sexta-feira, 5 de maio de 2017

ORGANISMOS INTERNACIONAIS - GEOGRAFIA - 3º ANO -

Principais Organizações internacionais

As organizações internacionais são órgãos multilaterais responsáveis pela integração, inter-relação e acordos envolvendo diversos países.


As organizações internacionais da atualidade tiveram o seu surgimento, em sua maioria, na segunda metade do século XX. No entanto, foi com a globalização e o fim da Guerra Fria que elas se consolidaram como importantes atores no cenário internacional, passando por um relativo período de fortalecimento.
Em virtude da recente ampliação da integração geoeconômica global, essas organizações tornaram-se atores importantes no cenário mundial, com a missão de estabelecer um ordenamento das relações intranacionais de poder e influência política. Atuam na elaboração e regulação de normas, suscitam acordos entre países, buscam atender determinados objetivos, entre outras funções.
Existem incontáveis organizações internacionais, isto é, aquelas instituições formadas por dois ou mais Estados. Porém, no que concerne ao âmbito geopolítico, econômico e humanístico global, algumas delas se destacam pela sua importância, dentre elas, podemos citar ONU, OMC, Otan, FMI, Banco Mundial, OIT e OCDE. A seguir, vamos compreender um pouco melhor o significado e a importância de cada uma dessas siglas.
Descrição: https://t.dynad.net/pc/?dc=5550003218;ord=1493988593313
ONU – A Organização das Nações Unidas é considerada o mais importante organismo internacional atualmente existente, importante por reunir praticamente todas as nações do mundo. Ela surgiu ao final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em substituição à antiga Liga das Nações e objetiva promover a paz e a segurança mundial.
A principal instância decisória da ONU é o Conselho de Segurança, formado por um grupo muito restrito de países. Na verdade, esses países são os antigos vencedores da Segunda Guerra Mundial: Rússia (ex-União Soviética), Estados Unidos, França, Reino Unido e a China (essa última não participou ativamente da Segunda Guerra, mas conseguiu grande prestígio e poder internacionais, capazes de assegurar uma vaga no Conselho). Além desses cinco países, que são membros permanentes, fazem parte outros cinco países provisórios, que se alternam periodicamente.
O poder desse Conselho de Segurança é elevado, pois é ele quem toma as principais decisões da ONU. Além disso, os cinco membros permanentes têm o chamado poder de veto, em que qualquer um deles pode barrar uma decisão, mesmo que todos os outros países sejam favoráveis.
OMC – A Organização Mundial do Comércio é o organismo internacional responsável por legislar e acompanhar as transações econômicas e comerciais realizadas entre diferentes países. Além disso, o seu principal objetivo é promover a liberalização mundial do comércio, visando combater o chamado protecionismo alfandegário, em que uma nação impõe elevadas tarifas para produtos estrangeiros a fim de favorecer a indústria local. Quando algum país tem algum tipo de problema ou entrave com outro Estado, ele geralmente recorre à OMC como instância máxima para avaliar e julgar a questão.
Otan – A Organização do Tratado do Atlântico Norte é um tratado ou pacto militar, que inicialmente congregava os principais países capitalistas e objetivava combater o socialismo, que também tinha o seu pacto militar, o Pacto de Varsóvia. Porém, desde o final da Guerra Fria, os objetivos dessa organização se alteraram, tornando-se como um instrumento militar das grandes potências a fim de intervir em conflitos armados em qualquer parte do mundo para assegurar direitos internacionais ou combater possíveis “ameaças” ao atual sistema internacional.
Fazem parte da Otan, desde o seu surgimento, Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Espanha, França, Grécia, Inglaterra, Itália, Holanda, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Islândia e Turquia. Posteriormente, várias das ex-repúblicas soviéticas também ingressaram no pacto, como a Bulgária, Romênia, Estônia, Letônia, Lituânia, Eslováquia e Eslovênia, além da Rússia, que atua como membro observador.
FMI – O Fundo Monetário Internacional é uma organização financeira responsável por garantir a estabilidade econômica internacional. Ele é composto por 187 países e foi criado em 1944 na Conferência de Bretton Woods. Seu funcionamento, basicamente, ocorre através do gerenciamento e concessão de empréstimo para aqueles países que o solicitam.
Normalmente, o dinheiro do FMI é fornecido pelos seus próprios países-membros, de forma que aqueles que mais contribuem são justamente aqueles que mais possuem poder de decisão. Para adquirir empréstimos, o país em questão deve atender a uma série de exigências, transformando suas economias internas e, geralmente, abrindo sua economia para o mercado estrangeiro.
Banco Mundial – foi criado em 1945 na Conferência de Bretton Woods juntamente ao FMI. Trata-se de uma organização financeira vinculada à ONU, mas que possui a sua própria autonomia. Seu objetivo inicial era conceder empréstimos direcionados aos países europeus que haviam sido devastados pela Segunda Guerra Mundial. Posteriormente, seus objetivos mudaram e seu intuito passou a ser o de conceder empréstimos a países da Ásia, África e Américas.
OIT - A Organização Internacional do Trabalho é uma instituição responsável por regulamentar, fiscalizar, estudar e avaliar as relações de trabalho existentes em todo o mundo. É considerada uma organização “tripartite”, ou seja, formada por três tipos diferentes de forças: os governos de 182 países, além de representantes de empresas empregadoras e de representações trabalhistas ou sindicais.
OCDE – A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico é uma instituição atualmente composta por 34 países. Seu objetivo é fomentar e incentivar ações de desenvolvimento econômico de seus países-membros, além de medidas que visem à ampliação de metas para o equilíbrio econômico mundial e melhorem as condições de vida e os índices de renda e emprego. O Brasil não é um membro dessa organização.

Org. Rég!s

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/organizacoes-internacionais.htm



   
                   ESTUDO DE CASO !!!



Resenha sobre o filme "Hotel Ruanda"


     
Hotel Ruanda recebeu três indicações ao Oscar.
    "Hotel Ruanda" foi lançado em 2004, dirigido por Terry George, e conta a história de Paul Rusesabagina, gerente do Mille Collines, um hotel 4 estrelas em Kigali, capital de Ruanda. Contextualizado no período da 1ª Guerra de Ruanda, o filme retrata a dificuldade que os tutsis encontraram em se manter vivos quando os hutus assumiram o poder.
     Foi exatamente o antagonismo entre as etnias, forçadas pelos colonizadores a conviver dentro das mesmas fronteiras, que causou primordialmente todos esses conflitos.
      Quando a morte do presidente ruandês e hutu em um atentado aéreo é noticiada, logo seus partidários presumem que o ato foi culpa dos tutsis, que, de alguma maneira, estavam insatisfeitos com o acordo de paz assinado. Querendo vingança, os hutus começaram a matança. 
      Paul, mesmo sendo hutu, tem, a partir desse momento, o objetivo de proteger sua família e seus vizinhos, todos de origem contrária a sua. Ele usa a influência e contatos que possui para subornar o exército, impedindo que seus amigos sejam mortos. Com o assassinato de pessoas importantes na política, a confusão fica cada vez mais descontrolada. O hotel onde Paul trabalha parece ser o único lugar seguro, por ser propriedade de uma empresa belga. Portanto, é pra lá que os refugiados tutsis vão. A ONU é enviada, mas incapaz de estabelecer a paz, só poderia mantê-la. Assim, os ruandeses se sentem cada vez mais abandonados pelo apoio internacional, principalmente depois de exércitos europeus serem enviados para somente resgatarem os turistas.
      O número de mortos torna-se cada dia maior e, buscando deixar o país, algumas famílias que seguem a caminho da fronteira em um caminhão sofrem um ataque por causa da denúncia de um dos funcionários do hotel; Paul subornou o exército, mas a milícia Interahamwe, hutus extremistas, ainda era adepta a "limpeza" geral dos tutsis.
    Paul vai, gradativamente, se vendo mais desorientado. Entende que sua última oportunidade é usar de informações de fora para chantagear o General Bizumigo, o hutu no poder na época. Ele diz que os Estados Unidos o vê como principal causador da Guerra Civil que acontecia, mas que deporia a seu favor caso o protegesse. O General cede e o leva de volta à sua família, no Mille Collines. 
      Alguns ônibus com todos abrigados no hotel parte novamente para tentar chegar ao campo de refugiados, dessa vez, com acompanhamento da ONU e do Exército e, mesmo assim, sofre um ataque, rapidamente reprimido pelos rebeldes tutsis. A família de Paul e todos os outros chegam bem no campo de refugiados, encontrando, inclusive, com parentes desaparecidos. Rusesabagina foi o grande herói, tendo salvo mais de 1200 pessoas do genocídio em Ruanda.
      O filme retrata de maneira comercial a história verídica da Guerra de Ruanda, na qual duas etnias opostas sofrem pelas atrocidades que ocorreram no país em 1994, fazendo de tudo para salvar sua vida. O foco não apenas nas mortes em si, mas em uma família e em como isso a afetou, nos faz ter uma empatia maior com o filme e uma antipatia com todos aqueles que fizeram parte dessa catástrofe ou que não foram capazes de ajudar.

Luciana Timponi

Org. Rég!s


http://oiamigosdapolitica.blogspot.com.br/2015/07/hotel-ruanda-recebeu-tres-indicacoes-ao.html



             FILME ILUSTRATIVO :  HOTEL RUANDA 


                             https://www.youtube.com/watch?v=EJ1AethzD2o






      FILME ILUSTRATIVO :  HOTEL RUANDA RESUMO

                            https://www.youtube.com/watch?v=ygxpjOUnbQk








Porque o Brasil quer fazer parte do conselho de Segurança da ONU ?
Por que o Brasil quer a ONU

A possibilidade da qual o Brasil agora dispõe, de ascender ao restrito grupo que possui poder de veto, representa patamar de poder real, não isento de responsa­­bi­­lidades e de desafios
O Brasil acaba de ver realizar-se o passo mais concreto em direção ao perene anseio de sua política externa. Na recente reunião dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada na China, de maneira inédita e incisiva, o bloco defendeu sem meias palavras a necessidade de reforma da Organização das Nações Unidas (ONU). Vale dizer, mais assentos permanentes em seu Conselho de Segurança e a consequente abertura da vaga brasileira.
A ONU, ao contrário do que afirmam seus detratores, sempre se fortalece após as crises, consolidada como insubstituível fórum mundial, a prover a manutenção da paz e a segurança coletiva possíveis. A recorrente crítica que recebe decorre de expectativas ingênuas acerca do que possa ser o multilateralismo em um mundo de geometrias variáveis, com todos os limites e circunstâncias da realidade. E, se a ONU é importante, o Conselho de Segurança é em seu bojo o órgão das grandes decisões: os membros efetivos, Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China, podem, como única exceção ao princípio da igualdade das nações, bloquear pelo veto individual qualquer decisão da organização, ungindos como os cinco efetivos juízes da sociedade internacional. O Conselho de Segurança possui ainda dez membros transitórios, dentre os quais o Brasil, que, embora possam votar, não podem vetar. Trata-se de grupo de poder aparente, o que explica o empenho do Itamaraty na conquista do assento permanente.
Compor o Conselho de Segurança como membro pleno não corresponde a pretensão nova da política externa brasileira. Já na conferência para a fundação da ONU, em 1945, conforme relatório do chefe da delegação brasileira, embaixador Pedro Leitão Velloso, o país pleiteava o mesmo tratamento que se concedia à França, a assinalar “a decepção que a exclusão brasileira poderia significar junto a opinião pública”. Na lógica de poder do segundo pós-guerra, no entanto, a capacidade nuclear era fator primordial e o Brasil estava fora do que depois chamou-se “clube atômico”. Claramente, no entanto, temos tradição e prestígio na casa. A primeira fala que se ouviu na Assembleia-Geral, em 1947, foi a de Oswaldo Aranha e, desde então, incumbe ao Brasil a abertura anual das sessões.
Hoje, em um mundo totalmente distinto daquele que viu nascer a organização, no qual as grandes decisões não devem ser tomadas à revelia de potências emergentes como Brasil e Índia, o aggironamento dos mecanismos de poder e de decisões é inadiável. Em particular, com a adoção de medidas de maior transparência e coparticipação, conforme o predominante espírito do tempo em que vivemos.
A possibilidade da qual o Brasil agora dispõe, de ascender ao restrito grupo que possui poder de veto, além do caráter simbológico que encerra, representa patamar de poder real, não isento de responsabilidades e de desafios. No plano dos encargos, devemos estar atentos aos grandes gastos que irão sobrevir, em especial no que se refere à participação em missões de paz, que tendem a ser cada vez mais onerosas e frequentes. Porém os lucros são muito maiores e a Nação adquire outro substrato, com prestígio e credibilidade traduzíveis de imediato em vantagens comerciais e de inserção em novos mercados. Algo indispensável para o País, que necessita aumentar o tamanho e a qualidade de sua economia, assolado pelo clamor da miséria residual de substancial parcela de sua população, a par das contradições de um processo de desenvolvimento desarmônico e sincopado.
De resto, galgar o mais alto escalão internacional poderia ser a redenção para uma identidade nacional, como sociedade que assume o ônus e o bônus de sua propalada grandeza. Também serviria para permitir superar o recorrente dilema da imagem do Brasil: por vezes locus caricato de banalidades e futilidades tropicais e, por outras, a sétima economia do mundo, mercado confiável para investimentos e parcerias estratégicas. Afinal, um passo memorável, a obrigar o País a incorporar e a projetar a sua verdadeira face.

Jorge Fontoura, professor titular do Instituto Rio Branco, é presidente do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul

Org. Rég!s
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/por-que-o-brasil-quer-a-onu-3yk9sxcdiqhhwd8cvfyzipr2m

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