domingo, 31 de julho de 2011

Formação dos Estados Nacionais Modernos


VÍDEO QUE MOSTRA A FORMAÇÃO DE PORTUGAL E ESPANHA ... VEJA !!! VALE A PENA !!!






As monarquias nacionais centralizaram o poder político na figura de um rei.



Formação dos Estados Nacionais Modernos

No decorrer da Idade Média, a figura política do rei era bem distante daquela que usualmente costumamos imaginar. O poder local dos senhores feudais não se submetia a um conjunto de leis impostas pela autoridade real. Quando muito, um rei poderia ter influência política sobre os nobres que recebiam parte das terras de suas propriedades. No entanto, o reaquecimento das atividades comerciais, na Baixa idade Média, veio a transformar a importância política dos reis.

A autoridade monárquica se estendeu por todo um território definido por limites, traços culturais e lingüísticos que perfilavam a formação de um Estado Nacional. Para tanto, foi preciso superar os obstáculos impostos pelo particularismo e universalismo político que marcaram toda a Idade Média. O universalismo manifestava-se na ampla autoridade da Igreja, constituindo a posse sobre grandes extensões de terra e a imposição de leis e tributos próprios. Já o particularismo desenvolveu-se nos costumes políticos locais enraizados nos feudos e nas cidades comerciais.

Os comerciantes burgueses surgiram enquanto classe social interessada na formação de um regime político centralizado. As leis de caráter local, instituídas em cada um dos feudos, encareciam as atividades comerciais por meio da cobrança de impostos e pedágios que inflacionavam os custos de uma viagem comercial. Além disso, a falta de uma moeda padrão instituía uma enorme dificuldade no cálculo dos lucros e na cotação dos preços das mercadorias.

Além disso, a crise das relações servis causou um outro tipo de situação favorável à formação de um governo centralizado. Ameaçados por constantes revoltas – principalmente na Baixa Idade Média – e a queda da produção agrícola, os senhores feudais recorriam à autoridade real com o intuito de formar exércitos suficientemente preparados para conter as revoltas camponesas. Dessa maneira, a partir do século XI, observamos uma gradual elevação das atribuições políticas do rei.

Para convergir maiores poderes em mãos, o Estado monárquico buscou o controle sobre questões de ordem fiscal, jurídica e militar. Em outros termos, o rei deveria ter autoridade e legitimidade suficientes para criar leis, formar exércitos e decretar impostos. Com esses três mecanismos de ação, as monarquias foram se estabelecendo por meio de ações conjuntas que tinham o apoio tanto da burguesia comerciante, quanto da nobreza feudal.

Com o apoio dos comerciantes, os reis criaram exércitos mercenários que tinham caráter essencialmente temporário. Ao longo dos anos, a ajuda financeira dos comerciantes tratou de formar as milícias urbanas e as primeiras infantarias. Tal medida enfraqueceu a atuação dos cavaleiros que limitavam sua ação militar aos interesses de seu suserano. A formação de exércitos foi um passo importante para que os limites territoriais fossem fixados e para que fosse possível a imposição de uma autoridade de ordem nacional.

A partir de então, o rei acumulava poderes para instituir tributos que sustentariam o Estado e, ao mesmo tempo, regulamentaria os impostos a serem cobrados em seu território. Concomitantemente, as moedas ganhariam um padrão de valor, peso e medida capaz de calcular antecipadamente os ganhos obtidos com o comércio e a cobrança de impostos. A fixação de tais mudanças personalizou a supremacia política dos Estados europeus na figura individual de um rei.

Além de contar com o patrocínio da classe burguesa, a formação das monarquias absolutistas também contou com apoio de ordem intelectual e filosófica. Os pensadores políticos da renascença criaram importantes obras que refletiam sobre o papel a ser desempenhado pelo rei. No campo religioso, a aprovação das autoridades religiosas se mostrava importante para que os antigos servos agora se transformassem em súditos à autoridade de um rei.

Por Rainer Sousa ; Equipe Brasil Escola
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terça-feira, 19 de julho de 2011

2ª Guerra Mundial - Texto e Vídeo - 8ª Série

Entenda a 2ª Guerra  !! veja resumo em video :


Redescobrindo a Segunda Guerra- Agressão Nazista 1/5











Redescobrindo a Segunda Guerra- Agressão Nazista 2/5









Redescobrindo a Segunda Guerra- Agressão Nazista 3/5







Redescobrindo a Segunda Guerra- Agressão Nazista 4/5








Redescobrindo a Segunda Guerra- Agressão Nazista 5/5







TEXTO : MATÉRIA : HISTÓRIA :



A Segunda Guerra Mundial foi resultado do fracasso diplomático das nações europeias.



Após o fim da Primeira Guerra Mundial, os países europeus buscaram meios para que as disputas que engendraram esse desastroso conflito não mais se repetissem. Contudo, as punições severas impostas pelo Tratado de Versalhes e a ineficiência da Liga das Nações – em seu papel de manter a paz mundial – não conseguiram conter o revanchismo das nações derrotadas. Em pouco tempo, ações imperialistas e expansionistas dariam o sinal de que as feridas estavam longe se serem sanadas.

No Oriente, os japoneses promoveram a invasão da Manchúria e prosseguiram seu projeto imperialista dominando algumas regiões da Ásia e das ilhas do Pacífico. O governo italiano, controlado por Mussolini, tomou conta da Abissínia (atual Etiópia) e promoveu a invasão da Albânia. Por outro lado, a Alemanha Nazista reintegrou os territórios do Sarre e estabeleceu a ocupação militar da Renânia. Em pouco tempo, a semelhante atuação dessas três nações renderia uma ameaçadora aproximação política.

Durante a Guerra Civil Espanhola, alemães e soviéticos firmaram sua união com a participação neste conflito. O envio de tropas serviu como um eficiente teste para as novas tecnologias de guerra produzidas por esses países. Estava assim consolidado o eixo Berlim-Roma. Logo em seguida, o Japão, que havia entrado em conforto com a União Soviética durante a ocupação asiática, incorporou a aliança ítalo-germânica com a assinatura do pacto Antikomintern, que preconizava a luta contra os comunistas.

As nações que acreditavam ser possível contornar a possibilidade de outra guerra, ainda buscaram negociar diplomaticamente o avanço dessas nações. Na Conferência de Munique, os alemães, que haviam incorporado a Áustria, se comprometeram a respeitar os domínios da Tchecoslováquia e da Polônia. Contudo, contrariado o que fora definido, os alemães dominaram todo o território tcheco e exerciam uma forte pressão política sob a autonomia territorial polonesa.

Mediante essa situação, os ingleses e franceses firmaram um acordo onde defenderiam a Polônia caso acontecesse qualquer tipo de invasão aos seus territórios. A decisão política anglo-francesa foi vista com desconfiança pelos soviéticos, que decidiram assinar um pacto militar com os alemães. Segundo o Pacto Germano-soviético, as tropas da União Soviética se manteriam neutras caso os franceses e ingleses declarassem guerra contra os alemães, após uma possível invasão à Polônia.

Com esta definição, os alemães pressentiam que esse seria o melhor momento para estabelecer a invasão da Polônia e, consequentemente, o controle do Leste Europeu. No dia 1° de setembro de 1939, Adolf Hitler foi a público anunciar as primeiras fases da operação que conquistaria do território polonês. Dessa forma, os alemães mostraram o total descumprimento da Conferência de Munique e, por isso, requeriam uma ação mais incisiva dos britânicos e franceses.

Em uma última tentativa, a Inglaterra e a França enviaram uma advertência aos alemães exigindo o cancelamento da ação militar contra os poloneses. Contudo, valendo-se de suas alianças junto aos japoneses, italianos e soviéticos, o governo de Adolf Hitler não hesitou em dar continuidade ao seu projeto. Sem alternativas, França e Grã-Bretanha declararam guerra aos alemães, dando início aos conflitos da Segunda Guerra Mundial.

Até 1940, a guerra não teve grandes confrontos, chegando até mesmo a ser chamada de “guerra de mentira”. Contudo, a partir do ano seguinte, os poderosos e inesperados ataques dos alemães – mais conhecidos como blitzkrieg – estabeleceram o avanço do conflito. A essa altura, as autoridades franco-britânicas pediram auxílio dos Estados Unidos para que derrotassem seus inimigos.

Dessa forma, levando em consideração as maiores nações envolvidas no confronto, podemos dividir as alianças da Segunda Guerra da seguinte maneira: Inglaterra, França e Estados Unidos compondo o grupo dos “Aliados”; e Alemanha, Itália e Japão formando os países líderes do “Eixo”. Mais tarde, após o rompimento com os alemães, a União Soviética também decidiu colaborar militarmente com os países aliados.

Por Rainer Sousa - Graduado em História
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A Segunda Guerra divide-se entre o triunfo do Eixo e a reação dos Aliados.


No dia 1º de setembro de 1939, Adolf Hitler anunciou o início das ações militares voltadas para a invasão da Polônia. Tal feito do Estado Nazista serviu como estopim para que a França e a Inglaterra enviassem um ultimato exigindo que tal ação militar não fosse realizada. Mediante o silêncio de Hitler, franceses e ingleses declararam guerra contra os alemães. Apesar do anúncio, nenhum grande conflito se desenvolveu imediatamente ao processo de invasão germânico em terras polonesas.

O marasmo desse primeiro momento, também conhecido como “guerra de mentira”, foi quebrado quando as forças de Adolf Hitler empregaram diversos ataques-relâmpago (conhecidos como “Blitzkrieg”) contra a Holanda, Noruega, Dinamarca e Bélgica. Por meio da dominação desses territórios, os alemães abriram caminho para que a invasão à França acontecesse. Em junho de 1940, os alemães avançaram sobre a cidade de Paris e assim também dominaram esse importante território europeu.

Reconhecendo o expressivo avanço dos alemães, o governo soviético propôs uma divisão do mundo em zonas de influência partilhadas por nazistas e socialistas. Contudo, a proposta de Moscou foi claramente ignorada quando as forças de Hitler avançaram no Leste Europeu, promovendo a rendição de gregos, romenos, búlgaros, albaneses, iugoslavos e húngaros. Enquanto isso, os italianos apoiavam Hitler no Norte da África e os japoneses atingiam os Estados Unidos na região de Pearl Harbor.

Um pouco antes, os ingleses resistiram incrivelmente aos ataques alemães que sucederam ao processo de invasão da França. Do ponto de vista militar, uma derrota britânica poderia significar o rápido domínio nazista por toda a Europa Ocidental. Contudo, graças aos eficientes equipamentos da Royal Air Force, os ingleses evitaram que esse terrível triunfo nazista ocorresse. A rápida e completa vitória dos alemães tinha sido refreada naquele momento.

Quando chegamos ao ano de 1942, o triunfo do eixo Roma-Berlim-Tóquio determinou grandes perdas aos países aliados. Animados por tais resultados, os nazistas decidiram invadir o imenso território soviético com o objetivo de expandir sua dominação em terras orientais. No entanto, sem ter o devido preparo com relação ao extremo inverno siberiano, os alemães foram terrivelmente derrotados. Na batalha de Stalingrado, os alemães tiveram uma grande derrota que iniciava a marcha soviética contra a Alemanha.

A possibilidade de bater as forças do Eixo incentivou uma nova mobilização dos aliados naquela guerra. Em 1943, forças anglo-americanas conseguiram abater os soldados alemães e italianos que conquistaram o norte da África. Um pouco antes, os japoneses se curvaram mediante os Estados Unidos com a derrota sofrida na Batalha de Midway. Na segunda metade de 1943, os italianos foram derrotados pelas forças norte-americanas e o governo de Benito Mussolini chegou ao seu fim.

Em junho de 1944, as tropas anglo-americanas mais uma vez se uniram para enfrentar os alemães. Desta vez, a missão era retomar a França por meio de um ataque surpresa, realizado pela Normandia. Conhecido como “Dia D”, tal ação militar foi de importância crucial para que os alemães perdessem qualquer possibilidade de reação. A partir daquela vitória, bastava somente pressionar o território alemão com o uso das frentes ocidental e oriental das forças aliadas.

No dia 7 de maio de 1945, os alemães oficializaram a sua rendição. Nesse instante, bastava apenas negociar com as autoridades japonesas a rendição de suas forças que lutavam sozinhas no Oceano Pacífico. Contudo, a negativa nipônica fez com que os EUA optassem pelo lançamento de bombas atômicas contra o espaço japonês. De tal forma, a Segunda Guerra Mundial chegava ao seu fim com o trágico episódio nuclear acontecido nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.

Por Rainer Sousa - Graduado em História
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O abominável uso da bomba atômica estabeleceu o encerramento da Segunda Guerra Mundial.
Após o ano de 1942, a temível hegemonia das forças militares do Eixo parecia ruir mediante as primeiras vitórias significativas de seus inimigos. A grave derrota na batalha de Stalingrado custou a vida de milhares de soldados alemães. No norte da África, o anterior sucesso do Afrika Korps (formado por frentes italianas e alemãs) chegava ao seu fim com a reação dos soldados americanos e ingleses. De tal modo, a guerra adentrava em seus últimos meses abrindo portas para uma possível virada dos aliados.

Em junho de 1943, os norte-americanos desembarcaram na Sicília realizando uma poderosa ofensiva que tomou conta de toda a parte sul da Itália. Em pouco tempo, a capital, Roma, seria tomada, e Mussolini acabaria morto por forças do movimento antifascista formado pelos próprios italianos. Naquele mesmo ano, a Conferência de Teerã reuniu os líderes norte-americanos, ingleses e soviéticos para a organização da ação militar que realizaria a reconquista da Europa Ocidental.

No dia 6 de junho de 1944, o famoso “Dia D” marcou o desembarque das forças aliadas que cruzaram as turbulentas águas do Canal da Mancha em direção à Normandia. Mesmo com a forte resistência dos alemães, os comandados do general Dwight Eisenhower conseguiram promover a conquista do Norte da França e a recuperação da capital Paris. Após a recuperação do território francês, a guerra em solo europeu estaria marcada pela “corrida” até à cidade de Berlim.

Enquanto os nazistas eram fustigados em duas frentes, as tropas japonesas resistiam, mesmo com as graves derrotas sofridas no Mar de Coral e em Midway. Em fevereiro de 1945, a conquista de Iwo Jima deixava claro que os japoneses não teriam como vencer seus oponentes norte-americanos. Ainda assim, os japoneses não se davam por vencidos e realizavam ataques suicidas, ordenando os pilotos kamikazes a lançarem seus aviões carregados de bombas contra as embarcações norte-americanas. 

Temendo que o conflito fosse prolongado, os Estados Unidos decidiram utilizar de um artifício extremo para conquistar a rendição japonesa. Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, o lançamento de bombas atômicas contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki determinou a morte de milhares de civis japoneses. Mediante tal ação, a Segunda Guerra Mundial chegava ao seu fim com a assinatura da rendição nipônica, em 2 de setembro de 1945.

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A subida dos nazi-fascistas ao poder está entre as grandes motivações para a ocorrência da Segunda Guerra.

Ao fim da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), observamos que as nações derrotadas foram obrigadas a assinarem acordos marcados pelo pagamento de grandes indenizações e a imposição de retaliações humilhantes. Com o passar do tempo, ao invés de sanar as rivalidades, o cumprimento desses tratados determinaram a consolidação de um sentimento nacionalista voltado para a revanche. Ou seja, as nações derrotadas, principalmente a Itália e Alemanha, fomentavam o desejo de um novo conflito.

Em geral, os países revanchistas foram tomados por tendências políticas que negavam o equilíbrio e justiça do regime liberal-democrático, atacavam a eficácia do capitalismo e defendiam um frenético sentimento de superioridade em relação aos demais povos. Simpáticos ao militarismo, essas correntes políticas acreditavam que suas nações deveriam se fortalecer visando à conquista de espaços que seriam primordiais à conquista de novos tempos de prosperidade.

Na Alemanha, esse discurso tomou força com as ações do líder nazista Adolf Hitler, o qual criticava as humilhações históricas do Tratado de Versalhes e atribuía o insucesso econômico do país em virtude da suposta interferência maléfica da comunidade judaica na economia alemã. Chegando ao poder por meio do voto, Adolf Hitler estabeleceu uma forte propaganda de seu regime, que esteve aliado à abertura de diversas obras públicas que ofereciam trabalho a uma grande massa de desempregados.

Entre os italianos, a semelhante situação de desolação econômica abriu caminho para a organização de tendências políticas antidemocráticas que viriam a combater os democratas e comunistas do país. Sob o comando do partido fascista, os radicais italianos conseguiram atrair diferentes setores da população e impor a chegada do líder Benito Mussolini com a aprovação da monarquia parlamentar italiana. Deste modo, mais um partido ultranacionalista chegava ao poder na Europa.

Mesmo percebendo tais mudanças, consideradas graves no cenário político europeu, Grã-Bretanha e França não tomaram medidas incisivas contra o nazismo alemão e o fascismo italiano. Em um primeiro momento, os governos de tais países acreditavam que o nazi-fascismo poderia ser útil na contenção de um possível avanço do comunismo na Europa. Contudo, os totalitaristas almejavam colocar novamente em disputa os territórios e riquezas perdidos com a Primeira Guerra Mundial.

Por um lado, vemos que o revanchismo se consolidou como uma manifestação direta ao tom desastroso dos tratados do pós-Primeira Guerra. Paralelamente, a grave crise econômica que se instalou na Europa – e que tomou maiores proporções com a crise de 1929 – fomentou o discurso inflamado das correntes totalitárias. Por fim, a morosidade das grandes potências em barrar o nazi-fascismo consolidaram o cenário de tensões que anteciparam a Segunda Guerra Mundial.

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Potsdam: uma das mais significativas reuniões para o delineamento do mundo após a Segunda Guerra. 
Após a rendição do Japão, ocorrida em 2 de setembro de 1945, as forças aliadas mobilizaram forças para a realização dos acordos políticos que dariam fim à Segunda Guerra Mundial. De fato, podemos aqui apontar que as discussões sobre o mundo pós-guerra aconteceram antes disso. Já em novembro de 1943, na Conferência de Teerã, os aliados traçaram planos para materializar a derrota dos alemães e organizar as primeiras divisões territoriais das tropas de ocupação de cada país.

Em fevereiro de 1945, quando as forças do Eixo já estavam praticamente batidas, as forças aliadas se reuniram para reafirmar o princípio de autodeterminação dos povos e o favor à expansão de regime de caráter democrático, na Conferência de Yalta. As zonas de influência previamente conversadas em Teerã tiveram confirmação e, desse modo, já poderíamos reconhecer previamente o desenvolvimento de uma ordem bipolar protagonizada pelos Estados Unidos e a União Soviética.

Outro ponto importante desse evento foi o início dos primeiros diálogos que dariam origem à Organização das Nações Unidas (ONU). Esse primeiro intento acabou sendo consolidado com a Carta das Nações Unidas, assinada em junho de 1945, por mais de cinquenta países, na cidade estadunidense de São Francisco. Já nessa época, foram estipulados os cinco órgãos fundamentais que ainda hoje formam as bases da Organização das Nações Unidas.

Contando com a presença de Josef Stálin (URSS), Clement Attlee (Inglaterra) e Harry Truman (EUA), a Conferência de Potsdam aconteceu em julho e agosto de 1945. Nessa reunião, a Alemanha teve o seu território dividido em quatro zonas a serem administradas por franceses, britânicos, norte-americanos e soviéticos. Além disso, esse mesmo encontro estipulou uma indenização de vinte bilhões de dólares a ser paga pelo governo alemão.

Uma das mais significativas ações tomadas na cidade alemã de Potsdam foi a organização de um tribunal internacional para o julgamento dos envolvidos com o nazismo. Trabalhando com o conceito jurídico inédito do “crime de guerra”, o chamado Tribunal de Nuremberg realizou a condenação de onze líderes nazistas à morte. Muitos dos que tiveram outras penas conseguiram fugir para países latino-americanos e se preservaram impunes, vivendo secretamente até o fim de suas vidas.

Do ponto de vista geral, os acordos relativos à Segunda Guerra Mundial tiveram enorme peso para que a ordem bipolar e a Guerra Fria se tornassem uma realidade. O Leste Europeu transformou-se na mais importante zona de influência do socialismo soviético. Em contrapartida, os Estados Unidos assegurou toda a porção Ocidental do mundo europeu e impôs também sua influência ao Japão, freando assim uma possível hegemonia completa do socialismo pelo Oriente.


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VEJA TAMBÉM OS VIDEOS DO DIA " D " - O ATAQUE DOS ALIADOS






http://www.youtube.com/watch?v=bzyRUGW_Nl0    - PARTE 01




quinta-feira, 7 de julho de 2011

Revolução Francesa - RESUMO - 7ª Série



Revolução Francesa

1. Conceito* Revolução Francesa foi o conjunto de eventos que, de 1789 a 1799, alterou o quadro político e social da França, até então dominada pelo Antigo Regime.
* É considerado um importante marco na história, iniciando o que chamamos de Idade Contemporânea.


2. Causas* Uma revolução não ocorre do nada. Dentre as principais causas da Revolução Francesa, podemos destacar o custo da monarquia, pois o rei Luís XVI e a sua corte gastavam enormes quantias para sustentar seus privilégios.
* As ideias iluministas também influenciaram o desejo por reformas políticas e econômicas. Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade acabaram estampados nas cores da bandeira e também no hino da França. 
* O gasto com guerras pesou na economia do país. A França participou da Guerra da Independência dos Estados Unidos e perdeu a Guerra dos Sete Anos, contra a Inglaterra.
* Além disso, o quadro econômico na França era péssimo e a fome ameaçava a população. Secas prejudicavam a agricultura e acentuavam a miséria. Havia escassez de alimentos, o que aumentava ainda mais a revolta da população.
* A divisão da sociedade francesa também pode ser considerada causa da revolução, pois não havia mobilidade e a posição social dependia do nascimento.
3. Divisão da sociedade francesa
* A sociedade francesa era estamental, dividida em três estados ou ordens.* O clero integrava o primeiro estado, correspondendo a 0,5% da população. A nobreza formava o segundo estado, correspondendo a 1,5% da população. O povo, constituído pela burguesia, operários e camponeses, formava o terceiro estado, juntos somando 98% da população. 
* Os nobres possuíam quase todas as terras da França, mas passavam a maior parte do tempo longe de suas propriedades e estavam livres do pagamento de impostos. O clero compartilhava de vários privilégios da nobreza.
* O terceiro estado era obrigado a pagar grandes impostos para sustentar os privilégios do clero e da nobreza. Porém, eram os camponeses e operários os que mais sofriam com as situações degradantes de trabalho. 
* Enquanto camponeses e operários se queixavam da vida miserável que levavam, os burgueses reclamavam por maior liberdade econômica e política.



4. Assembleia dos Estados Gerais
* Para tentar resolver os problemas econômicos da França, o rei Luís XVI convocou a Assembleia dos Estados Gerais. Isto ocorreu em maio de 1789.
* Esta Assembleia reunia membros dos três estados. Naquele momento, o objetivo era fazer a nobreza e o clero também pagar impostos.
* Seria feita, então, uma votação, que poderia ocorrer de duas maneiras: por estado ou por cabeça. 
* A votação por estado, ou seja, um voto por estado, agradava a nobreza, pois, obtendo apoio do clero, sempre vencia o povo nas decisões. Eram dois votos contra um
.* Já a votação por cabeça, considerando a decisão individual na Assembleia, agradava a burguesia. Isto porque, sendo maioria, garantiria a vitória dos seus interesses. 
5. Tomada da Bastilha
* Sem conseguir conciliar os interesses dos três estados – e sem tomar decisão alguma – Luís XVI mandou fechar a Assembleia. 
* Descontentes, o terceiro estado – liderados pela burguesia – exigiu a criação de uma constituição para a França. O povo saiu às ruas.
* A manifestação do povo chegou na Bastilha, prisão política da monarquia francesa. Considera-se que o povo invadiu esta prisão com objetivo de se apoderar da pólvora lá existente.
* De qualquer forma, a Queda da Bastilha, em julho de 1789, se tornou o símbolo do início da Revolução Francesa.
* A partir daí, a Revolução Francesa se subdivide em algumas fases principais: Assembleia Nacional Constituinte, Convenção e Diretório.
6. Assembléia Nacional Constituinte* Em julho de 1789, a Assembléia Nacional Constituinte foi aberta com o objetivo de criar uma constituição na França. Esta fase encerrou em 1791.
* Foi criada também a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que defendia o direito à liberdade e à igualdade jurídica. 
* Outras mudanças que ocorreram foi a abolição do regime feudal, da sociedade estamental e a separação entre Igreja e Estado.
* Na prática, a maior parte destas reformas vinham ao encontro dos interesses da alta burguesia, que tentava, com êxito, eliminar os vestígios do Antigo Regime na França.
* Por outro lado, boa parte do terceiro estado, incluindo a pequena e média burguesia, continuava em condições precárias. Assim, começaram a surgir manifestações de protestos e revoltas populares.

7. Grupos políticos
* Como a burguesia esta dividida por diferentes interesses, dois grupos políticos principais passaram a se defrontar: girondinos e jacobinos
.* Os girondinos eram representantes da alta burguesia e tinham postura moderada. Estavam interessados em deter a revolução, a fim de evitar a desorganização econômica da França.
* Os jacobinos eram representantes da pequena e média burguesia e tinham postura radical. Estavam dispostos a levar adiante a revolução e suas consequências.
* Os girondinos sentavam à direita nas assembleias e os jacobinos, à esquerda. Havia ainda a planície, sem posições definidas e que sentava ao centro. Este fato deu origem aos termos partidos de esquerda, direita e de centro.
* No início, predominaram os girondinos, mas logo os jacobinos passaram à ofensiva. Os jacobinos tiveram controle da França durante boa parte da Convenção Nacional.

8. Convenção Nacional
* Aberta em agosto de 1792, a Convenção Nacional foi eleita para decretar o fim da monarquia na França e proclamar uma República. Esta fase encerrou em 1794.
* A Convenção passou a promover uma série de mudanças radicais. Instituiu-se um governo centralizado e foi criado o Comitê de Salvação Pública, encarregado da defesa interna e externa da revolução.
* Nesse período, destacou-se a atuação de Robespierre, importante líder jacobino. Outra figura de destaque na revolução foi Danton. Junto a Marat, incitava o povo contra os inimigos da revolução e contra o rei. 
* Em janeiro de 1793, Luís XVI foi mandado para a guilhotina e, alguns meses mais tarde, aconteceu o mesmo com Maria Antonieta, sua esposa.
* Algumas medidas estabelecidas na Convenção foram a abolição da escravidão nas colônias francesas, fim dos privilégios, divisão dos latifúndios, ensino primário gratuito e obrigatório, entre outras.
9. O Terror
* As medidas estabelecidas na Convenção provocaram forte reação da alta burguesia. Uma onda de crimes, assassinatos e conspirações foi desencadeada pelos girondinos. Em julho de 1793, Marat foi assassinado.
* Em resposta aos atentados cometidos pelos girondinos, os jacobinos deram início a uma fase de violência conhecida como Terror.
* Robespierre e seus aliados estavam convencidos de que, para salvar a república e a revolução, seria necessário eliminar opositores.
* Na ânsia de deter os adversários políticos, muitas perseguições, julgamentos e execuções foram cometidos. Calcula-se que tenham morrido aproximadamente 45 mil pessoas.
* No entanto, a alta burguesia conseguiu retomar o controle sobre a revolução. Em julho de 1794, o próprio Robespierre foi morto na guilhotina.



10. Diretório
* Após a queda de Robespierre, a alta burguesia voltou ao poder disposta a consolidar suas conquistas.
* Em agosto de 1795, foi criado o Diretório, no qual cinco membros – chamados de diretores – exerciam o Poder Executivo. Esta fase encerrou em 1799.
* A crise econômica agravava-se a cada dia, a corrupção aumentava e faltavam alimentos. Com o passar do tempo, o governo do Diretório foi ficando cada vez mais enfraquecido.
* Com a França imersa no caos, e sob a ameaça de ataques internos e externos, a burguesia articulou entregar o poder a alguém influente e poderoso.
* Esse alguém foi o jovem general Napoleão Bonaparte, que, a partir de 1799, começou a governar a França.