terça-feira, 20 de setembro de 2011

A VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL




Em janeiro de 1808, Portugal estava preste a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa para sua mais importante colônia, o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a ajuda dos aliados ingleses.
Chegada da família real ao Brasil 

Nos quatorze navios, além da família real, vieram centenas de funcionários, 
criados, assessores e pessoas ligadas à corte portuguesa. Trouxeram também muito dinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoais e outros objetos de valor.     

Após uma forte tempestade, alguns navios foram parar em Salvador e outros na cidade do Rio de Janeiro. Em março de 1808, a corte portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram despejados para que os imóveis fossem usados pelos funcionários do governo. Este fato gerou, num primeiro momento, muita insatisfação e transtorno na população da capital brasileira.

No ano de 1818, a mãe de D. João, D. Maria I, faleceu e D. João tornou-se rei. Passou a ser chamado de D. João VI, rei do Reino Unido a Portugal e Algarves. 
Abertura dos portos às nações amigas

Uma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos de Portugal. A principal beneficiada com a medida foi à Inglaterra, que passou a ter vantagens comerciais e dominar o comércio com o Brasil. Os produtos ingleses chegavam ao Brasil com impostos de 15%, enquanto de outros países deveriam pagar 24%. Este privilégio fez com que nosso país fosse inundado por produtos ingleses. Esta medida acabou prejudicando o desenvolvimento da indústria brasileira. 
Medidas tomadas por D. João

D. João adotou várias medidas econômicas que favoreceram o desenvolvimento brasileiro. Entre as principais, podemos citar: estímulo ao estabelecimento de indústrias no Brasil, construção de estradas, cancelamento da lei que não permitia a criação de fábricas no Brasil, reformas em portos, criação do Banco do Brasil e instalação da Junta de Comércio.


Do ponto de vista cultural, o Brasil também saiu ganhando com algumas medidas tomadas por D. João. O rei trouxe a Missão Francesa para o Brasil, estimulando o desenvolvimento das artes em nosso país. Criou o Museu Nacional, a Biblioteca Real, a Escola Real de Artes e o Observatório Astronômico. Vários cursos foram criados (agricultura, cirurgia, química, desenho técnico, etc) nos estados da Bahia e Rio de Janeiro.

Retorno de D. João para Portugal

Os franceses ficaram em Portugal durante poucos meses, pois o exército inglês conseguiu derrotar as tropas de Napoleão. O povo português passou a exigir o retorno do rei que se encontrava no Brasil. Em 1820, ocorreu a Revolução do Porto, sendo que os revolucionários vitoriosos passaram a exigir o retorno de D. João VI para Portugal e a aprovação de uma Constituição. Pressionado pelos portugueses, D. João VI resolveu voltar para Portugal, em abril de 1821. Deixou em seu lugar, no Brasil, o filho D. Pedro como príncipe regente. 

Pouco tempo depois, D. Pedro tornou-se imperador, após o processo de Independência do Brasil (7 de setembro de 1822). 

A esquadra portuguesa, que saiu do porto de Lisboa em 29 de novembro de 1807, ia comandada pelo vice-almirante Manuel da Cunha Souto Maior. Integravam-na as seguintes embarcações.


§                     Príncipe Real - Comandante, Capitão de Mar e Guerra, Francisco José do Canto Castro e Mascarenhas.
§                     D. João de Castro - Cmdte, Cap. de M. e G., D. Manuel João Loccio.
§                     Afonso de Albuquerque - Cmdte, Cap. de M. e G., Inácio da Costa Quintela
§                     Rainha de Portugal - Cmdte, Cap. de M. e G., Francisco Manuel Souto-Maior.
§                     Medusa - Cmdte, Cap. de M. e G., Henrique da Fonseca de Sousa Prego.
§                     Príncipe do Brasil - Cmdte, Cap. de M. e G., Francisco de Borja Salema Garção.
§                     Conde D. Henrique - Cmdte, Cap. de M. e G., José Maria de Almeida.
§                     Martins de Freitas - Cmdte, Cap. de M. e G., D. Manuel de Menezes.
§                     Minerva - Cmdte, Cap. de M. e G., Rodrigo José Ferreira Lobo.
§                     Golfinho - Cmdte, Cap. de Fragata, Luís da Cunha Moreira,
§                     Urânia - Cmdte, Cap. de Frag., D. João Manuel.
§                     Lebre - Cmdte, Cap. de M. e G., Daniel Tompsom.
§                     Voador - Cmdte, Cap. de Frag., Maximiliano de Sousa.
§                     Vingança - Cmdte, Cap. de Frag., Diogo Nicolau Keating.
§                     Furão - Cmdte, Capitão Tenente, Joaquim Martins.
§                     Curiosa - Cmdte, Primeiro Tenente, Isidoro Francisco Guimarães.



Fonte : http://br.answers.yahoo.com
Org.: Rég!s



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