A expressão africanidades brasileiras refere-se às raízes da cultura brasileira que têm origem africana. Dizendo de outra forma, queremos nos reportar ao modo de ser, de viver, de organizar suas lutas, próprio dos negros brasileiros e, de outro lado, às marcas da cultura africana que, independentemente da origem étnica de cada brasileiro, fazem parte do seu dia-a-dia.
ATIVIDADE 01
ATIVIDADE 02 FILME : " VISTA MINHA PELE "
01) COM QUAL PARTE DO FILME VOCÊ FICOU MAIS INCOMODADO ? POR QUE ?
02) QUAL A RELAÇÃO DO FILME E O TITULO DO FILME ?
03) DE QUAL PROBLEMA SOCIAL O FILME TRATA ? EM SUA OPINIÃO O FILME CONSEGUE CHAMAR A ATENÇÃO PARA O PROBLEMA TRATADO ?
04) QUAL A PRIMEIRA SURPRESA QUE O FILME NOS APRESENTA ? OQUE PROVOCOU EM VOCÊ ?
05) OQUE O PERSONAGEM ( PAI NEGRO ) , QUIS DIZER COM " caminhar com os pés no chão"? QUAL OUTRA SOLUÇÃO POSSÍVEL ?
06) QUAL CENA DO FILME VOCÊ MAIS GOSTOU ? EXPLIQUE SUA ESCOLHA .
07) QUAL A SITUAÇÃO DO RACISMO NO BRASIL ? VOCÊ CONSEGUE PERCEBE LO NO SEU DIA A DIA ?
08) QUE MENSAGEM O FILME LHE TRANSMITIU ?
09) QUE MENSAGENS PODEMOS TIRAR OBSERVANDO A CHARGE ABAIXO :
ATIVIDADE 03 01 - Solicitar aos alunos que façam a coleta de dados antes e após a exibição do Filme " Vista minha pele " . 02 - Solicitar que os alunos procedam a confecção de gráficos. 03 - Em conjunto fazer a analise dos dados levantados . * MODELO *
***************************************************************************
COLETA DE DADOS
1-Você se considera :
( ) Branco ( ) negro ( )
Pardo ( )outros
2-Você tem mais amigos :
( ) Branco ( ) negro ( )
Pardo ( )outros
3-Oque você pensa a respeito da igualdade racial
no Brasil ?
( ) Não percebo
mudanças ( ) percebo mudanças
4-Você se reconhece ( representações ) nos personagens dos livros
didáticos quando este trata do cotidiano ?
A)como era tratado o negro nas lavouras de canas no filme?
B)por que a capoeira era proibida? E quando ela deixou de ser proibida no Brasil?
C) quem foi o besouro? qual a sua importância na luta por direitos ou liberdade da população afrodescendente?
D) quais as crenças religiosas que aparece no filme, e sua participação na história dos personagens?
Explique a frase "todos somos racistas, pois o racismo não é algo individual mas sim coletivo?
Oque acha dessa resposta ?
A frase considera um racismo como uma estrutura sobre a qual a sociedade brasileira foi construída, sobre o privilégio dos brancos em relações aos negros ao longo da História. Pois isso, não se trata de uma opinião individual.
Qual é a resposta das questões ... rsrrsrrsrs
A capoeira foi proibida por lei em 1890. A prática associada aos escravos era vista como perigosa e os dava vantagem em confrontos com a polícia. A capoeira voltou à legalidade apenas em 1940.
O filme focaliza religiões afro-brasileiras. Besouro, por exemplo, é considerado "corpo fechado", conforme princípios dessas mesmas crenças.
O negro ainda era tratado como escravo embora o filme retrate um período pós-abolicionista. Besouro foi um exímio lutador de capoeira, nascido em 1897 na Bahia.
A cidade de Roma nasceu como uma pequena aldeia e se
tornou um dos maiores impérios da Antiguidade.
Situada na
Península Itálica, centro do Mediterrâneo europeu, Roma era o centro da vida
política e econômica da região.
Fundação de Roma
A fundação de Roma
está envolta em lendas. Segundo a narrativa do poeta Virgílio, em sua
obra Eneida, os romanos descendem de Enéias, herói
troiano, que fugiu para a Itália após a destruição de Troia pelos gregos, por
volta de 1400 a.C.
Reza a lenda que os
gêmeos Rômulo e Remo, descendentes de Enéias, foram jogados no rio Tibre, por
ordem de Amúlio, usurpador do trono.
Detalhe da pintura de Rubens que retrata Rômulo e Remo amamentados por
uma loba
Amamentados por uma
loba e depois criados por um camponês, os irmãos voltam para destronar Amúlio
Os irmãos receberam
a missão de fundar Roma, em 753 a.C. Rômulo, após desentendimentos, assassinou
Remo e se transformou no primeiro rei de Roma.
Vídeo aula sobre Roma
Roma Antiga #01 | Introdução
República Romana | Roma Antiga #02
Economia e Sociedade Romana | Roma Antiga #03
Escravidão Antiga | Roma Antiga #04
Na realidade, Roma
formou-se da fusão de sete pequenas aldeias de pastores latinos e sabinos
situadas às margens do rio Tibre. Depois de conquistada pelos etruscos chegou
a ser uma verdadeira cidade-Estado.
Monarquia Romana (753 a.C. a 509 a.C.)
Na Roma monárquica,
a sociedade era formada basicamente por três classes sociais:
·os patrícios, a classe dominante, formada por nobres e proprietários de
terra;
·os plebeus, que eram constituídos por comerciantes, artesãos, camponeses
e pequenos proprietários;
·os clientes, que viviam da dependência dos patrícios e os plebeus, e
eram prestadores de serviços.
Na monarquia romana,
o rei exercia funções executiva, judicial e religiosa.
Era assistido pela
Assembleia Curiata, que estava formada por trinta chefes de famílias do povo.
Sua função mudou ao longo dos séculos, mas eram responsáveis por elaborar leis,
recursos jurídicos e ratificar a eleição do rei. Em certos períodos a Assembleia
Curiata deteve mais poder que o Senado.
O Senado, composto pelos patrícios,
assessorava o rei e tinha o poder de vetar as leis apresentadas pelo monarca.
As lendas narram os
acontecimentos dos sete reinados da época. Durante o governo dos três últimos,
que eram etruscos, o poder político dos patrícios declinou.
A aproximação dos
reis com a plebe descontentavam os patrícios. Em 509 a.C., o último rei etrusco
foi deposto e um golpe político marcou o fim da monarquia.
República Romana (509 a.C. a 27 a.C.)
A implantação da
república significou a afirmação do Senado, o órgão de maior poder político
entre os romanos. O poder executivo ficou a cargo das magistraturas, ocupadas
pelos patrícios.
A república romana
foi marcada pela luta de classes entre patrícios e plebeus. Os patrícios
lutavam para preservar privilégios e defender seus interesses políticos e
econômicos, mantendo os plebeus sob sua dominação.
Entre 449 e 287
a.C. os plebeus organizaram cinco revoltas que resultaram em várias conquistas:
Tribunos da plebe, Leis das XII tábuas, Leis Licínias e Lei Canuleia. Com essas
medidas, as duas classes praticamente se igualaram.
Durante a Guerra Púnica foram utilizados elefantes como animais de
combate
A primeira etapa
das conquistas romanas foi marcada pelo domínio de toda a Península Ibérica a
partir do século IV a.C.
A segunda etapa foi
o início das Guerras de Roma contra Cartago, chamadas Guerras Púnicas (264 a
146 a.C.). Em 146 a.C. Cartago foi totalmente destruída. Em pouco mais de cem
anos, toda a bacia do Mediterrâneo já era de Roma.
Crise da República
Na República
romana, a escravidão era a base de toda produção e o número de escravos
ultrapassava os de homens livres. A violência contra os escravos causou dezenas
de revoltas.
Uma das principais revoltas escravos
foi liderada por Espártaco entre 73 a 71 a.C. À frente das forças rebeldes,
Espártaco ameaçou o poder de Roma.
Para equilibrar as forças políticas, em 60 a.C., o Senado indicou três
líderes políticos ao consulado, Pompeu, Crasso e Júlio César, que formaram
o primeiro Triunvirato.
Após a morte de Júlio César, foi instituído o segundo
Triunvirato constituído por Marco Aurélio, Otávio Augusto e Lépido.
As disputas de
poder eram frequentes. Otávio recebeu do senado o título de Prínceps (primeiro
cidadão) foi a primeira fase do império disfarçado de República.
Império Romano (27 a.C. a 476)
Mapa dos territórios dominados pelo Império Romano por volta de 70 d.C.
O imperador Otávio Augusto (27 a.C. a 14) reorganizou a sociedade
romana. Ampliou a distribuição de pão e trigo e de divertimentos públicos - a
política do pão e circo.
Depois de Augusto,
várias dinastias se sucederam. Entre os principais imperadores estão:
A partir de 235, o
Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados, cujo principal
objetivo era combater as invasões.
Do ponto de vista
político, o século III caracterizou-se pela volta da anarquia militar. Num
período de apenas meio século (235 a 284) Roma teve 26 imperadores, dos quais
24 foram assassinados.
Com a morte do imperador Teodósio, em
395, o Império Romano foi dividido entre seus filhos Honório e Arcádio.
Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, capital
Roma, e Arcádio ficou com o Império Romano doOriente,
capital Constantinopla.
Em 476, o Império Romano
do Ocidente desintegrou-se e o imperador Rômulo Augusto foi deposto. O ano de
476 é considerado pelos historiadores o marco divisório da Antiguidade para a
Idade Média.
Da poderosa Roma,
restou apenas o Império Romano do Oriente, que se manteria até 1453.
·Devido à expansão territorial, durante o império, os romanos passaram a
representar 25% da população mundial.
·Os canhotos eram vistos como pessoas de má-sorte e não confiáveis. Esta
crença permaneceu até pouco tempo quando as crianças eram obrigadas a escrever
com a mão direita.
·Os romanos prezavam muito pela higiene. As classes abastadas tinha água
encanada em casa e os pobres possuíam fontes perto de suas residências.
Igualmente, iam regularmente aos banhos públicos.
·A urina era aproveitada para diversos fins por conta do ácido e outros
componentes: usavam para clarear os dentes, lavar a roupa e fazer moedas. Org. Régis Fonte : https://www.todamateria.com.br/roma-antiga/
Um dos maiores generais da História comandou seu primeiro exército aos 16 anos. Enquanto o pai, Filipe II, estava ausente em uma expedição militar para tomar a cidade de Bizâncio, na Turquia, o filho liderou uma luta contra os búlgaros, ao norte do reino da Macedônia, e venceu com relativa facilidade.
Deste evento em diante, o mundo antigo conheceria Alexandre, o Grande.
Macedônios versus Gregos
Alexandre, nascido na cidade de Pela, na Macedônia, em 20 de julho de 356 a.C.,era o primeiro filho do rei Filipe II e de Olímpia, uma nobre muito devotada aos deuses. Portanto, ele herdaria naturalmente não só a Macedônia, como também os territórios gregos conquistados pelo pai, que iniciou a expansão do reino, mesmo que de forma tímida, quando Alexandre ainda era bem novo.
Durante a infância Alexandre teve como instrutor o filósofo Aristóteles.
Dele, Alexandre certamente absorveu parte da inteligência lógica usada mais tarde nos campos de batalha e o interesse em conhecer e expandir cada vez mais a cultura grega mundo afora, duas das características que marcaram suas conquistas.
Quando Alexandre tinha 20 anos, Filipe II foi assassinado — segundo o historiador grego Plutarco, a mando de Dario III, rei da Pérsia — e Alexandre, enquanto herdeiro, viu-se frente a algumas decisões importantes a tomar, para não perder o reino nem vê-lo despedaçado em diversas rebeliões internas que certamente sufocariam seu poder.
Inicialmente, Alexandre reuniu-se com a Liga de Corinto — a federação de Estados gregos criada após a vitória de Filipe II na Batalha de Queronéia — e exigiu o lugar do pai no comando da federação. Como os líderes gregos não tinham muita saída, já que o exército macedônio era bem maior e mais equipado, Alexandre foi aclamado generalíssimo pelos gregos.
Depois, empreendeu uma expedição militar contra os bárbaros que ameaçavam invadir o norte da Macedônia. Enquanto estava no norte, na região do rio Danúbio, algumas pessoas fizeram correr o boato de que Alexandre havia morrido na campanha. Alguns líderes gregos — principalmente os da cidade de Tebas — iniciaram uma revolta, que não conseguiu ser contida pelos soldados macedônios que estavam na região.
Alexandre deixou para trás a campanha no norte, cercou, tomou a cidade de Tebas e vendeu todos os gregos sobreviventes como escravos — alguns autores estimam que cerca de 33 mil pessoas, entre homens, mulheres e crianças foram vendidas.
Este acontecimento fez Alexandre pensar o seguinte: “Os gregos jamais esquecerão o fato de que estão sob meu domínio e tentarão tirar meu poder em qualquer oportunidade que surgir. Para acabar com isto, eu preciso dar-lhes um motivo para esquecer a dominação. Vou retomar então o objetivo de meu pai, que era conquistar a Pérsia.”
VÍDEO - RESUMO
Império Macedônico - Alexandre "O Grande"
Assim como outros grandes impérios da Antiguidade, o macedônio manteve-se inteiro a partir e por causa de expansões baseadas em campanhas militares. A conquista de territórios era, na grande maioria das vezes, realizada pela força. E como todo grande império, a cultura do conquistador também foi levada aos cantos mais remotos e às maiores cidades dos povos conquistados.
Só que muita desta cultura difundida, que teria que ser a cultura macedônia, ficou de lado para a cultura helênica. Alexandre tinha, além de respeito, uma verdadeira fascinação pela cultura grega.
Em 334 a.C., seguido por milhares de soldados macedônios e gregos, Alexandre atravessou o Estreito de Dardanelos e marchou contra a Pérsia. Ao vencer a Batalha de Granico, conquistou o domínio parcial da Ásia Menor.
Mas apenas um ano depois, em Issus, é que Alexandre derrubaria o domínio persa na região.
Ele não parou por aí. No caminho para o Egito, conquistou Tiro, antiga cidade fenícia, e seguiu para o deserto africano. Ao chegar às margens do Nilo, Alexandre foi recebido pelos líderes locais como um faraó, pois havia muito tempo que o povo egípcio estava sob dominação persa.
Alexandre aproveitou para fundar a cidade de Alexandria, que abrigou uma das maiores e melhores bibliotecas de todos os tempos e é considerada até hoje como um dos maiores centros culturais da Antiguidade.
Rumo ao Oriente!
Faltava conquistar os persas de forma definitiva. Alexandre seguiu rumo à Mesopotâmia, enfrentando no caminho mais uma parte do exército persa. Mesmo mais numerosos e contando com elefantes e muitos arqueiros, os persas foram derrotados mais uma vez. Dario III havia obrigado a população a se alistar, e isto causou uma certa desmotivação das tropas. Mesmo assim, a estrutura do exército de Alexandre — cerca de 36 mil homens entre cavalaria pesada, arqueiros e soldados bem treinados — dificilmente seria derrotada antes do adversário sofrer muitas baixas.
Dario III fugiu após mais esta derrota, e Alexandre o perseguiu. Quando foi alcançado, Dario foi assassinado pelos membros da própria corte.
Ainda sem estar satisfeito com suas conquistas, Alexandre rumou para a Ásia Central, mas a resistência dos povos da região — o exército de Alexandre lutou muito, por 3 anos, para conquistar uma pequena região — fez com que o macedônio acatasse as súplicas dos soldados, cansados de anos de batalhas e andanças intermináveis e, em 325 a.C. ele iniciou o caminho de volta. Certamente sem ter uma noção exata do que havia feito, Alexandre comandava o maior império até então visto na Terra.
Dos Balcãs, na Europa, ao rio Indo, na Ásia, tudo estava sob o domínio do macedônio.
O legado de Alexandre
Respeito e uma certa “fome” de conhecimento, duas virtudes de Alexandre
Além de exímio estrategista no campo de batalha, o imperador macedônio também foi o grande responsável por uma importante mistura de culturas da Antiguidade.
Esta “fusão” dos elementos culturais gregos e dos povos conquistados por Alexandre não originou exatamente a cultura helenística, mas trouxe outros elementos culturais para costumes que estavam enfraquecidos, já que a Grécia, na época, sofria com o fim da Guerra do Peloponeso e a posterior conquista de seus territórios pelos macedônios liderados por Filipe II.
Alexandre sempre respeitou os costumes dos povos conquistados. Parte deste respeito vinha justamente de sua educação. Aristóteles — que nós citamos no início do texto — mentor do jovem Alexandre, não é considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos à toa. Ele certamente soube despertar no filho do rei Filipe II o fascínio pela cultura estrangeira com maestria.
E Alexandre não respeitava a cultura dos conquistados apenas para evitar problemas e rebeliões, comuns nesta época. Ele era fascinado pelo conhecimento.
E esta fascinação pela cultura do outro rendia certas ordens de Alexandre a seus comandados: ele exigia que todos tivessem respeito pelas religiões e a política local. O povo estava conquistado, mas tinha sua liberdade religiosa respeitada e seus líderes muitas vezes permaneciam no poder da região ou da cidade, mesmo que sob domínio macedônio.
No Egito, além de ser recebido como libertador da dominação persa, Alexandre foi reconhecido no templo de Siwa como filho de Amon e sucessor dos faraós. Em outras localidades ele também foi recebido pelos religiosos locais e jamais fez objeção aos cultos praticados naqueles lugares.
Esta tolerância, obviamente, causava uma certa assimilação entre as culturas que passaram a conviver em uma mesma região. Isto já havia acontecido em outros episódios da História — e aconteceu em vários outros nos séculos posteriores — e na época de Alexandre não foi diferente.
Ele também evitava mudar a estrutura administrativa bem estabelecida a partir da dominação persa em várias regiões. O mérito do sucesso administrativo é dos persas, sem dúvida, mas Alexandre tem seus méritos a partir do momento que manteve o que já existia de bom e eficiente.
Neste caso, os persas ficaram famosos pela elaboração e implantação das satrapias, as unidades administrativas que tinham um líder local que se reportava diretamente ao Rei da Pérsia. Esta estrutura deu certo por décadas, ajudou nas bases de expansão do Império Persa e Alexandre não modificou a mesma.
Ele também incentivava o casamento entre conquistadores e conquistados. Como que para dar o exemplo aos seus súditos, casou-se com Roxana, filha do governante da Bactria, uma região da Ásia que também era controlada pelos persas e que hoje faz parte do Afeganistão.
Também permitia que qualquer jovem dos povos vencidos fizesse parte de seu exército. Discriminação étnica não era o forte do imperador macedônio. Com estas medidas ele também visava diminuir ou até mesmo acabar com as diferenças entre os povos.
Segundo o professor José Luciano Cerqueira, da UFPE…
“Os gregos eram extremamente auto-referentes. Eles achavam que grego era uma coisa e bárbaro era outra. E todo mundo que não fosse grego era bárbaro. Portanto, seria inferior. Alexandre já tinha uma posição diferente. Ao longo da campanha dele, que vai realizar contra o Império Persa, vai deixando transparecer cada vez mais — até afirmar isso claramente nos seus últimos anos de vida — que para ele não há distinção entre bárbaros e não-bárbaros. A distinção é entre os homens bons e maus. Esse vai ser um traço de Alexandre. Eu acho que o que tem de interessante em Alexandre, que vai preparar o terreno para uma posterior civilização como a romana, é justamente esse processo de absorção e sincretismo, que é uma das características principais do chamado período helenístico histórico, no qual se dá a ação de Alexandre, de absorção de cultura, elementos artísticos, religiosos e até mesmo sócio-políticos.” [1]
Após percorrer com seus exércitos cerca de 6.500 Km, Alexandre teve que adiar seus planos de conquistar mais territórios na Ásia. Voltou para a Babilônia, onde faleceu acometido de uma febre que ninguém conseguiu curar, no ano de 323 a.C., antes de completar 33 anos.
Do seu vasto império conquistado, seus herdeiros — os generais que lutaram a seu lado — partilharam as regiões de acordo com seus interesses. Não faltaram lutas internas que desestabilizaram toda a unidade, mesmo com as divisões.
A única materialidade que restou do legado de Alexandre, além das estimadas 36 “Alexandrias” fundadas e que demonstraram força econômica e política durante muitos séculos, foi justamente a cultura helenística, promovida pelo imperador.
EraVargas foi um período iniciado em 1930, logo após a Revolução de 1930, e finalizado em 1945 com a deposição de Getúlio Vargas. Nesse período da história brasileira, o poder esteve centralizado em Getúlio Vargas, que assumiu como presidente do Brasil após o movimento que depôs WashingtonLuís da presidência.
Resumo
A Era Vargas foi o período de quinze anos da história brasileira que se estendeu de 1930 a 1945 e no qual Getúlio Vargas era o presidente do país. A ascensão de Vargas ao poder foi resultado direto da Revolução de 1930, que destituiu Washington Luís e impediu a posse de JúlioPrestes (presidente eleito que assumiria o país).
Ao longo desse período, Getúlio Vargas procurou centralizar o poder. Muitos historiadores, inclusive, entendem o período 1930-1937 como a “gestação” da ditadura de Vargas. Vargas também ficou marcado pela sua aproximação com as massas, característica que se tornou muito marcante durante o Estado Novo.
Permaneceu no poder até 1945, quando foi forçado a renunciar à presidência por causa de um ultimato dos militares. Com a saída de Vargas do poder, foi organizada uma nova Constituição para o país e iniciada outra fase da nossa história: a Quarta República (1946-1964).
Mapa Mental: Era Vargas
Características da Era Vargas
Resumir as características da Era Vargas é uma tarefa complexa, principalmente porque cada fase assumiu aspectos diferentes. De maneira geral, as seguintes características podem ser destacadas.
Centralização do poder → Ao longo de seus quinze anos no poder, Vargas tomou medidas para enfraquecer o Legislativo e reforçar os poderes do Executivo. Essa característica ficou evidente durante o Estado Novo.
Política Trabalhista → Vargas atuou de maneira consistente no sentido de ampliar os benefícios trabalhistas. Para isso, criou o Ministério do Trabalho e concedeu direitos aos trabalhadores. Era uma forma de reforçar seu poder aproximando-se das massas.
Propaganda Política → O uso da propaganda como forma de ressaltar as qualidades de seu governo foi uma marca forte de Vargas e que também ficou evidente durante o Estado Novo a partir do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP.)
Capacidade de negociação política → A capacidade política de Vargas não surgiu do nada, mas foi sendo construída e aprimorada ao longo de sua vida política. Vargas tinha uma grande capacidade de conciliar grupos opostos em seus governos, como aconteceu em 1930, quando oligarquias dissidentes e tenentistas estavam no mesmo grupo apoiando-lhe.
A postura de Vargas no poder do Brasil durante esse período pode ser também relacionada com o populismo, principalmente pelos seguintes aspectos:
Relação direta e não institucionalizada do líder com as massas;
Defesa da união das massas;
Liderança baseada no carisma;
Sistema partidário frágil.
Transição de poder
Vargas e militares aliados em foto tirada quando a Revolução de 1930 estava em curso.**
A ascensão de Getúlio Dornelles Vargas à presidência aconteceu pela implosão do modelo político que existia no Brasil durante a Primeira República. Ao longo da década de 1920, inúmeras críticas foram feitas ao sistema oligárquico que vigorava em nosso país, sendo os tenentistas um dos movimentos de oposição de maior destaque.
A implosão da Primeira República concretizou-se de fato durante a eleição de 1930. Nessa eleição, a oligarquia mineira rompeu abertamente com a oligarquia paulista porque o presidente Washington Luís recusou-se a indicar um candidato mineiro para concorrer ao cargo. A indicação para presidente foi do paulista Júlio Prestes.
Isso desagradou profundamente à oligarquia mineira, uma vez que a atitude do presidente rompia com o acordo existente entre as duas oligarquias (Política do Café com Leite). Assim, os mineiros passaram a conspirar contra o governo e, aliando-se às oligarquias paraibana e gaúcha, optaram por lançar um candidato para concorrer à presidência: GetúlioVargas.
A disputa eleitoral travada entre Júlio Prestes e Getúlio Vargas teve como desfecho a vitória do primeiro. No entanto, mesmo derrotados, membros da chapa eleitoral de Vargas (chamada AliançaLiberal) começaram a conspirar para destituir Washington Luís do poder (Vargas, porém, havia aceitado a derrota).
Essa conspiração tornou-se rebelião de fato quando JoãoPessoa, vice de Getúlio Vargas, foi assassinado em Recife por João Dantas. O assassinato de João Pessoa não tinha nenhuma relação com a eleição disputada, mas o acontecido foi utilizado como pretexto para que um levante militar contra Washington Luís fosse iniciado.
A revolta iniciou-se em 3 de outubro de 1930 e estendeu-se por três semanas. No dia 24 de outubro de 1930, o presidente Washington Luís foi deposto da presidência. Uma junta militar governou o Brasil durante 10 dias e, em 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas, que aderiu à rebelião quando ela estava em curso, assumiu a presidência do Brasil.
Getúlio Vargas no Palácio do Catete (palácio presidencial) após o sucesso da Revolução de 1930.***
O governo provisório, como o próprio nome sugere, deveria ter sido uma fase de transição em que Vargas rapidamente organizaria uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição para o Brasil. Getúlio Vargas, porém, nesse momento, já deu mostras da sua habilidade de se sustentar no poder, pois adiou o quanto foi possível a realização da Constituinte.
Nessa fase, Vargas já realizou as primeiras medidas de centralização do poder e, assim, dissolveu o Congresso Nacional, por exemplo. A demora de Vargas em realizar eleições e convocar uma Constituinte teve impactos em alguns locais do país, como São Paulo, que se rebelou contra o governo em 1932 no que ficou conhecido como Revolução Constitucionalista de 1932.
O movimento foi um fracasso e, após a sua derrota, Getúlio Vargas atendeu as demandas dos paulistas, nomeando para o estado um interventor (governador) civil e nascido em São Paulo, além de garantir a realização de uma eleição em 1933 para compor a Constituinte. Dessa Constituinte, foi promulgada a Constituição de 1934.
A nova Constituição foi considerada bastante moderna para a época e trouxe novidades, como o sufrágio universal feminino (confirmando o que já havia sido estipulado pelo Código Eleitoral de 1932). Junto da promulgação da nova Constituição, Vargas foi reeleito indiretamente para ser presidente brasileiro entre 1934 e 1938. Após isio, um novo presidente deveria ser eleito.
Nessa fase, a política econômica de Vargas concentrou-se em combater os efeitos da Crise de 1929 no Brasil. Para isso, agiu comprando milhares de sacas de café e incendiando-as como forma de valorizar o principal produto da nossa economia. Nas questões trabalhistas, autorizou a criação do Ministério do Trabalho em 1930 e começou a intervir diretamente na atuação dos sindicatos.
Governo Constitucional (1934-1937)
Na fase constitucional, o governo de Vargas, em teoria, estender-se-ia até 1938, pois o presidente não poderia concorrer à reeleição. No entanto, a política brasileira como um todo – o próprio Vargas, inclusive – caminhava para a radicalização. Assim, surgiram grupos que expressavam essa radicalização do nosso país.
Ação Integralista Brasileiro (AIB): grupo de extrema-direita que surgiu em São Paulo em 1932. Esse grupo possuía inspiração no fascismo italiano, expressando valores nacionalistas e até mesmo antissemitas. Tinha como líder Plínio Salgado.
Aliança Libertadora Nacional (ANL): grupo de orientação comunista que surgiu como frente de luta antifascista no Brasil e converteu-se em um movimento que buscava tomar o poder do país pela via revolucionária. O grande líder desse grupo era Luís Carlos Prestes.
A ANL, inclusive, foi a responsável por uma tentativa de tomada do poder aqui no Brasil em 1935. Esse movimento ficou conhecido como Intentona Comunista e foi deflagrado em três cidades (Rio de Janeiro, Natal e Recife), mas foi um fracasso completo. Após a Intentona Comunista, Getúlio Vargas ampliou as medidas centralizadoras e autoritárias, o que resultou no Estado Novo.
Essa fase constitucional da Era Vargas estendeu-se até novembro de 1937, quando Getúlio Vargas realizou um autogolpe, cancelou a eleição de 1938 e instalou um regime ditatorial no país. O golpe do Estado Novo teve como pretexto a divulgação de um documento falso conhecido como Plano Cohen. Esse documento falava sobre uma conspiração comunista que estava em curso no país.
O Estado Novo foi a fase ditatorial da Era Vargas e estendeu-se por oito anos. Nesse período, Vargas reforçou o seu poder, reduziu as liberdades civis e implantou a censura. Também foi o período de intensa propaganda política e um momento em que Vargas estabeleceu sua política de aproximação das massas.
No campo político, Vargas governou a partir de decretos-leis, ou seja, as determinações de Vargas não precisavam de aprovação do Legislativo, pois já possuíam força de lei. O Legislativo, por sua vez, foi suprimido e, assim, o Congresso e as Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais foram fechadas. Todos os partidos políticos foram fechados e colocados na ilegalidade.
A censura instituída ficou a cargo do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), responsável por censurar as opiniões contrárias ao governo e produzir a propaganda que ressaltava o regime e o líder. Para fazer a propaganda do governo, foi criado um jornal diário na rádio chamado “A Hora do Brasil”.
Durante esse período, também se destacou a política trabalhista, destacando-se a criação do salário-mínimo (1940) e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943. Os sindicatos passaram para o controle do Estado.
A participação brasileira na Segunda Guerra e o desgaste desse projeto político autoritário enfraqueceram o Estado Novo perante a sociedade. Assim demandas por novas eleições começaram a acontecer. Pressionado, Vargas decretou para o fim de 1945 a realização de eleição presidencial e, em outubro desse mesmo ano, foi deposto do poder pelos militares.
Exercício resolvido
(Enem) A Justiça Eleitoral foi criada em 1932, como parte de uma ampla reforma no processo eleitoral incentivada pela Revolução de 1930. Sua criação foi um grande avanço institucional, garantindo que as eleições tivessem o aval de um órgão teoricamente imune à influência dos mandatários.
TAYLOR, M. Justiça Eleitoral. In: AVRITZER, L.; ANASTASIA, F. Reforma política no Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).
Em relação ao regime democrático no país, a instituição analisada teve o seguinte papel:
a) Implementou o voto direto para presidente.
b) Combateu as fraudes sistemáticas nas apurações.
c) Alterou as regras para as candidaturas na ditadura.
d) Impulsionou as denúncias de corrupção administrativa.
e) Expandiu a participação com o fim do critério censitário.
RESOLUÇÃO: LETRA B
A criação da Justiça Eleitoral em 1932 refletia os interesses dos tenentistas, que, desde a década de 1920, buscavam reformas no sistema eleitoral brasileiro de forma a evitar as fraudes que aconteciam de maneira descontrolada durante a Primeira República. A criação da Justiça Eleitoral aconteceu com a promulgação de um novo Código Eleitoral, que trouxe outras reformas, como a adoção do voto secreto. Em longo prazo, o resultado disso foi que as eleições brasileiras tornaram-se seguras e sem o risco de manipulações, como acontecia na Primeira República
Lista de Exercícios
Questão 1
(PUC-RS) “Façamos a revolução antes que o povo a faça.” A frase, atribuída ao governador de Minas Gerais, Antônio Carlos de Andrada, deixa entrever a ideologia política da Revolução de 1930, promovida pelos interesses
a) da burguesia cafeicultora de São Paulo, com vistas à valorização do café.
b) do operariado, com o objetivo de aprofundar a industrialização.
c) dos partidos de direita fascistas, no intuito de estabelecer um Estado forte.
d) das oligarquias dissidentes, aliadas ao tenentismo pela reforma do Estado.
e) da burguesia industrial, na busca de uma política de livre iniciativa.
Questão 2
(PUC-RS) Em março de 1931, o Decreto nº 19.770 criava, no Brasil, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Considerando-se o contexto histórico, pode-se afirmar que esse ato do Poder Executivo tinha como um dos seus objetivos
a) promover a expansão do setor primário.
b) desregulamentar o sistema de contratação e de impostos.
c) concentrar a renda nacional nas camadas médias urbanas.
d) acabar com a organização autônoma do movimento operário.