d) Revolução burguesa de 1905, que concedeu autonomia política e administrativa às nacionalidades que formavam o Império Russo, implementando uma política de reforma agrária que extinguiu os privilégios da aristocracia fundiária e da Igreja Ortodoxa.
e) vitória dos bolcheviques e mencheviques nas eleições da Duma legislativa (1906) convocada pelo Czar, após o "Domingo Sangrento", na qual obtiveram uma maioria parlamentar que possibilitou a implantação de diversas reformas econômicas socializantes.

6 - "... derrota na guerra, deserções, motins militares contra os superiores, greves nas fábricas, falta de gêneros alimentícios e combustíveis nas principais cidades, queda na produção, aviltamento dos salários, incapacidade governamental e crescente miséria das massas." O quadro descrito no texto conduziu à:
a) derrota dos franceses no Vietnã em 1954.
b) Revolução Russa em 1917. CORRETA
c) rebelião Boxer na China em 1900.
d) Segunda Guerra Mundial em 1939.
e) descolonização Afro-Asiática em 1945
7 - Getúlio Vargas pôde, em 1937, inaugurar um novo governo, conhecido como Estado Novo. Sobre esse período, é correto afirmar que:
a) era caracterizado pelo exercício da democracia e das liberdades civis, em repúdio às idéias comunistas que ameaçavam a nação, dada a intenção desses grupos revolucionários de chegar ao poder por meio de um golpe.
b) diante da ameaça comunista, o Parlamento, as Assembléias Estaduais, assim como as Câmaras Municipais, passaram a legislar e a intervir em diversos assuntos da política nacional.
c) ocorreu a imposição de uma Constituição autoritária, influenciada pelas doutrinas fascistas que vigoravam em algumas nações européias, o que representou o início de um período de ditadura. CORRETA
d) dentro do novo regime, graças à subordinação das corporações sindicais ao Estado, que passou a controlar a ação dos trabalhadores, houve a conquista de direitos trabalhistas, resultado da boa vontade das elites empresariais.
e) a conjuntura econômica internacional contribuiu para a consolidação do Estado Novo, que, diante da crise que ainda persistia no setor cafeeiro, aumentou o seu papel interventor, buscando soluções nacionais.

8 – Indique abaixo o nome que a Bienal Internacional de Artes de São Paulo recebeu em 2011 ?
a) Já na bienal visitada pelas 8ªs séries do Felipe Cantúsio é uma edição comemorativa aos seus 60 anos de existência. Ela traz o nome de: “Em nome dos artistas” “. Aluna do Ensino Fundamental – Ensino Fundamental CORRETA
b) Já na bienal visitada pelas 8ªs séries do Felipe Cantúsio é uma edição especial da década , pela suas três décadas de existência. Ela traz o nome de: “Regência Trina de Artes “. Aluna do Ensino Fundamental – Ensino Fundamental
c) Já na bienal visitada pelas 8ªs séries do Felipe Cantúsio é uma edição comemorativa aos seus 50 anos de existência. Ela traz o nome de: “Em nome dos escritores “. Aluna do Ensino Fundamental – Ensino Fundamental
d) Já na bienal visitada pelas 8ªs séries do Felipe Cantúsio não é uma edição comemorativa aos seus 60 anos de existência. Ela traz o nome de: “Em nome dos altistas” “. Aluna do Ensino Fundamental – Ensino Fundamental
e) Já na bienal visitada pelas 8ªs séries do Felipe Cantúsio é uma edição comemorativa aos seus 70 anos de existência. Ela traz o nome de: “Em nome dos artistas” “. Aluna do Ensino Fundamental – Ensino Fundamental

9 - "Morre um homem por minuto em Ruanda. Um homem morre por minuto numa nação do continente onde o Homo Sapiens surgiu há um milhão de anos... Para o ano 2000 só faltam seis, mas a Humanidade não ingressará no terceiro milênio, enquanto a África for o túmulo da paz." (Augusto Nunes, in: jornal O GLOBO, 6.8.94) A situação de instabilidade no continente africano é o resultado de diversos fatores históricos, dentre os quais destacamos o(a):
a) fortalecimento político dos antigos impérios coloniais na região, apoiado pela Conferência de Bandung.
b) declínio dos nacionalismos africanos causado pelo final da Guerra Fria.
c) acirramento das guerras intertribais no processo de descolonização que não respeitou as características culturais do continente. CORRETA
d) fim da dependência econômica ocorrida com as independências políticas dos países africanos, após a década de 50.
e) difusão da industrialização no continente africano, que provocou suas grandes desigualdades sociais.

10 – Indique a afirmativa correta :

a ) A segunda Bienal de São Paulo ocorreu em 1951 devido aos esforços do empresário e e investidor financeiro Francisco Jorge Sobrinho (1892 - 1977) (conhecido como Conde Matarazzo) e de sua esposa Patrícia Penteado. A segunda edição (1953) ficou famosa por trazer ao Brasil a até então inédita no país Monalisa, de Pablo Picasso
b) A segunda Bienal de São Paulo ocorreu em 1954 devido aos esforços do empresário e mecenas Francisco Matarazzo Sobrinho (1892 - 1977) (Matinazzo) e de sua esposa Patrícia Penteado. A segunda edição (1953) ficou famosa por trazer ao Brasil a até então inédita no país Guernica, de Pablo Picasso.
c ) A primeira Bienal de São Paulo ocorreu em 1950 devido aos esforços do empresário e mecenas Francisco Matarazzo Sobrinho (1892 - 1977) (conhecido como Ciccillo Matarazzo) e de sua esposa Yolanda Penteado. A segunda edição (1953) ficou famosa por trazer aoBrasil a até então inédita no país Guernica, de Pablo Picasso.
d) A segunda Bienal de São Paulo ocorreu em 1951 devido aos esforços do empresário e e investidor financeiro Francisco Jorge Sobrinho (1892 - 1977) (conhecido como Conde Matarazzo) e de sua esposa Patrícia Penteado. A segunda edição (1953) ficou famosa por trazer aoBrasil a até então inédita no país Guernica, de Pablo Picasso.
e) A primeira Bienal de São Paulo ocorreu em 1951 devido aos esforços do empresário e mecenas Francisco Matarazzo Sobrinho (1892 - 1977) (conhecido como Ciccillo Matarazzo) e de sua esposa Yolanda Penteado. A segunda edição (1953) ficou famosa por trazer ao Brasil a até então inédita no país Guernica, de Pablo Picasso CORRETA

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO ( 8ª SÉRIES ) A VISITA !!!




“ ... Na homenagem de 60 anos da Bienal , os temas estavam bem expostos e distintos entre si. O observador tinha uma certa facilidade de interpretar a mensagem que o autor da obra queria passar, fazendo com que umas das coisas mais difícil de se interpretar, a arte , se tornasse clara e atraente. Na "Mother and Child Divided", de Damien Hirst. Nessa obra havia uma vaca partida ao meio , e seu filho também separado dela e rapartido ao meio.
O artista fez com que o público entendesse a mensagem que muitos filhos hoje em dia não tem mais a união com seus pais por diversos motivos em que a mesma é essencial para a formação ética e moral de qualquer ser humano.Também nos faz refletir no mundo em que vivemos hoje , muitos problemas sócias vão se agravando pela falta de um bom alicerce familiar.O artista fez relações entre a vida e a morte em várias obras como o quadro Leucemia , câncer entre outros . “ Gabriela Pinheiro dos Santos – Ensino Fundamental






“ ... Já na bienal visitada pelas 8ªs séries do Felipe Cantúsio é uma edição comemorativa aos seus 60 anos de existência. Ela traz o nome de: “Em nome dos artistas” “. Letícia Peixoto – Ensino Fundamental






Diferente Da Bienal de 1975,essa de 2011 tem apenas artistas norte-americanos,e um artista inglês.Artistas como : Jeff Koons,Frank Benson,Damien Hirst, Jason Meadows,Dan Colen,Taft Green,entre outros. A maioria das obras expostas nunca vieram ao Brasil. “ ANE CAROLINE HEREDIA - Ensino Fundamental






“ A bienal de 2011 era dividida por artistas alguns se expressavam com filmes,pinturas,maquetes. Esta bienal esta bem elaborada porque esta bem dividida não esta igual a de 1977 a de 2011 você poderia fugir um pouco do tema ... Algumas artes para ser colocada na exposição teve q se evacuar o pátio inteiro para colocar ela ; exemplo a arte a foto de cima , teve que evacuar o pátio porque tinha muito formol dentro desse vidro “ Aluno do E.F






“ Na 5ª edição da Bienal Internacional de São Paulo (1959), foram homenageados vários artistas, entre eles: Manabu Mabe e Marcelo Grassmann. Pois eles foram cortados da edição anterior e o júri os premiou nesta Quinta edição. Já nos 60 anos de Bienal Internacional de São Paulo (2011) os principais artistas foram Jeff Koons e Damien Hirst. Eles representam as ultimas três décadas do cenário americano e britânico. “ Daniele Rodrigues Teixeira – Ensino Fundamental “





“ No meu ponto de vista as obras mais interessantes eram a do Hulk a da centopéia e a da vaca e os autores que a fizeram são os melhores de lá da exposição. Um deles que eu lembro chama Damiã além da obra dele que eu vi eu acho que havia duas ou mais obras de que eu achei super interessantes. “ Felipe Grigolon da Rocha - Ensino Fundamental




“ A exposição conta com três andares repletos de obras e várias salas algumas sendo para maiores de 18 anos ... obras de Jeff Koons que parecem feitas de plástico mais na verdade são feitas de aço, uma obra feita para criticar o consumismo exibindo um carrinho do MC Donald’s “ - Gabriel Henrique - Ensino Fundamental




Bienal: 1969 (SP) ... “ A bienal de 1969 é lembrada pela ditadura militar no Brasil. Com a publicação da lei institucional do nº 5, o regime da ditadura militar aumentou a censura e a proibição no Brasil. ... algumas obras tiveram suas mostras retiradas, por isso a bienal desse ano de 1969 foi considerada como “Bienal Do Boicote” ... em 2011 ... Além das obras terem mudado ao longo desses muito anos. Vêm passando muitos artistas nas bienais, revelações de novos artistas e consagração de artistas também. Como nós não estamos mais na época da ditadura militar do Brasil, muitas obras puderam ser mostradas depois que acabou o regime. Na bienal de 2011 foi tudo muito bem organizado, com vários artistas famosos e entre eles o Jeff Koons e o Damien Hirst, dois dos mais famosos artista nessa bienal de 2011. Jeff Koons, a maioria das artes dele era contemporânea e do Damien era a arte moderna . “ Aluno – Ensino Fundamental




Obra de Shirin Neshat - “ A primeira obra que eu vi foi da Shirin Neshat. Um vídeo que mostra a cultura e religião de um pais. Esse pais na verdade, foi onde ela nasceu, mas, como ela se mudou para os Estados Unidos quando ainda pequena, não sabia muito sobre a cultura de sua terra natal. Então ela resolveu ir para sua terra natal o Irã, e fez esse vídeo representando culturas diferentes.” ... “ Em 1987, na arquitetura da 19ª bienal, foi feita “A grande tela”, onde as obras foram expostas em três grandes corredores, inclusive “A grande coleção” onde os trabalhos foram exibidos de forma vertical no grande hall do Pavilhão, marcando um novo conceito de curadoria.Já nesta 29ª edição, foi feita uma arquitetura que procura expressar profundidades e variedade de caminhos, organizou-se também, um jogo de alturas e bastante luminosidades ... Então, da pra perceber que a arquitetura mudou bastante dos anos anteriores pra cá, principalmente com o uso da tecnologia avançada. Essa edição da Bienal, foi baseada na ideia de que é impossivel separar a arte da politica, pois ambas fazem parte do cotidiano da sociedade, expressando conceitos e formas que irao determinar uma opinião de alternativas para do futuro. “ ... “ ... as obras que eu vi, representavam ideias como, a do consumismo, cotidiano, cultura, religião, vida e morte e coisas técnicas. Eu não pude ver mais obras pois o tempo era muito curto. Mas essa bienal pra mim representou uma oportunidade de reflexão sobre a politica da arte, igual o tema baseado. “ - Mariana Galette – Ensino Fundamental






“ A comparação da Bienal de 2011 em São Paulo com à de 1952 . Podemos observar que tanto uma quanto outra, estão expondo obras com nomes importantes no mundo das artes. Na bienal deste ano de 2011, estiveram presentes artistas como Tom Sachs , Shirin Nesthat , Damien Hirst entre outros , que retratam um pouco da vida de nosso cotidiano , causando polemica sobre a visão do publico diante das obras , e até um andar inteiro pela fama do artista contemporâneo Damien Hirst , que retrata o consumo e a morte .
Na mostra de 1952 em São Paulo não foi diferente , com inúmeros artistas em diversos pavilhões , assim também impressionando o publico ,onde um dos artistas que se destacaram pela quantidade de obras foi Pablo Picasso , criando certas polemicas mas trazendo uma nova cultura ao povo brasileiro .
Os artistas apresentados nessa mostra da Bienal de 2011 , tentaram expor sua idéias sobre o cotidiano de nossas vidas , em que muitas vezes ao nosso redor acontece e são realizadas varias coisas, mesmo as mais simples, com pequenos e grandes significados, e nem sequer temos a percepção de notá-las “
Quetsia Conti Gallo – Ensino Fundamental



“ ... você acha que é uma boia em formato de minhoca e uma escada? Na verdade isso tudo é feito de aço inox, é obra foi feita pelo artista mais brincalhão que eu achei da bienal , ela chama Jeff koons ele fascinado por aço e brinquedos infantis, como podem ver na imagem para fazer essa trabalho Jeff compra varias vezes o mesmo molde de um brinquedo para fazer um trabalho perfeito.” Vitoria Regina Silva Costa – Ensino Fundamental











EM CONSTRUÇÃO !!!!

sábado, 19 de novembro de 2011

Geração de Excluídos texto 02

Por: Fernanda Silva dos Santos
Muita polêmica está se criando em volta, da aprovação automática nas escolas do município do Rio de Janeiro, tal aprovação levanta a discussão em torno da cultura do mérito tão difundida na sociedade brasileira. 

Tal cultura defende a promoção através do esforço individual, ou seja, teoricamente as oportunidades seriam iguais para todos, destes o mais bem preparado, mais esforçado seria recompensado, tendo como fruto de seu esforço um “lugar ao sol”. 

No entanto sabemos que na elitizada sociedade brasileira, a igualdade de oportunidades, é quase uma utopia, poucos são aqueles que conseguem só pelo esforço pessoal, chegar aos patamares mais altos da pirâmide social em que esta dividida sociedade brasileira. 
Principalmente quando se trata de educação, aí é que se vê o quanto, a sociedade brasileira é desigual, desde o Brasil colônia, quando os filhos dos mais abastados iam para o exterior , prosseguir seus estudos, enquanto a maioria esmagadora da população era analfabeta, até a chegada da família real ao país onde as primeiras escolas de ensino superior eram destinadas aos filhos das minorias privilegiadas. 

A criação de escolas públicas na primeira metade do século XX teria como objetivo democratizar o ensino, no entanto estas ainda eram em sua maioria, destinadas as classes mais privilegiadas, colégios como o Pedro II eram exemplo de escolas públicas, destinadas aqueles que tinham uma condição social privilegiada. 

No entanto com a abertura do ensino público, ao “público” ( classes populares) , e com sua gradual sucatização deste principalmente durante o regime militar, as classes médias foram se afastando destes procurando abrigo nas escolas particulares cada vez em grau maior de expansão, o abandono das escolas públicas pelas elites foi o começo do fim, a derrocada do ensino público( Ensino Fundamental e Médio). 

Um ensaio de ressuscitação do ensino público deu sinal de que traria de volta a escola pública de qualidade com a criação dos CIEP’s por Darcy Ribeiro, seriam escolas de educação integral onde as crianças estudariam e se dedicariam a outras atividades artísticas e esportivas, no entanto interesses políticos acabaram por “enterrar “ a boa idéia da educação integral trazida pelos CIEP’s que tornaram-se esqueletos de um sonho da educação pública de qualidade. 

Vemos novamente com a ameaça de aprovação automática, não que a reprovação seja um estimulo para a melhora de um aluno, mas em último caso é melhor reprovar um aluno, do que aprovar uma criança que as vezes mal sabe ler e escrever, tal prática parece uma forma cruel de exclusão, partindo do pressuposto de que vivemos em uma sociedade onde a competitividade no mercado de trabalho é cada vez maior e que se exige um nível de estudo gradativamente mais alto, que espécie de oportunidade terão estas crianças? 

Certamente chegaram o ensino médio sem ao menos saber ler ou escrever direito, pior, sem conseguirem interpretar um simples texto, como poderão chegar à faculdade? Que chances terão de passar em um vestibular? Estaremos formando uma classe de excluídos, a aprovação automática deveria certamente se chamar exclusão automática, pois é a esta triste sina, que estas crianças estarão condenadas. 

Por: Fernanda Silva dos Santos 

Referencias : 
NUNES, Clarice A história da Educação brasileira. http://www.prossiga.br/anisioteixeira/fran/artigos/historia.html
Org. : Rég!s

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

TEXTO : Debates sobre " Progressão Continuada ... Automática " texto 01

‘Educação: reprovada’, um artigo de Lya Luft

TEXTO PUBLICADO NA REVISTA VEJA  13/09/2011

Lya Luft
Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu tente apenas ser uma pessoa observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos, ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que me encantam particularmente. Uma das grandes preocupações de qualquer ser pensante por aqui é a educação. Fala-se muito, grita-se muito, escreve-se, haja teorias e reclamações. Ação? Muito pouca, que eu perceba. Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.
Há coisa de trinta anos, eu ainda professora universitária, recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas pelas providências negativas: tiraram um ano de estudo da meninada, tiraram latim, tiraram francês, foram tirando a seriedade, o trabalho: era a moda do “aprender brincando”. Nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Contaram-me recentemente que em muitas escolas não se deve mais falar em “reprovação, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marcá-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar?
De todos os modos facilitamos a vida dos estudantes, deixando-os cada vez mais despreparados para a vida e o mercado de trabalho. Empresas reclamam da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, médicos e advogados quase não sabem escrever, alunos de universidades têm problemas para articular o pensamento, para argumentar, para escrever o que pensam. São, de certa forma, analfabetos. Aliás, o analfabetismo devasta este país. Não é alfabetizado quem sabe assinar o nome, mas quem o sabe assinar embaixo de um texto que leu e entendeu. Portanto, a porcentagem de alfabetizados é incrivelmente baixa.
Agora sai na imprensa um relatório alarmante. Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabe ler nem escrever. Não entende para o que serve a pontuação num texto. Não sabe ler horas e minutos num relógio, não sabe que centímetro é uma medida de comprimento. Quase a metade dos mais adiantados escreve mal, lê mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingente de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos.
Naturalmente, a boa ou razoável escolarização é muito maior em escolas particulares: professores menos mal pagos, instalações melhores, algum livro na biblioteca, crianças mais bem alimentadas e saudáveis – pois o estado não cumpre o seu papel de garantir a todo cidadão (especialmente a criança) a necessária condição de saúde, moradia e alimentação.
Faxinar a miséria, louvável desejo da nossa presidenta, é essencial para nossa dignidade. Faxinar a ignorância – que é uma outra forma de miséria – exigiria que nos orçamentos da União e dos estados a educação, como a saúde, tivesse uma posição privilegiada. Não há dinheiro, dizem. Mas políticos aumentam seus salários de maneira vergonhosa, a coisa pública gasta nem se sabe direito onde, enquanto preparamos gerações de ignorantes, criados sem limites, nada lhes é exigido, devem aprender brincando. Não lhes impuseram a mais elementar disciplina, como se não soubéssemos que escola, família, a vida sobretudo, se constroem em parte de erro e acerto, e esforço. Mas, se não podemos reprovar os alunos, se não temos mesas e cadeiras confortáveis e teto sólido sobre nossa cabeça nas salas de aula, como exigir aplicação, esforço, disciplina e limites, para o natural crescimento de cada um?
Cansei de falas grandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada. Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça. Precisamos de atos e fatos, orçamentos em que educação e saúde (para poder ir a escola, prestar atenção, estudar, render e crescer) tenham um peso considerável: fora isso, não haverá solução. A educação brasileira continuará, como agora, escandalosamente reprovada.